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Previous issue date: 2013 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Objetivo: comparar a prevalência do uso de álcool e outras drogas em amostras de
conveniência compostas por travestis (TR) e transexuais femininos (MtF) e os
fatores de risco e proteção associados. Métodos: Aplicação de entrevistas a 206
pessoas, sendo 103 travestis e 103 transexuais femininos, convidadas a participar
do projeto por abordagem direta em salas de espera de ambulatórios especializados
na assistência médica a esta parcela da população. Durante a entrevista semiestruturada,
foram aplicados o instrumento de triagem Alcohol, Smoking and
Substance Involvement Screening Test (ASSIST) e um questionário para obtenção
de dados sociodemográficos, questões relativas à saúde, violência e perguntas
abertas com ênfase nas razões de uso e não uso de substâncias psicoativas.
Resultados: Houve diferenças significativas entre os grupos quanto ao uso na vida
e nos últimos três meses de tabaco, álcool, maconha, cocaína, anfetaminas/êxtase e
hipnóticos/sedativos. De acordo com o ASSIST, foram classificadas na faixa de uso
de “risco” para o tabaco 57,3% das TRs e 11,7% das MtFs, para álcool 24,3% das
TRs e 8,7% das MtFs, para cocaína/crack 24,3% das TRs e 1,9% das MtFs. Apenas
as TRs pontuaram na faixa de uso de risco para maconha (10,7%) e
anfetaminas/êxtase (4,9%) e na classificação “sugestiva de dependência” para o
tabaco, álcool e maconha (3,9%). Observamos que maior proporção de TRs
trabalharam como profissionais do sexo, enquanto que mais MtFs possuíam
companheiros fixos e ganhavam acima de 3 salários mínimos. As principais razões
comuns para o uso de álcool e outras drogas relatadas pelas TRs e MtFs foram por
diversão ou descontração, alívio de estresse e lidar com problemas. Foram
detectados fatores associados ao uso de risco ser profissional do sexo, ter parceiros
e amigos que fazem uso de drogas. Entre as TRs foram mencionadas como razões
para o “não uso” o “medo de se viciar”, ver amigos passando mal, medo de morar na
rua e perdas financeiras. Entre as MtFs, as razões para o “não uso” de álcool e
outras drogas mais citadas foram o medo de impedir o efeito dos hormônios
ingeridos, medo dos efeitos das drogas, medo de solidão, educação familiar
religiosa, ter companheiro fixo, falta de curiosidade, conhecimento dos efeitos
nocivos, saber o que quer para o futuro, pertencer a um grupo social que não faz
uso, ter atividades de lazer saudáveis e evitar sofrimento. Conclusão: o uso de
álcool e outras drogas foi significativamente maior no grupo das TRs. Considerando
a associação entre uso e situações de risco sugerir que isto ocorreu devido às
situações de risco que envolvem esta população serem maiores que para as MtFs,
porém não podemos generalizar os dados encontrados neste estudo, pois utilizamos
uma amostra de conveniência, que pode ser considerado a limitação do nosso
trabalho. / FAPESP: 2011/13326-6
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unifesp.br:11600/41517 |
Date | January 2013 |
Creators | Miyamoto, Marcia Yoko [UNIFESP] |
Contributors | Universidade Federal de São Paulo [UNIFESP], Souza-Formigoni, Maria Lucia Oliveira de [UNIFESP] |
Publisher | Universidade Federal de São Paulo [UNIFESP] |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | 72 p. |
Source | reponame:Repositório Institucional da UNIFESP, instname:Universidade Federal de São Paulo, instacron:UNIFESP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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