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Transitando entre subjetividades e números: práticas de trabalho e sentidos da atuação para psicólogos organizacionais

Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2015-10-13T04:05:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / Considerando as dificuldades históricas de atuação do psicólogo nas organizações e as transformações no mundo do trabalho, as quais têm imposto implicações para os trabalhadores, esta tese objetiva identificar relações entre práticas de trabalho e sentidos da atuação para psicólogos organizacionais. Trata-se de pesquisa qualitativa, do tipo multicasos, que utiliza entrevistas semiestruturadas para coleta de informações. Participam do estudo 14 psicólogos que atuam em organizações de seguimentos econômicos, em diferentes cargos, da cidade de Blumenau, Santa Catarina, e entorno. Utilizando-se a técnica de análise de conteúdo, emergiram as categorias: escolha pela Psicologia, atuação em Psicologia Organizacional e do Trabalho, profissão psicólogo e sentidos atribuídos à Psicologia. Escolher Psicologia relacionou-se ao entendimento do comportamento humano, a fim de prestar assistência por meio da oferta de trabalho, da promoção do desenvolvimento e da melhoria das condições de vida, enquanto a escolha pela Psicologia Organizacional foi influenciada pela valorização do trabalho no contexto societário, inserção no mercado de trabalho antes ou no início da graduação, realização de estágio, oferta de emprego, nível salarial e características pessoais. A atuação em Psicologia Organizacional e do Trabalho configurou-se como uma possibilidade para realizar a ajuda de forma diferente de outros campos da Psicologia, envolvendo o processo de pensar, planejar e buscar estratégias concretas que beneficiem o trabalhador em seu dia a dia, a partir do processo de decodificação de informações entre aspectos subjetivos e objetivos. A Psicologia não esteve claramente inserida nas atividades dos entrevistados, e alguns se perceberam como psicólogos, enquanto outros se demonstraram oscilantes, e houve ainda quem não se identifica mais com a profissão. De maneira sutil, a Psicologia foi identificada como presente em determinadas práticas de trabalho, na forma como realizam essas práticas, na percepção da realidade organizacional, na análise dos fenômenos humanos no trabalho e no corpo teórico que subsidia o entendimento do profissional. Não se considerar como psicólogo relacionou-se com as características do desenvolvimento histórico da área e também com a formação acadêmica vivenciada, na medida em que os profissionais se identificam com aquilo que lhes foi apresentado como sendo a profissão. Os sentidos atribuídos à Psicologia versaram sobre: a identidade profissional, elementos da subjetividade, a percepção que essa ciência possibilita para os fenômenos humanos e a produção de sentidos para si e para o outro. Os sentidos atribuídos à Psicologia Organizacional e do Trabalho envolveram: oportunizar trabalho, promover crescimento, preocupar-se com condições de trabalho, oferecer oportunidades de carreira, compromissar-se apenas com a organização e/ou com ela e os trabalhadores, atribuir sentido ao trabalho de outros e incorporar habilidades que permitam atuar em meio a subjetividades no contexto do trabalho. Identificou-se que os profissionais atuavam em todos os níveis de intervenção e executavam diversificadas práticas profissionais. As análises efetuadas permitiram perceber que as relações entre práticas de trabalho e sentidos da atuação profissional se dão em espiral: o psicólogo organizacional e do trabalho transita entre subjetividades e números, movimentando-se entre os diferentes âmbitos e níveis, desde ações pontuais até aquelas com maior amplitude e complexidade.<br> / Abstract : Considering historical difficulties of professional action of psychologists within organizations and the transformations in the working world, which have imposed implications for workers, this thesis objectifies identifying relationships between work practices and professional action meanings for organizational psychologists. A qualitative multi-layer type research was conducted using semi-structured interviews for collection of data. Fourteen psychologists working in organizations of important economic segments of Blumenau and surroundings and occupants of different positions participate in the study. Using techniques of content analysis the following categories emerged: choice for Psychology, working in Organizational and Labor Psychology, Profession psychologist and meanings attributed to Psychology. Choosing psychology was related to the understanding of human behavior, in order to offer assistance to others through the offer of work, promotion of human development and the improvement of life conditions; whereas the choice for Organizational Psychology was influenced by the valorization of work within the social context, insertion in the labor market before or at the beginning of the undergraduate course, internships done, job offers, salary levels and personal characteristics. The action in Organizational and Labor Psychology was configured as a possibility from other fields of Psychology to offer help to others, involving the process of thinking, planning and searching for concrete strategies that may benefit the workers in his daily work, based on the process of decoding of information between subjective and objective aspects. Psychology is not clearly inserted in the activities of the interviewed and some perceive themselves as psychologists while others feel unstable and there are still others that do not identify themselves with the profession anymore. Subtly, Psychology was identified by the interviewed as present in certain practices of work, in the manner in which these practices are conducted, in the perception of the organizational reality, in the analysis of human phenomena in work and in the theoretical body that subsidizes the understanding of the professional. To not consider oneself as a psychologist is related with the characteristics of the historical development of the area and also with the academic training experienced, in the sense that professionals identify themselves with what was presented to them as being the profession. Meanings attributed to Psychology expressed about: professional identity, subjectivity elements, the perception that this science makes possible for the human phenomena and the production of meanings for itself and others. Meanings attributed to Organizational and Labor Psychology involved: creating opportunities of work, promoting growth, worrying about work conditions, offering career possibilities, being committed only to the organization and/or with this and workers, attributing meaning to work of others and incorporating abilities that allow working in the middle of subjectivities within the context of work. It was identified that all professionals worked in all levels of intervention and performed diverse professional practices. The analysis conducted demonstrated that relationships between the practices of work and meanings of profession action happen spirally: the organizational and labor psychologist transit between subjectivities and numbers, moving between different ambits and levels, from more simple and punctual actions to those of greater level of amplitude and complexity.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/135479
Date January 2015
CreatorsVeriguine, Nadia Rocha
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Soares, Dulce Helena Penna, Krawulski, Edite
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format257 p.| il., tabs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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