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O realismo modal de David K. Lewis e suas implicações epistêmicas

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. / Made available in DSpace on 2012-10-21T11:08:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1
250910.pdf: 431273 bytes, checksum: a4dff3089e66f7c379585e3b0706e96b (MD5) / Uma das dificuldades encontradas na lógica modal diz respeito à semântica. Geralmente, não é possível calcular o valor de 9" a partir do valor de ", ou seja, se " é falsa parece claro que 9" também o é, uma vez que 9" significa que " é necessariamente verdadeira. Se pelo contrario, " é verdadeira, como saber se é contingente ou necessária? O mesmo se dá com "". Se " é verdadeira, "" é verdadeira. Mas qual será o valor de "" se " é falsa? Mesmo falsa, " poderia ser possível. Posta esta dificuldade, foi criada por Saul Kripke a semântica dos mundos possíveis. Enquanto na lógica proposicional clássica uma interpretação consiste na atribuição de valores {V,F} às letras sentenciais e, por extensão, uma atribuição de valores a todas as fórmulas, em lógica modal uma interpretação consiste em um conjunto de mundos possíveis com uma atribuição de valores às fórmulas em cada um deles. Chamamos esta interpretação de modelo de mundos possíveis ou modelo de Kripke. A posição realista de David K. Lewis quanto à semântica de Mundos Possíveis para lógicas modais acarreta muitas objeções entre as quais uma epistemológica. Podemos afirmar nosso conhecimento sobre questões modais, uma vez que tal teoria afirma que não há relações espaço-temporais e causais entre os mundos? É possível conhecer algo que não está acessível à inspeção direta? Lewis faz sua defesa utilizando-se de argumentos a favor do realismo matemático. Alguns dos opositores de Lewis fazem objeção a essa estratégia e contra-argumentam de muitas formas. O objetivo geral do trabalho, além de expor da maneira mais clara possível a discussão em torno do tema, é mostrar que, mesmo que uma defesa cabal do realismo modal seja muito complicada, pelo menos no caso das objeções epistemológicas formuladas por Tom Richards, Willian Lycan e Brian Skyrms, Lewis se sai bem na defesa de sua teoria. Por outro lado, o objetivo específico e principal desta dissertação é fazer uma defesa à objeção epistemológica de Charles Chihara, uma vez que a defesa apresentada por Lewis a seus críticos não o satisfez e a resposta à objeção de Chihara deixou de ser dada por Lewis.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/86838
Date January 2004
CreatorsArantes, Manuela Bastos
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Dutra, Luiz Henrique de Araujo, Mortari, Cezar Augusto
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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