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Como é ser menino e menina na escola

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação. / Made available in DSpace on 2012-10-22T14:53:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1
237446.pdf: 1218449 bytes, checksum: aad6390a8683b59b4ab3c1b9c4575478 (MD5) / Este é um estudo de caso sobre as relações de gênero no espaço escolar, que teve como objetivo investigar os significados, manifestações e estratégias presentes nas relações entre as crianças, elegendo-as como sujeito central da pesquisa. Em termos metodológicos, fundamenta-se na etnografia educacional, tendo priorizado como campo de pesquisa o cotidiano de uma escola pública. Para tanto nos valemos de observações no diário de campo, registro por meio de fotografias, registros e análises de desenhos, bem como das conversas informais que eram feitas com as crianças durante o período em que caminhavam pelo pátio da escola. Essa pesquisa procurou apontar tanto as ações que rompiam quanto àquelas que reproduziam a lógica da matriz heterossexual, a qual sustenta a analogia entre o menino e o gênero masculino e entre a menina e o gênero feminino, assim como a oposição desigualmente hierárquica entre essas associações. A análise do material coletado nesse processo, em que as crianças foram vistas como protagonistas, tiveram valorizadas suas experiências, suas falas, mostrando como se produzem estereótipos de gênero pautados nas relações de poder na escola. Essa pesquisa quer demonstrar, no entanto, que esse poder não é unilateral, que as crianças não somente reproduzem os estereótipos em suas condições de gênero, raça/etnia, idade e classe social, mas também os reinterpretam, contestando-os e desenvolvendo estratégias de oposição. Em termos teóricos, procuro estabelecer algumas aproximações entre os estudos atuais da sociologia da infância, as discussões sobre a escola, tendo como apoio os estudos realizados na perspectiva de gênero. Finalmente, entrar na escola e "ouvir" as crianças sobre sua condição social de ser menino ou menina neste espaço social, resultou em instigantes descobertas e reflexões que podem contribuir com a construção do campo de pesquisa sobre educação, infância e gênero no Brasil.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/88912
Date January 2006
CreatorsWolff, Carlos Castilho
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Carvalho, Diana Carvalho de
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format191 f.| il.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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