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Previous issue date: 2011 / FORD - Programa Internacional de Bolsas de Pós-Graduação da Fundação Ford / Esta pesquisa analisa o discurso e a prática de organizações sociais a exemplo da Cáritas Brasileira no período de 2004-2007, no uso da transversalidade de raça/etnia. Parte do pressuposto de que o racismo ainda se encontra na sociedade de maneira perversa no cotidiano, por vezes escamoteado dentro de um discurso que se define como democrático. Nesta direção, fica notório que ter um programa curricular, um planejamento devidamente organizado, que efetive um discurso coerente, não é sinônimo de práticas pedagógicas excelentes para promover as mudanças sociais necessárias. Portanto, transversalizar a questão da raça/etnia nas atividades político-pedagógicas dessas organizações sociais, como obrigatoriedade ou modismo, não garante que ocorrerão mudanças satisfatórias. O foco teórico toma como referência conceitual autores que tratam do assunto em perspectiva na pesquisa. São eles: Carlos Moore, Ricardo Ferreira, Kabengele Munanga. A metodologia usada para análise dos dados coletados É aquela proposta por Fernando Lefévre, denominada Discurso do Sujeito Coletivo. A coleta dos dados deu-se em dois momentos que, embora distintos, complementam-se. Num primeiro momento, foi feito um levantamento bibliográfico das publicações existentes acerca do assunto em pauta. A pesquisa sobre gênero realizada pela Cáritas Brasileira - seus relatórios e avaliações não constituíram o material bibliográfico utilizado. Num segundo momento, trabalhou-se com a prática empírica da pesquisa. Para esse recorte, tomou-se uma amostra aleatória de dez pessoas, utilizando-se da técnica de entrevistas semiestruturadas, tendo como referência teórica de análise os autores Martin Bauer e George Gaskell. Esta pesquisa trabalha com a hipótese de que o uso da transversalidade de raça/etnia por modismo ou sem centralidade não possibilitara a sensibilização, a motivação das pessoas, nem tampouco apontar caminhos que levem a desestabilização do racismo e do mito da democracia; o uso da mesma como caminho metodológico poder ser mais uma estratégia na luta contra o racismo e o mito da democracia racial. Os resultados evidenciaram que há um discurso sobre o tema raça/etnia, mas não há ainda uma prática que efetive as ações político-pedagógicas da organização. / This paper analysis the discourse and the practice of social organizations as C•ritas Brasileira during the years of 2004-2007, regarding the issue of transversality of race and ethnicity. It takes for granted that the racism is still found on a daily basis in the society under a perverse way. This happens, nevertheless, inside a discourse that defines itself as a ìdemocraticî one. In this sense, it is clear that having a syllabus, a well-organized planning, that put in practice a coherent discourse, it is not a synonym of excellent pedagogical actions to promote the necessary social changes. Therefore, transversalizing the question on race/ethnicity at the political and pedagogical activities of such social organizations, as derogatory or trivial event, do not warrantee that there will be satisfactory changes. The theoretical focus takes as conceptual references authors that study the subject matter. These are the followings: Carlos Moore, Ricardo Ferreira, and Kabengele Munanga. The methodology used to the analysis of the collected data is the ones proposed by Fernando LefËvre, named Collective Subjectsí Discourse. The methodology to collecting data took place in two moments that we complementary to one another, even though they are different. At a first step, it is done a theoretical review of the existing publications about the subject matter. The research about gender carried out by C•ritas Brasileira ñ its reports and evaluation documents ñ compound the references that were used. At a second step, it was considered the empirical practice of the research. For this, it took ten people randomly, making use the semistructured interviews, having as theoretical basis of analysis the authors Martin Bauer e George Gaskell. This research assumes that the use of transversality of race and ethnicity as a fad or the lack of focus upon it will not touch people, nor will present paths that lead to destabilization of racism and the myth of democracy; transversality taken as a methodological approach should be one more strategy in the fight against racism and the myth of racial democracy. In fact, results evidenced that there is a discourse on the issue race/ethnicity, but there is not yet a practice that takes effective political and educational actions of social organization.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.repositorio.jesuita.org.br:UNISINOS/3959 |
Date | 20 May 2011 |
Creators | Marques, Rosa Maria |
Contributors | http://lattes.cnpq.br/2303230429484169, Castro, Carlos Alfredo Gadea |
Publisher | Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, Unisinos, Brasil, Escola de Humanidades |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UNISINOS, instname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos, instacron:UNISINOS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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