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Efeito de diferentes tipos de exercícios no controle clínico e aspectos psicossociais a curto prazo em pacientes com asma persistente moderada ou grave: estudo clínico aleatorizado / Effect of different types of exercises on clinical control and psychosocial morbidity in the short term in moderate or severe asthmatics patients: randomized clinical trial

A asma é uma desordem inflamatória crônica das vias aéreas responsável pelo aumento da responsividade brônquica frente a diversos estímulos. Exercícios aeróbios e respiratórios são estratégias não farmacológicas utilizadas no tratamento de pacientes asmáticos, no entanto, a comparação entre elas nunca foi realizada. Objetivo: Comparar o efeito dos exercícios aeróbio e respiratório no controle clínico da asma (variável primária), aspectos psicossociais, cinemática toracoabdominal e resposta autonômica (variáveis secundárias) em pacientes com asma persistente moderada ou grave. Métodos: Foram incluídos 54 adultos asmáticos divididos, aleatoriamente, nos grupos, respiratório (GR; n=25, 50,6±9,2 anos) e aeróbio (GA; n=29, 49,8±9,7 anos). Todos os pacientes foram submetidos a um programa educacional antes do início do treinamento e, em seguida, os pacientes do GR realizaram exercícios respiratórios baseados em técnicas de Yoga, enquanto os pacientes do GA foram submetidos a um programa de condicionamento físico aeróbio em esteira ergométrica. As intervenções tiveram duração de 24 sessões (2x/semana, 40min/sessão, 3 meses). O controle clínico (ACQ), os fatores de saúde relacionados à qualidade de vida (FRQV), os níveis de ansiedade e depressão (HAD) e os sintomas de hiperventilação (Nijmegen) foram avaliados pré e pós-intervenção e após três meses do final da intervenção. Também foram avaliados: a cinemática toracoabdominal (OEP), o nível de atividade física diária, a função pulmonar, a capacidade física (ISWT) e a modulação autonômica. O Anova de dois fatores para medidas repetidas foi usado para comparação e o nível de significância ajustado para 5%. Resultados: Não houve diferença entre os grupos antes da intervenção. Após a intervenção, o GA mas não o GR alcançou uma diferença clinicamente relevante (> 0,5 escore) no ACQ 6 (GA= 0,69 ± 0,21 vs. GR= 0,38 ± 0,17, respectivamente) e apresentou melhora no AQLQ e nos níveis de sintomas de ansiedade (p < 0,05). Ambos os grupos apresentaram melhoras nos escores de Nijmegen (GA= 6,5 ± 0,8 vs. RG= 3,7 ± 0,9) e na capacidade física (GA= 96 ± 26 vs. GR= 63 ± 17 metros) (p < 0,05). Conclusão: Os resultados do presente estudo sugerem que os pacientes com asma persistente moderada ou grave apresentam benefícios quando submetidos a ambas as estratégias não-farmacológicas. O treinamento aeróbio resultou em maiores benefícios no controle clínico, qualidade de vida, morbidades psicossociais e capacidade física do que o treinamento respiratório, que por sua vez, proporcionou melhora na mecânica e eficiência respiratória. Ambos os treinamentos não exerceram influência sobre a resposta autonômica dos pacientes asmáticos / Asthma is a chronic inflammatory disorder of the airways responsible for the increase in bronchial responsiveness to various stimuli. Aerobic and breathing exercises are nonpharmacological strategies used in the treatment of asthmatic patients, however, the comparison between them has never been performed. Objective: To compare the effect of aerobic and breathing exercises on clinical control (primary outcome), psychosocial aspects, thoracoabdominal kinematics and autonomic response of patients with persistent moderateto- severe asthma (secondary outcome). Methods: Fifty-four patients with moderate or severe persistent asthma were randomized into breathing (BG, n=25, 50.6±9.2 yrs) or aerobic groups (AG, n=29, 49.8±9.7 yrs). BG performed yoga-breathing exercises while AG performed treadmill exercise beginning at 60% of the maximum predicted heart rate. Both interventions lasted 24 sessions (2x/week, 40 min/session, 3 months). Before and after the intervention and 3-months later, patients fulfilled asthma control (ACQ), health related quality of life (HRQoL), depression and anxiety levels (HAD) and hyperventilation symptoms (Nijmegen) questionnaires. Pulmonary function and aerobic capacity (incremental shuttle walking distance; ISWD) were also evaluated. Two-way ANOVA was used and significance level was set at 5%. Results: No difference between groups was detected at baseline (p > 0.05). After intervention, only AG reached a clinically significant difference in the ACQ-6 (p < 0.5) (AG=0.69±0.21 vs. BG=0.38±0.17) and presented improvement in HRQoL and anxiety symptoms (p < 0.05). Both groups had significant improvements in the Nijmegen scores (AG=6.5±0.8 vs. BG=3.7±0.9) and aerobic capacity (AG=96±26 vs. BG=63±17 meters) (p < 0.05). Conclusions: The results of this study suggest that patients with moderate or severe persistent asthma show benefits when subjected to both non-pharmacological strategies. Aerobic training resulted in greater benefits in clinical control, health related quality of life, psychosocial morbidities and aerobic capacity when compared to the breathing training. On the other hand, breathing training led to an improvement in mechanical efficiency and respiration. Both training had no influence on the autonomic response of asthmatic patients

Identiferoai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-24022015-143649
Date12 December 2014
CreatorsSaccomani, Milene Granja
ContributorsCarvalho, Celso Ricardo Fernandes de
PublisherBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Source SetsUniversidade de São Paulo
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
TypeTese de Doutorado
Formatapplication/pdf
RightsLiberar o conteúdo para acesso público.

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