Return to search

Os programas metafísicos de investigação em Popper como berçário da ciência / The metaphysical research programs in Popper as nursery of science

Submitted by Marilene Donadel (marilene.donadel@unioeste.br) on 2017-11-07T18:52:31Z
No. of bitstreams: 1
Willian_C_Kuhn_2017.pdf: 760801 bytes, checksum: 78300a5c770a1d87d077e80adea6ae0b (MD5) / Made available in DSpace on 2017-11-07T18:52:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Willian_C_Kuhn_2017.pdf: 760801 bytes, checksum: 78300a5c770a1d87d077e80adea6ae0b (MD5)
Previous issue date: 2017-05-23 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This work aims the investigation of the relationship between metaphysics and science using the popperian concepts of metaphysical realism and the metaphysical research programs. The place of metaphysics was reevaluated throughout the developments of popperian philosophy and changed the situation of excluded from the domain of science, by its non-testability at first, to be incorporated directly into the scientific methodology at second. A cause for this is that Popper thought the methodology is not empirical, but possibly metaphysical and normative, besides the realism, while metaphysical in nature, and non-testable, is open to criticism. The philosopher thought the methodology of science saying that induction must be rejected as a characteristic method of science and replaced by falsifiability, whose assumption is that universal theories are accepted as conjectures, considering the fallibility of our knowledge. We see that Popper, in developing his falseationist theory of method he accepted the correspondential truth theory due to the understanding that it was the only well suited option to the falsifiability and its metaphysical realism and had no choice but admitting the problems arising as a mystery. Popper didn´t realize that in doing so he created problems for the rest of his own philosophy, especially for the thesis of knowledge as a human invention. Thus it seems that popperian realism and its presupposition of natural laws seems to have been sustained by the belief in the connection of this with the latent aim of science, which is in his point of view the search for truth. But it seems this conception of truth, as Caponi (1996) also pointed out, can be understood as an idealization of rational acceptance, which seems to be an acceptable internalist alternative as more compatible with falseasionism and, at the same time, as an outline of difficulties arising from the metaphysical commitments of popperian realism. We understand that the defense of realism for Popper is also motivated by the attempt to avoid one of the negative ethical consequences of solipsism that is the human suffering. At this point we see the metaphysical programs of investigation seemmingly occupying the function of the methodology in terms of their programmatic character. Therefore, the methodology will depend on a metaphysics. We see that a reasonable explanation for this shift in Popper's perspective of metaphysics is the understanding that criticism regulates both metaphysics and empirical science. Thus, the demarcation that makes sense at all is that between criticisms and non-criticism, that is, falsification is not a strict criterion make possible the idea about the influence of metaphysics in science. The predominance of criticism over knowledge allows imaginative theories such as some metaphysical programs to provide content-rich insights and contribute on problems selection and its interpretation. Criticism, therefore, is the link between metaphysics and science. / O presente trabalho tem como objetivo a investigação da relação entre metafísica e ciência utilizando os conceitos popperianos de realismo metafísico e programa metafísico de investigação. O lugar da metafísica foi reavaliado ao longo dos desenvolvimentos da filosofia popperiana e passou da condição de excluída da esfera da ciência, pela sua não testabilidade em um primeiro momento, para ser incorporada diretamente na metodologia científica em seguida. Um motivo para pensarmos isso é o fato de Popper ter constatado que a metodologia não é empírica, mas possivelmente metafísica e normativa, além de o realismo, apesar de ter caráter metafísico, e não ser testável, ser criticável. O filósofo pensou a metodologia da ciência no seguinte sentido: a indução deve ser rejeitada como método característico da ciência e substituída pela falseabilidade, cujo pressuposto é de que as teorias universais são aceitas como conjecturas, considerando a falibilidade do nosso conhecimento. Entendemos que Popper, ao desenvolver sua teoria falseasionista do método, aceitou a tese da verdade como correspondência por entender que era a única opção compatível com a falseabilidade e seu realismo metafísico e não teve outra opção senão admitir os problemas decorrentes como um mistério. O que Popper não percebeu é que, ao fazer isso criou problemas para o restante de sua filosofia, sobretudo para a ideia do conhecimento como invenção humana. Assim nos parece que o realismo popperiano e seu pressuposto de leis naturais, parece ter sido sustentado pela crença da vinculação deste com o objetivo latente da ciência, que é, para ele, a busca da verdade. Mas essa concepção de verdade nos parece, conforme Caponi (1996) também assinalou, pode ser entendida como uma idealização da aceitação racional, a qual parece ser uma alternativa internalista aceitável como mais compatível com o falseasionismo e, ao mesmo tempo, como um contorno das dificuldades decorrentes dos compromissos metafísicos do realismo popperiano. Entendemos que a defesa do realismo para Popper é motivada também pela tentativa de evitar uma das consequências éticas negativas do solipsismo, a saber: o sofrimento humano. Em torno dessa discussão, pensamos que os programas metafísicos de investigação parecem ocupar a função da metodologia, por terem o caráter programático. Assim sendo, a metodologia dependerá de uma metafísica. Entendemos que uma explicação razoável para essa mudança da perspectiva popperiana sobre a metafísica é entender que a crítica regula tanto a metafísica quanto a ciência empírica. Portanto, a demarcação que importa realmente é entre teorias criticáveis e não criticáveis, ou seja, a falseabilidade não é um critério rigoroso e permite pensar a possibilidade de influência de uma metafísica na ciência. A predominância da crítica sobre o conhecimento permite que teorias ricas em imaginação como alguns programas metafísicos possam fornecer intuições ricas em conteúdo e contribuir na seleção de problemas e na interpretação destes. A crítica, portanto é o elo entre a metafísica e a ciência.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.unioeste.br:tede/3133
Date23 May 2017
CreatorsKuhn, William Carlos
ContributorsSchorn, Remi, Schorn, Remi, Caponi, Gustavo Andrés, Bassani, Douglas Antonio
PublisherUniversidade Estadual do Oeste do Paraná, Toledo, -2624803687637593200, 500, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, UNIOESTE, Brasil, Centro de Ciências Humanas e Sociais
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do UNIOESTE, instname:Universidade Estadual do Oeste do Paraná, instacron:UNIOESTE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation-8305327606432166393, 600, 600, 600, 600, 6640233372697234262, 6812365577386261607, 2075167498588264571

Page generated in 0.014 seconds