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Namoro e violência: um estudo sobre amor, namoro e violência para jovens de grupos populares e camadas médias

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Previous issue date: 2009 / jovens namorados entrevistados, e como específicos: 1) compreender o que os jovens
entendiam por relações violentas; 2) identificar os tipos de violência mais comuns nas
relações entre os namorados entrevistados; 3) investigar os contextos em que a
violência era aceita entre namorados. Insere-se no campo da Psicologia Social, tendo
como perspectiva teórica as Práticas Discursivas e Produção de Sentidos filiada ao
Construcionismo. O argumento defendido é o de que a violência não é do namorado ou
da namorada, e sim da relação, apresentando significados para a mesma. Foram
realizadas vinte e duas entrevistas, semi-estruturadas gravadas e transcritas , com
jovens entre 18 e 29 anos, que consideravam seus relacionamentos como namoro,
divididos em dois grupos: onze jovens de grupos populares, sete mulheres e cinco
homens, e onze jovens de camadas médias, sete mulheres e cinco homens. Também
foram utilizadas as anotações realizadas no diário de campo e as reportagens sobre
casos de violência entre namorados, disponíveis na mídia impressa e televisiva. A partir
deste material observamos que a violência entre namorados tem, aparentemente, como
principal motivação, a crença de que o outro é uma posse, sendo assim, existe o direito
de controle sobre esse outro. Embora os jovens tenham apresentado concepções
abrangentes sobre o fenômeno da violência na relação, é como se este não estivesse
presente no cotidiano de seus namoros. Entretanto, a violência evidenciou-se, na
relação dos jovens entrevistados na forma de: insultos; tapas; empurrões; proibições
em relação a sair com os(as) amigos(as), ter amizades com pessoas do sexo oposto;
comprar o outro com presentes; impedir que o outro faça algumas atividades, como,
por exemplo, dançar; controle do outro através de ligações e do orkut. Os jovens
entrevistados não compreendem como violência as vivências de desrespeito, controle,
insultos, agressões físicas, psicológicas, morais, ameaças de término, do namoro. Entre
os motivos para a invisibilidade da violência na relação, destaco: 1) a concepção
amorosa dos jovens; 2) a compreensão de alguns desses jovens de que a violência é
restrita apenas ao âmbito físico; 3) a compreensão sobre as normas presentes no
namoro. Na relação, a violência é exercida por homens e mulheres, sendo utilizada
como forma de: controle do outro; garantia de fidelidade; dar a palavra final

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/8416
Date31 January 2009
CreatorsNASCIMENTO, Fernanda Sardelich
ContributorsCORDEIRO, Rosineide de Lourdes Meira
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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