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Evolução petrológica, geoquímica e isotópica do diabásio penatecaua na Região de Medicilândia, PA

Resumo: A soleira de Medicilândia é um corpo ígneo intrudido em rochas sedimentares da borda sul da Bacia do Amazonas. Localizada na cidade homônima, no estado do Pará, a soleira faz parte do evento magmático Penatecaua, de idade triássicojurássica. A área mapeada abrange cerca de 300km2 e é composta por diabásios e gabros. Tendo como objetivo geral definir a evolução do magmatísmo responsável pela geração destas rochas, foram realizados trabalhos de campo e coleta de amostras, análises petrográficas, estudos geoquímicos a partir de óxidos maiores, elementos traço e Terras Raras, além da análise de isótopos de Nd e Sr. A assembléia mineral primária dos diabásios e gabros é composta por augita, andesina/labradorita, minerais opacos, apatita e quartzo. Há uma paragênese de alteração hidrotermal marcante, definida por minerais opacos, sericita, clorita, uralita, hornblenda, biotita, quartzo e epidoto. Quimicamente as rochas são supersaturadas em SiO2 e classificadas como basaltos e andesito basaltos da série toleitica e são divididas em 4 grupos geoquímicos. O grupo 1, composto por rochas mais primitivas, é formado por rochas cujos valores de mg* estão entre 0,5 e 0,6. Os grupos 2 e 3 possuem valores de mg* intermediários, entre 0,4 . 0,5 e 0,3 . 0,4, respectivamente. O grupo 4 e representado pelas rochas mais evoluídas, onde o mg* está entre 0,1 e 0,3. As rochas deste último grupo possuem TiO2 > 2%, enquanto nos demais grupos o TiO2 e menor do que 2%. Com base em diagramas de variação caracteriza-se que a evolução da intrusão se deu por cristalização fracionada dominada pela formação de piroxênio. A ausência de anomalias negativas de Eu em spidergrams indica que o fracionamento de plagioclasio por cristalização fracionada nao foi significativo. Considerando os dados geoquímicos, foi elaborado um mapa faciológico, delimitando um zoneamento na soleira onde as facies mais primitivas localizam-se nas bordas, enquanto as mais evoluídas concentram-se no centro da intrusão. A partir da assinatura geoquímica, analisada em diagramas multielementares e spidergrams, e diagramas de variação para elementos traço interpreta-se, como hipótese mais provável, que a origem dessas rochas deu-se por diferentes taxas de fusão parcial de uma mesma fonte, seguida por processo de cristalização fracionada. As razões iniciais de 87Sr/86Sr (180 Ma), que estão entre 0,70640 . 0,70816, de 143Nd/144Nd(180 Ma) entre 0,51230 e 0,51232 e o ƒÃNd(180 Ma) negativo (-1,51 a -1,96) assemelham-se aos dados existentes para o grupo de baixo TiO2 da Provincia Magmática do Paraná, definido, na literatura, como formado por contaminação crustal. As idades modelo TDM indicam, para a soleira de Medicilandia, processo de derivação manto-crosta ocorrido entre 1,5 -1,3 Ga. Com base no parâmetro (fSm/Nd), observa-se que quanto mais primitiva e a rocha maior e sua idade TDM é menor o seu fracionamento isotópico. A ausência de correlações nítidas entre SiO2 e P2O5/K2O com as razões isotópicas de 87Sr/86Sr, que seriam indicativas de processos de contaminação crustal, indica que as rochas da soleira de Medicilândia não passaram por processos de contaminação crustal, ou se passaram, a quantidade de material proveniente da crosta envolvido foi muito pequena. A fonte provável para estas rochas e o manto heterogêneo com provável origem por fusão parcial de fonte do manto primitivo modificado por componentes crustais, possivelmente por processos de subducção anteriores.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.c3sl.ufpr.br:1884/26954
Date08 May 2012
CreatorsCosta, Juliana
ContributorsVasconcellos, Eleonora Maria Gouvea, 1965-, Barros, Carlos Eduardo de Mesquita, Cury, Leonardo Fadel, Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias da Terra. Programa de Pós-Graduaçao em Geologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPR, instname:Universidade Federal do Paraná, instacron:UFPR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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