O presente estudo versa sobre os “sujeitos da educação especial”. Como recorte, problematizam-se enunciados que associam síndrome de Down às (im)possibilidades do aprender. Trata-se de um estudo teórico, que tem a escrita através de cenas como metodologia e o ensaio como forma. Como perspectiva teórica, o conceito de aprender proposto por Alicia Fernández é central, por descentralizar as possibilidades de aprendizagem das condições orgânicas. No processo de desnaturalização de algumas certezas, conceitos postulados por John Langdon Down (1859), Benda (1954), Lejeune (1958) ganham cena. Nessa processualidade histórica, encontra-se a formulação de um conceito de idiotia, de etiologia organicista e hereditária, como resultado da degenerescência humana e seu desdobramento em outras categorias, especificamente a deficiência mental. Em uma continuidade descontínua entre termos e interpretações, a síndrome de Down passa da categoria de idiotia mongoloide à principal causa genética de deficiência. Se há diversidade de nomenclaturas, permanece um enredo que associa, e às vezes iguala, síndrome de Down, deficiência mental e não aprender ou aprender minimizado. Tal lógica encontra no discurso médico sua justificativa. Por fim, problematizam-se os efeitos desses enunciados nos processos de escolarização. Trata-se de um estudo que procura deslocar o olhar, duvidar dos discursos e contribuir para a construção de outras cenas e enredos sobre o aprender de sujeitos com síndrome de Down. / El presente estudio se ocupa de los "sujetos de la educación especial." Como recorte, problematizar enunciados que vinculan el síndrome de Down a las (im)posibilidades de aprendizaje. Es un estudio teórico que tiene como metodología: la escritura a través de escenas y el ensayo como forma. Como perspectiva teórica, el concepto de aprendizaje propuesto por Alicia Fernández es central, mediante la descentralización de las oportunidades de aprendizaje a partir de las condiciones orgánicas. En el proceso de desnaturalización de algunas certezas, conceptos postulados por John Langdon Down (1859), Benda (1954), Lejeune (1958) entran en escena. En este proceso histórico, nos encontramos con la formulación de un concepto de la idiotez, de etiología organicista y hereditaria, como resultado de la degeneración humana y su despliegue en otras categorías, específicamente como retraso mental. En una continuidad discontinua entre los términos e interpretaciones, el síndrome de Down pasa de la idiotez mongoloide a la causa genética principal de discapacidad. Si hay diferentes clasificaciones, sigue siendo una historia que asocia, e incluso a veces iguala, el síndrome de Down, retraso mental y no-aprender o aprendizaje minimizados. Esa lógica encuentra su justificación en el discurso médico. Por último, ponemos en duda los efectos de estas declaraciones en los procesos de escolarización. Es un estudio que trata de desviar la mirada, dudando de los discursos y contribuir a la construcción de otras escenas y tramas respecto al aprendizaje de las personas con síndrome de Down.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume56.ufrgs.br:10183/104488 |
Date | January 2014 |
Creators | Streda, Carina |
Contributors | Vasques, Carla Karnoppi |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Spanish |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.0024 seconds