Return to search

Comunidades ribeirinhas, engenheiros e conservação da floresta: construção participativa do espaço tecnológico em empreendimentos econômicos solidários na Amazônia

Made available in DSpace on 2016-06-02T19:51:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1
3170.pdf: 3930564 bytes, checksum: 6bc091724513b521d14710a292adacf5 (MD5)
Previous issue date: 2010-06-28 / Financiadora de Estudos e Projetos / The purpose of this research is to analyse the participatory construction of the technological space of a solidarity economy organization of production and commercialization of Brazil nuts integrated by inhabitants of riverside communities of the Lower Madeira River, in Rondônia. The restore of household extractive economies is one of the proposals of forest peoples social movements to match life quality improvement and environmental conservation. This opposes to the hegemonic model of development of the Amazon Rainforest region, based on technocratic state intervention, which is responsible for the harsh social and environmental crises that hit the region and which has in the expel of.traditional forest people from their home lands one of the most perverse effects. New extractive economies have two features that also oppose the early rubber tapping period. Firstly it is based on democratic work relations, what suggest a connection with solidarity economy movement. On the other hand, it purposes it should incorporate new technologies which would radically improve productive forces, calling for integration with social technology movement. Exploring the existing synergies of these counter-hegemonic movements, the dissertation aims to demonstrate that engineers, technologists and other professionals involved with technological development may assume an important role to merge community strengthen and forest conservation. To do so, the methodology developed by Herrera (1981), alluding to the generation and technology for rural areas, is taken as an important reference. The scope of this method is adapted to be applicable to a solidarity economy organization including extractivists of the Lower Madeira River producing and commercializing Brazil nuts. Recognizing the social character of rational systems, the methodology demands qualified participation of the workers and results in the technological space of the organization, agreed upon the associated producers and the professionals aiming to support them. The experience of the adapted method proved to be effective, pointing out that real engagement of specialists with social transformation demands the capacity of dialoguing with groups which and usually considered irrelevant in the technological development process. / O trabalho busca analisar a construção participativa do espaço tecnológico de um empreendimento econômico solidário de produção e comercialização de castanha da Amazônia formado por moradores de comunidades ribeirinhas do Baixo Rio Madeira, em Rondônia. A revigoração da economia extrativista constitui uma das propostas dos movimentos sociais de populações tradicionais da floresta, buscando compatibilizar a melhoria na qualidade de vida com a conservação ambiental. Contrapõe-se, assim, ao modelo de desenvolvimento baseado na intervenção tecnocrática do Estado, responsável pela instauração da crise socioambiental vivenciada atualmente na região, que tem no violento processo de desterritorialização de comunidades tradicionais, um de seus componentes mais perversos. O novo extrativismo tem duas características fundamentais para sua viabilização e que o diferenciam do extrativismo praticado durante os ciclos da borracha. Primeiramente, ele se baseia em formas democráticas de organização do trabalho, o que sugere o diálogo com o movimento da economia solidária. Além disso, propõe a melhoria da qualidade das forças produtivas por meio da incorporação de novas tecnologias, o que aponta para interação com o movimento da tecnologia social. Ao explorar as sinergias existentes entre esses movimentos contra-hegemônicos, a dissertação busca mostrar que engenheiros, tecnólogos e outros especialistas envolvidos com o desenvolvimento tecnológico podem assumir um papel importante para compatibilizar o fortalecimento das comunidades da floresta e a conservação da Amazônia. Para tanto, toma-se como referência a metodologia desenvolvida por Herrera (1981), voltada para áreas rurais, que foi adaptada para a geração e avaliação de tecnologias em empreendimentos econômicos solidários e aplicada no âmbito da produção e comercialização coletivas de castanha pelos extrativistas do Baixo Madeira. Tal método reconhece o caráter social dos sistemas racionais, demandando a participação qualificada dos produtores e tem como resultado o espaço tecnológico do empreendimento, que corresponde a uma agenda pactuada com os associados para a atuação de profissionais engajados em seu apoio. Sua aplicação junto aos produtores se mostrou eficaz, contribuindo para evidenciar que o efetivo engajamento de especialistas com a transformação social demanda disposição para dialogar com grupos cujas formas de enxergar o mundo e saberes são muitas vezes vistas como irrelevantes no processo de desenvolvimento tecnológico.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufscar.br:ufscar/3638
Date28 June 2010
CreatorsCandido, Silvio Eduardo Alvarez
ContributorsEid, Farid
PublisherUniversidade Federal de São Carlos, Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção, UFSCar, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSCAR, instname:Universidade Federal de São Carlos, instacron:UFSCAR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0029 seconds