Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Florianópolis, 2016. / Made available in DSpace on 2017-01-24T03:16:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2016 / As condições socioeconômicas são importantes determinantes da saúde das populações. Em países de média renda como o Brasil, onde se observa aumento da prevalência e mortalidade por doenças crônicas, e particularmente em contextos de desigualdades sociais como aqueles apresentados em território nacional, o estudo do papel das mesmas como condicionantes do adoecimento por condições crônicas é de grande relevância. O objetivo do estudo foi testar a associação entre escolaridade e ocorrência de doenças crônicas e de limitações diárias causadas pelas doenças crônicas. Foram analisados os dados oriundos da Pesquisa Nacional de Saúde realizada em 2013. Trata-se de amostra populacional com coleta de dados domiciliares junto a 62.986 mil pessoas de idade adulta. O tamanho amostral foi aquele que permitiu a inferência de estimativas para a população das capitais, estados e do país. A prevalência de doenças foi estimado pelo autorrelato de diagnóstico realizado por um profissional de saúde para as seguintes doenças: hipertensão arterial sistêmica, diabetes melito, doenças do coração (incluídos infarto, angina e insuficiência cardíaca), acidente vascular cerebral, asma, doença pulmonar obstrutivas crônica (bronquite e enfizema) e câncer. Já a ocorrência de limitações diárias por doenças crônicas foi mensurada pelo autorrelato de dificuldade ao trabalhar, estudar e realizar afazeres domésticos, entre outras atividades. A resposta foi dicotomizada em "pouca limitação" e "muita limitação". A ocorrência dos desfechos segundo a escolaridade foi descrita em proporções e respectivos intervalos de confiança. Modelos brutos e ajustados de regressão logística foram testados, utilizando-se como variáveis de ajuste sexo, idade, estado civil, realização de consultas médicas nos últimos doze meses e internação hospitalar no último ano.Resultados: A menor escolaridade apresentou associação com maiores chances de ocorrência de hipertensão arterial, diabetes mellitus e acidente vascular cerebral (OR 1,50, IC95% 1,30-1,73; OR 1,68, IC65% 1,33-2,12 e; OR 2,76, IC95% 1,90-4,00, respectivamente) e doenças do coração. Pessoas com menor escolaridade também apresentaram maior limitação das atividades diárias em todas as doenças estudadas. Como conclusão, o estudo verificou que não apenas a prevalência de doenças crônicas é maior entre aqueles com menor escolaridade, mas também há clara associação negativa da pior escolaridade com as presença de limitações das atividades diárias que as doenças causam.<br> / Abstract : Social inequalities are important determinants of population health. In middle-income countries like Brazil, where it is observed increasing prevalence and mortality from chronic diseases, and particularly in social inequalities contexts such as those presented in the country, studying the role of this health determinant on the illness from chronic diseases is of great importance. The objective will be to test the association between education and the occurrence of chronic diseases and daily limitations caused by chronic diseases. It will be analyzed the data from the National Health Survey conducted in 2013. This is population sample collection of household data from the 62,986. The sample was defined by random method, and randomly chosen an adult aged 18 or more per household. The sample size was one that allowed to inference, from the sample, estimates for the population of cities, states and country.The prevalence of disease was estimated by the self-reported diagnosis performed by a health professional for the following diseases: hypertension, diabetes mellitus, heart disease (infarction, angina and heart failure), stroke, asthma, chronic pulmonary obstructive disease (bronchitis and emphysema) and cancer. The incidence of daily limitations resulting from chronic diseases was measured by the self-reported of difficulty of working, studying and performing household activities. The response was dichotomized into "little restraint" and "a lot of limitations." The occurrence of outcomes according to schooling will be described in ratios and confidence intervals. Crude and adjusted logistic regression models will be tested, using the following adjustment variables: sex, age, marital status, medical consultations in the last twelve months and hospitalization in the past year medical consultations in the last twelve months and hospitalization in the last year. Results: The lower education was associated with higher chances of hypertension, diabetes mellitus and stroke (OR 1.50, 95% CI 1.30 to 1.73; OR 1.68, 1.33 to 2 % IC65, 12 and; OR 2.76 ,95%CI 1.90 to 4.00, respectively) and heart deseases. People with less education also had more limitation on daily activities in all diseases studied. In conclusion, the study found that not only the prevalence of chronic diseases is higher among those with less education, but there are also a clear negative association between socioeconomic status and limitations of daily activities caused by the studied diseases.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/172566 |
Date | January 2016 |
Creators | Lima, Rodrigo de Novaes |
Contributors | Universidade Federal de Santa Catarina, Boing, Antonio Fernando |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | 125 p.| il., tabs. |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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