Return to search

Influência da atividade física sobre os indicadores antropométricos de saúde em crianças e adolescentes matriculados em escolas em tempo integral e regular

Orientadora: Profª. Drª. Margaret Cristina da Silva Boguszewski / Co-orientadora: Profª. Drª. Neiva Leite / Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente. Defesa: Curitiba, 28/07/2017 / Inclui referências : f.96-106 / Resumo: Introdução: A escola é um espaço valioso de aprendizagem, além de local que oferece menor exposição a comportamentos de riscos à saúde de escolares. Objetivo: Este estudo objetivou determinar a influência da atividade física (AF) sobre os indicadores antropométricos de saúde em estudantes matriculados em diferentes regimes escolares de escolas públicas. Métodos: Participaram desta pesquisa 378 alunos (as) de Educação em Tempo Integral (ETI) e 1441 de Educação em Tempo Parcial (ETP), de ambos os sexos, na faixa etária de 12 a 16 anos. Todos os escolares foram avaliados quanto ao peso (kg), estatura (cm), circunferência abdominal (cm), pressão arterial (mmHg), estadio puberal e respostas ao Questionário Recordatório de Três Dias para avaliar o nível de AF. Aplicou-se o Teste de Léger para avaliar a aptidão cardiorespiratória (APCR), calculou-se o volume de oxigênio (VO2máx) e verificou-se a frequência cardíaca inicial e final no teste aplicado. Apenas os escolares de ETI responderam ao questionário de comportamento de risco Youth Risk Behavior Survey (YRBS-2007) para as informações sócio-econômicas, e os pais responderam ao questionário sobre o histórico familiar (HF) e dados do nascimento do filho (a). Todos os aplicadores receberam treinamento prévio e coletaram os mesmos dados nas diferentes escolas. Foram avaliados escolares de ETI dos municípios de Apucarana, Curitiba e Bom Jesus do Sul, assim como escolares de ETP do município de Curitiba. Na análise dos dados, as variáveis categóricas foram expressas em frequências absolutas e relativas; enquanto as variáveis contínuas, em suas medidas de tendência central e de dispersão. Testes paramétricos e não-paramétricos foram utilizados de acordo com a distribuição das variáveis, caráter de independência e número dos grupos de estudo, considerando p<0,05. Resultados: 146 meninos e 173 meninas de ETI e 605 meninos e 674 meninas de ETP foram incluídos, amédia de idade foi, respectivamente, de 13,2 anos e 12,9 anos; 21,5% dos estudantes de ETI estavam com excesso de peso (EP), 12,9% com obesidade abdominal (OA), 12,5% com hipertensão arterial sistêmica (HAS), 68% < 300 minutos/semana de AF e 31,8% com APCR insuficiente. Em ETP 31,6% com EP, 29,1% com OA, 18% com HAS, 85,5% < 300 minutos/semana de AF e 69,3% com APCR insatisfatória. A APCR foi melhor em estudantes de ETI da zona rural (92,1%), sendo que meninas (65,6%) atingiram mais o corte do que meninos (33,3%). Estudantes da ETP de ambos os sexos apresentaram maior frequência de HAS (p < 0,05), OA, EP, AF < 300 min/sem e APCR insatisfatória (p < 0,01) comparados aos estudantes de ETI. Observou-se, nos pais dos alunos de ETI, pouca informação sobre HF associado a altas taxas de consumo de álcool, principalmente das mães (72%) e poucas informações sobre os dados de nascimento dos filhos (as). Os comportamentos de risco mais frequentes, em meninas de ETI, foram a menor participação em atividades esportivas na escola, clube ou bairro (46%) e maior consumo de refrigerantes (88%) e os meninos foram menos participativos nas aulas de Educação Física (49%), e permaneceram mais tempo em frente a televisão e jogando video game (24%). Conclusão: Os níveis de AF são semelhantes em meninos de ETI e ETP, porém alunos de ETI têm melhor APCR e indicadores de saúde quando comparados a alunos de ETP. O presente estudo sugere que a ampliação de políticas públicas voltadas à ETI e que possam trazer benefícios a saúde de estudantes de escolas públicas. Palavras-chave: comportamentos de riscos, atividade física, obesidade, estudantes / Abstract: Introduction: Besides being a valuable learning space, school is also a place that provides less exposure to behavior attitudes that create a health risk to children. Aims: The study was designed to determine the influence of physical activity (PA) on anthropometric health indicators of students enrolled in different public schools. Methods: 378 students in Full-Time Education (FTE) and 1441 in Part-Time Education (PTE), aged between 12 to 16, of both sexes, were included. Body mass (kg), height (cm), waist circumference (cm), blood pressure (mmHg) and pubertal stage, were evaluated; a three-day recall questionnaire was used to assess the level of PA. A Léger test was used to evaluate cardiorespiratory fitness (CRF), oxygen volume (VO2max) and the initial and end heart rates. FTE children answered the Youth Risk Behavior Survey (YRBS-2007) for socioeconomic information, with their parents answering questionnaires about family history (FH) and their child's birth data. All the researchers received previous training and collected the same data in the different schools. FTE students attended schools from the municipalities of Apucarana, Curitiba and Bom Jesus do Sul, while the PTE students were all from the city of Curitiba. Categorical variables were expressed in absolute and relative frequencies. Continuous variables were expressed in their measures of central tendency and dispersion. Parametric and non-parametric tests were used according to the distribution of variables, independence character and number of study groups, considering p <0.05. Results: 146 boys and 173 girls of FTE and 605 boys and 674 girls of PTE were included, with a median age, respectively, of 13.2 and 12.9 years; 21.5% of FTE students were overweight (O), 12.9% exhibited abdominal obesity (AO), 12.5% had high blood pressure (BP) for their age, and 68% self-reported as doing less than 300 minutes of PA per week and 69.3% with insufficient CRF. In PTE 31.6% of FTE students were overweight, 29.1% exhibited AO, 18% had high BP for their age, and 85.5% self-reported as doing less than 300 minutes of PA per week and 31.8% with insufficient CRF. CRF rates were higher in rural FTE students (92.1%) and girls (65.6%) had higher levels compared to boys (33.3%). PTE students of both sexes presented a higher frequency of high blood pressure (p <0.05), abdominal obesity, overweight rates, PA <300 min / wk and unsatisfactory CRF (p <0.01) compared to FTE students. Parents of FTE students reported limited family history associated with high rates of alcohol consumption, especially in mothers (72%) and little information their child's birth data. The most frequent risk behaviors in girls in FTE were sports activities at school, in a club or in their communities (46%) and the high consumption of soft drinks (88%) and in the boys the lowest participation in physical education classes and long hours of watching television and playing video games (24%). Conclusion: PA levels were similar in PTE and FTE students, but FTE students presented better CRF rates and other health indicators when compared to students in PTE. Therefore, this study suggests that expansion of public policies related to FTE schools might bring benefits to students from public schools. Key words: risk behavior, physical activity, obesity, students.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.c3sl.ufpr.br:1884/49086
Date January 2017
CreatorsBrito, Lilian Messias Sampaio
ContributorsBoguszewski, Margaret Cristina da Silva, Leite, Neiva, Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format156 f. : il. algumas color., grafs., tabs., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPR, instname:Universidade Federal do Paraná, instacron:UFPR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
RelationDisponível em formato digital

Page generated in 0.0026 seconds