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Dissertação_ Enf_ Lorena Fernanda Nascimento Santos.pdf: 1846476 bytes, checksum: 48e1c6131430495baf86e4d78e6ff922 (MD5) / As condições de nascimento no Brasil, apesar de apresentarem uma evolução significativa nas
últimas décadas, ainda apresentam discrepâncias baseadas nas desigualdades étnicas, de
classe social e região. Quando se enfoca as comunidades quilombolas, identifica-se que as
condições sociais que geralmente vivenciam são piores que as condições da população negra
em geral. Objetivo Geral: conhecer as condições de nascimento das crianças das comunidades
quilombolas de Ilha de Maré. Objetivo Específico: 1. Caracterizar as condições de nascimento
das crianças das comunidades quilombolas em estudo, segundo as condições
sociodemográficas das famílias; 2. Investigar os dados obstétricos de mães quilombolas e as
características das crianças no momento do nascimento; 3. Analisar como se dá o acesso e a
acessibilidade aos serviços perinatais por mães quilombolas. O estudo foi quantitativo
descritivo, realizado nas comunidades quilombolas de Ilha de Maré, Salvador-Bahia. Este,
fez parte de um projeto Guarda-Chuva intitulado “Acesso e Assistência à Saúde Infantil em
Comunidades Quilombolas: Caminhos para Equidade no SUS, financiado pela FAPESB,
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal da Bahia por meio do
Parecer Consubstanciado 367.474. As participantes foram mães de crianças quilombolas de 0
a 2 anos. Os dados foram coletados por meio da aplicação de um questionário, armazenados e
analisados com o auxílio do programa Stata, versão 12,0. As variáveis estudadas apontam que
as mães de crianças quilombolas, mesmo com grau de instrução satisfatória tratando-se de
uma comunidade vulnerável, exercem ocupação informal que reflete em uma renda per capta
inferior ao salário mínimo. Em relação aos dados obstétricos, 67,8% foram partos vaginais,
96,6% não tem histórico de natimorto e 89,8% não tem histórico de aborto, 57,6% não
referiram doença na gestação, 42,4% apresentaram doença na gestação, as mais referidas
foram hipertensão e infecção urinária. Em relação a vitalidade da criança, 76,7%
apresentaram peso adequado na avaliação do escore de Apgar 85,0% das crianças
apresentaram índice entre 7 e 10 no 1º minuto e 95,0% apresentaram índice entre 7 e 10 no 5º
minuto. Foi observado que as mulheres realizaram pré-natal na Unidade de Saúde da Família
(USF). Observa-se, ainda, um itinerário no trabalho de parto desgastante, as questões
geográficas dificultam o acesso às maternidades. As mulheres utilizam embarcações de
familiares ou alugadas que não promovem o transporte seguro e, visitam em média, 1,5
maternidades no trabalho de parto. Concluiu-se que, a condição de saúde de mulheres no
período gestacional e de crianças no nascimento é influenciada pela condição
sociodemográfica limitante, sendo necessário adequar a assistência à saúde a comunidade
quilombola. Os resultados deste estudo poderão subsidiar ações políticas locais e municipais,
pois, possibilitará observar as situações favoráveis e desfavoráveis para a condição de
nascimento saudável de recém-nascido quilombola.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:192.168.11:11:ri/20110 |
Date | 24 November 2015 |
Creators | Santos, Lorena Fernanda Nascimento |
Contributors | Camargo, Climene Laura de, Felzemburgh, Ridalva Dias Martins, Camargo, Climene Laura de, Bispo, Tânia Christiane Ferreira, Couto, Telmara Menezes, Witaker, Maria coralina Ortiz |
Publisher | Escola de Enfermagem, Enfermagem, UFBA, brasil |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFBA, instname:Universidade Federal da Bahia, instacron:UFBA |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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