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O impacto da segregação de gênero nos cursos de graduação sobre o diferencial salarial entre homens e mulheres no Brasil

Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Sociologia, 2015. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2016-02-15T13:37:24Z
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2015_JulianaCastroGalvao.pdf: 1974608 bytes, checksum: 853bd42a8ed182e9bb77ff7054b1b998 (MD5) / O presente trabalho tem como objetivo geral analisar os determinantes do diferencial salarial entre homens e mulheres nos diferentes estratos de rendimentos. As mulheres constituem hoje no Brasil a maioria das pessoas com curso de graduação completo e apesar da maioria dos indivíduos ricos terem curso de graduação, as mulheres ainda são minoria nos estratos mais elevados de renda. Dessa forma, nesta pesquisa avalia-se duas hipóteses, a primeira é a de que a educação é uma condição necessária, porém não suficiente para as mulheres pertencerem aos estratos mais elevados de renda. A segunda hipótese é a de que uma parte importante da desigualdade salarial de gênero nos estratos mais elevados pode ser explicada pela segregação entre homens e mulheres nos cursos de graduação. Para testar essas hipóteses utilizou-se um método de decomposição tipo Oaxaca-Blinder a partir de regressões RIF (Recentered Influence Function), proposto por Firpo, Fortin e Lemieux (Firpo, Fortin e Lemieux, 2007), que permite que a decomposição seja efetuada para diferentes quantis da distribuição dos rendimentos. A decomposição foi realizada para os quantis 25, 50, 75, 90 e 99 da distribuição dos rendimentos totais. Foram estimados dois modelos, um para analisar a decomposição do diferencial salarial entre homens e mulheres de 25 a 64 anos e outro modelo para averiguar a decomposição do diferencial salarial apenas entre os indivíduos com curso de graduação completo. Primeiro os modelos foram estimados com os dados do Censo 2010 e, em seguida, computados com dados reponderados do Censo 2010 pelos dados da DIRPF. Os resultados sugerem que a educação é uma condição necessária, mas não suficiente para se pertencer aos estratos mais elevados de renda e que as diferenças em atributos explicam pouco da diferença salarial entre homens e mulheres. No entanto, entre os graduados, a segregação de gênero nos cursos de graduação explica uma parte expressiva do diferencial salarial entre homens e mulheres. ______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The main goal of the present research is to analyze the determinants of the wage gap between men and women at different income strata. Today women hold the majority of undergraduate diplomas in Brazil. Nevertheless, although most wealthy individuals have undergraduate degrees, women are still a minority in higher income strata. Thus, this research evaluates two hypothesis. The first is that for women to belong to the highest income groups, education is a necessary, but not sufficient condition. The second hypothesis is that an important part of the gender wage inequality among the rich can be explained by gender segregation in higher education. To test this hypothesis we used a Oaxaca-Blinder type decomposition method based in RIF (Recentered Influence Function) regressions, as proposed by Firpo, Fortin and Lemieux (Firpo, Fortin, & Lemieux, 2007). This allows us to perform decompositions for different quantiles of the income distribution. We carried out decompositions for the 25th, 50th, 75th, 90th and 99th quantiles of the distribution of total wages. We estimated two models, one that decomposed the gender wage gap for the entire population between 25 and 64 years old and another to investigate the decomposition of the gender wage gap only among individuals with undergraduate degrees. Initially we estimated the models with the 2010 Census data, and then compared these results with the results from a model based on Census data reweighted by personal income tax declaration data (DIRPF). The results suggest that education is a necessary, but not sufficient condition to belong to higher income levels and differences in skills explain only a small part of the gender wage gap. However, when we restrict our analysis to individuals with undergraduate degrees, gender segregation across fields of study explains a significant part of the gender wage gap.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/19502
Date24 August 2015
CreatorsGalvão, Juliana de Castro
ContributorsSouza, Marcelo Medeiros Coelho de
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB
RightsA concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data., info:eu-repo/semantics/openAccess

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