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Trajetórias assistenciais de usuários com transtornos psíquicos na rede de saúde do município de Porto Alegre

A Reforma Psiquiátrica propõe um direcionamento para atenção em saúde mental no território, na qual os serviços de saúde devem estar organizados em rede. Essa rede de serviços composta de vários dispositivos integrados, capazes de absorver as diferentes demandas, com uma variada oferta de ações, deve ampliar os trajetos dos usuários na busca do seu cuidado. Esta pesquisa tem o objetivo de analisar a rede de serviços tecida a partir das trajetórias assistenciais de usuários com transtornos psíquicos de uma Estratégia Saúde da Família do Município de Porto Alegre. Trata-se de um estudo de caso, qualitativo, exploratório e descritivo. Os sujeitos foram 5 usuários de uma Estratégia Saúde da Família. Os dados foram coletados nos meses de novembro e dezembro de 2009. Foi utilizada a técnica de história de vida focal associada às entrevistas em profundidade. A análise utilizou as etapas de ordenação, classificação e análise final, emergindo 2 categorias: Trajetórias Assistenciais dos Usuários e Rede de Atenção em Saúde Mental. Considera-se o movimento da Reforma Psiquiátrica um importante marco para o desenvolvimento de políticas que possibilitaram a saída do manicômio como único trajeto assistencial às pessoas com transtornos psíquicos, evidenciado pela utilização de serviços como: Ambulatórios especializados, Centros de Atenção Psicossocial, Emergência Psiquiátrica, Hospitais psiquiátricos, Unidades Psiquiátricas em Hospital Geral, Oficinas de Geração de Renda e Estratégia Saúde da Família. Contudo, os usuários circulam em uma rede de serviços incipiente, pouco articulada, que reflete diretamente no acesso/acessibilidade aos serviços, fixando-os em determinados pontos, cristalizando a construção de trajetos assistenciais mais dinâmicos. Há pouca flexibilidade nos fluxos instituídos, impedindo que todos os pontos da rede possam ser potenciais portas de entrada. Para a consolidação de uma rede de serviços de saúde mental é necessário aprofundar a co-reponsabilização entre os recursos do Estado, do território, dos cidadãos, desenhando novas cartografias comprometidas com o agenciamento de trajetos assistenciais mais resolutivos. / The Psychiatric Reform proposes a direction for mental health care in the territory in which health services should be organized in a network. This service network composed of several integrated devices, capable of absorbing the different demands, with a varied offering of actions, should broaden the paths of users in their search of care. This research aims to analyze the service network woven from the trajectories of assistance of the users with mental disorders of the Family Health Strategy of the municipal district of Porto Alegre. This is a case study, qualitative, exploratory and descriptive. The subjects were five users of a Family Health Strategy. Data were collected during November and December 2009. The technique of life focal history was used in association with interviews in depth. The analysis used the steps of ordering, classification and final analysis, emerging two categories: Trajectories of Assistance of the Users and Care Network in Mental Health. We consider of the Psychiatric Reform movement an important landmark for the development of policies that enabled the exit of the asylum as the only path of assistance for people with mental disorders, as evidenced by the use of services such as: specialist ambulatory, Psychosocial Care Centers, Psychiatric Emergency, Psychiatric Hospitals, Psychiatric Units in General Hospitals, Workshops of Income Generation and Family Health Strategy. However, users move in an incipient services network, with little articulation, that is directly reflected in the access / accessibility to services, setting them at certain points, crystallizing the construction of path of assistance more dynamic. There is little flexibility in the pattern established by preventing all points of the network could be potential entry points. To the consolidation of services mental health network is necessary to deepen the division of responsibilities between the resources of the state, territory, citizens, designing new cartographies committed with the negotiation of paths of assistance more resolute. / La Reforma Psiquiátrica propone un direccionamiento para la atención en salud mental en el territorio, en el que los servicios de salud deben organizarse en una red. Esta red de servicios compuesta por varios dispositivos integrados, capaces de absorber las diferentes demandas, con una variada oferta de acciones, debe ampliar las rutas de acceso de los usuarios en la búsqueda del cuidado. Esta investigación tiene como objetivo analizar la red de servicios tejida a partir de las trayectorias asistenciales de los usuarios con trastornos mentales de una Estrategia Salud de la Familia del Municipio de Porto Alegre. Se trata de un estudio de caso, cualitativo, exploratorio y descriptivo. Los sujetos fueron cinco usuarios de una Estrategia Salud de la Familia. Los datos fueron recogidos durante noviembre y diciembre de 2009. Fue utilizada la técnica de historia de vida focal asociada con las entrevistas en profundidad. El análisis utilizó los pasos de selección, clasificación y análisis final, emergiendo dos categorías: Trayectorias Asistenciales de los Usuarios y Red de Atención en Salud Mental. Considerase el movimiento de la Reforma Psiquiátrica un hito importante para el desarrollo de las políticas que permitieron la salida del asilo como el único trayecto asistencial a personas con trastornos mentales, como lo demuestra el uso de servicios tales como ambulatorios de especialistas, Centros de Atención Psicosocial, Emergencias Psiquiátricas, Hospitales Psiquiátricos, Unidades Psiquiátricas en Hospitales Generales, Talleres de Generación de Renta y la Estrategia Salud de la Familia. Sin embargo, los usuarios se mueven en una incipiente red de servicios, poco articulada, que se refleja directamente en el acceso / accesibilidad a los servicios, poniéndolos en ciertos puntos, cristalizando la construcción de trayectos asistenciales más dinámicos. Hay poca flexibilidad en el flujo establecido, impidiendo que todos los puntos de la red puedan ser posibles puertas de entrada. Para la consolidación de una red de servicios de salud mental es necesario profundizar la división de las responsabilidades entre los recursos del Estado, del territorio, de los ciudadanos, diseñando nuevas cartografías comprometidas con la negociación de trayectos asistenciales más resolutivos.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume.ufrgs.br:10183/28044
Date January 2010
CreatorsTeixeira Junior, Sidnei
ContributorsOlschowsky, Agnes
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageSpanish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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