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Trabalhadores do ensino e sindicato : uma relação de conflito - os professores da rede de ensino oficial do Estado de São Paulo e a APEOESP de 1978 a 1987

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Previous issue date: 2007-11-29 / This monography is the study of the relationships of the administrators of the Labor Union of
the Teachers of the Official Education of the State of São Paulo (APEOESP) with the
workers of the Education sector, in the period from 1978 to 1987.
The denomination of administrators is just to them. Even though they stand against
capitalism and on behalf of the workers, when they took the leadership of the Labor Union,
there were broken out several schemes or plots in order to maintain the command, through
the control of the actions and the paths that were ran through in the struggles of the
teachers, obstructing the autonomy of the education workers.
In the end of the years nineteen seventies, the metalurgical workers of ABC (which are
industrial towns in the Greater São Paulo area), the workers of the City of São Paulo,
followed by the teachers undertook a strike outside of the labor unions.
In 1978, a strike broke out in the City of São Paulo (which is the state capital), which spread
to almost all the schools in the state. There were claims for better wages. The teachers were
contrary to the administrators, who in their turn performed an ambiguous leadership:
standing themselves on the teachers side, so they would not lose the support of the
teachers, and standing at the same time on the government s side, devising the end of the
strike. In this way they represented the organized labor (unionism; syndicalism) of the military
government period.
From 1981 onward, a group of teachers that was at the head of the category, and
denominated itself as vanguard of the struggles, arrived at the direction of the APEOESP,
attempting to take the proletarian awareness to the teachers, who were considered as petitbourgeois
by the vanguard.
They deepened the changes that were begun by the previous administration. Supporting
themselves in the practices of the new syndicalism which were shaped during the strikes of
1978, in the ABC-paulista area. There was established the election by secret vote to all
functions and duties of the body; there were roused the congresses as the highest instance
of deliberation; they ended with the commissions, establishing the School Representatives
(RE) and the Council of Representatives (CR) and centralizing all the deliberations of the
education workers in the Power instances of the APEOESP.
However, the APEOESP administrators did not limit the actions of the teachers, for the
guiding directions taken in the general assembly were evaluated in the school units,
according to the interests of the education workers. When the teachers answer was no to
the deliberations, the administrators denominated the teachers as ingenuous, pro-Maluf (a
right-wing politician of the state), and even as reactionaries / Esta monografia é o estudo das relações dos gestores do Sindicato dos Professores do
Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP) com os trabalhadores do Ensino, no
período de 1978 a 1987.
A denominação de gestores lhes faz jus. Mesmo com estes se posicionando contra o
capitalismo e favoráveis aos trabalhadores, ao tomarem a liderança do sindicato, foram
desencadeadas várias articulações para manter seu domínio, através do controle das ações
e caminhos percorridos nas lutas dos professores, impedindo a autonomia dos
trabalhadores do ensino.
No final dos anos 70, os metalúrgicos do ABC, os trabalhadores da cidade de São Paulo,
seguidos pelos professores empreitaram uma greve fora dos sindicatos.
Em 1978, se desencadeou a greve na capital paulista, se alastrando por quase todas as
escolas do Estado. Reivindicava-se melhores salários. Os professores eram contrários aos
gestores, que exerciam uma liderança ambígua: posicionando-se ao lado dos professores,
para não perderem o apoio destes e, ao lado do governo, articulando o fim da greve. Deste
modo, representavam o sindicalismo do período do governo militar.
A partir de 1981, um grupo de professores que esteve à frente da categoria, e se
denominava vanguarda das lutas, chegou à direção da APEOESP, pretendendo levar a
consciência proletária aos professores, considerados por aqueles como pequenoburgueses.
Aprofundaram as mudanças iniciadas pela gestão anterior. Respaldadas nas práticas do
novo sindicalismo que se formaram durante as greves de 78, na região do ABC paulista. Foi
implantada a eleição pelo voto direto a todos os cargos da entidade, reanimaram os
congressos como instância máxima de deliberação, acabaram com as comissões,
institucionalizando os Representantes de Escola (RE) e o Conselho de Representantes (CR)
e centralizando todas as deliberações dos trabalhadores do ensino nas instâncias de poder
da APEOESP.
Contudo, os gestores da APEOESP não limitaram as ações dos professores, pois os
encaminhamentos feitos em assembléia geral eram avaliados nas unidades escolares,
conforme os interesses dos trabalhadores do ensino. Quando a resposta dos professores
era não às deliberações, os gestores os denominavam de ingênuos, malufistas e até de
reacionários

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/13027
Date29 November 2007
CreatorsGerolomo, Amilton Carlos
ContributorsVieira, Vera Lúcia
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em História, PUC-SP, BR, História
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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