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Em meio a infâncias e arquiteturas escolares : um estudo sobre os pátios da educação infantil

Meu propósito é o de convidar os que me leem a pensarem comigo sobre a pesquisa que desenvolvo acerca dos espaços comumente chamados de pátios das Instituições de Educação Infantil. Ao mesmo tempo em que se relega aos pátios uma condição secundária, que os mantém longe de estudos sobre suas configurações, pouco a pouco, em muitas escolas estão sendo suprimidos. Seguindo instrumentalizada pela perspectiva pós-estruturalista no processo de escrita da Dissertação não me volto empiricamente aos tantos pátios escolares, mas ao estudo de suas normatizações, ou ainda, aos discursos presentes em documentos ou publicações editoriais selecionados e que tratam dos pátios. Assim, o material empírico desta análise é composto então por dois documentos recentes disponibilizados pelo Ministério de Educação e Cultura (MEC) e duas publicações editoriais das décadas passadas: - Parâmetros Básicos de Infra-Estrutura para Instituições de EI – volume (MEC, 2008a) e encarte (MEC, 2008b); - Paisagismo no Pátio Escolar (FEDRIZZI, 1999); - A Cidade e a Criança (LIMA, 1989). A partir deles trato dos acontecimentos históricos que culminaram com a edificação das IEI tal como as conhecemos; focalizo os pátios em meio à discursividade que constitui a infância escolarizada; abordo a formação dos campos discursivos que, de algum modo, são autorizados ou legitimados como referenciais teóricos dos espaços escolares, sobretudo, referindo-se aos documentos analisados e aos pátios das IEI e dedico-me à questão que considero central ao tratar deste tema, tanto para as pesquisas relacionadas às infâncias, quanto às arquiteturas escolares. Surgidas no percurso desta investigação, as tantas indagações que destaquei acima me levaram a um pátio que me é diferente, um pátio que se mostra em diferentes aspectos. Um lugar que tem história, que se inventou tal qual se constituiu a própria institucionalização/escolarização de crianças pequenas. Um espaço que convida as crianças à nele permanecer. E, neste sentido, um ambiente com determinada função na escolarização e que significa muito às crianças que nas Escolas Infantis permanecem. Um espaço destinado ao contato com „a rua‟, a fantasia, a brincadeira, a natureza, a aprendizagens, ao prazer. Tudo isso dentro dos limites da escola. Limites não apenas no sentido físico, mas de um ambiente calculado e controlado para tanto. Um lugar governado. Destaco, contudo, que as arquiteturas escolares – e/ou o governo das infâncias através de tais arquiteturas – não pertencem a um único discurso, no caso o pedagógico. Ao contrário, pertencem a um conjunto de práticas ou um campo de discursividades em torno deste espaço – a escola. / My purpose is to invite those who read me to think with me about my research concerning spaces of Childhood Education Institutions commonly called schoolyards. At the same time it is being relegate to them a secondary condition that takes them away from studies of their settings, step by step, in many schools they are being suppressed. Following the post-structuralist perspective on the writing process of my dissertation, I do not turn myself to so many existing schoolyards empirically, but to the study of their norms and speeches presented on documents and selected editorial publications that analyze schoolyards. Therefore, the empiric material of this analysis is composed by two recent documents released by the Ministry of Education and Culture (MEC) and two editorial publications released in the past decades: Infrastructure Basic Parameters for Childhood Education Institutions – volume (MEC, 2008a) and booklet (MEC, 2008b) - School Yard Landscaping (Fedrizzi, 1999) - The City and the Child (LIMA, 1989). Starting from them, I write about historical events that culminated with the construction of the Childhood Education Institutions as we know; I focus on the schoolyards amid the discourse that constitutes childhood education; I aboard the formation of discursive areas that, somehow, are authorized or legitimized as theoretical benchmarks for school spaces, especially referring to the examined documents and the childhood education institutions schoolyards and I dedicate myself to the question I consider central to this theme both for research related to childhood, as to school architecture. Those many highlighted questions above, aroused in the course of this investigation, led me to not well-known schoolyard, one that shows itself in different aspects. It is a place that contains a history and that constituted itself just like the own young children institutionalization/schooling. It is a place that invites children to stay in it. And, in this sense, a space with a particular role in schooling and that means a lot to children who remain in the Childhood Schools. A space destined to connect to the street, fantasy, fun, nature, learning, pleasure. All of this within school limits, not only in a physical sense, but an environment calculated and controlled to this purpose. A governed place. I remark, withal, that school architecture - and/or government of childhood using that architecture – does not belong to just one speech, in this case the pedagogical one. It belongs to a set of practices or discursivities areas around this site: the school.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.lume.ufrgs.br:10183/27058
Date January 2010
CreatorsBizarro, Fernanda de Lima
ContributorsDornelles, Leni Vieira
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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