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Praticas de leitura na infancia : do limite a trangressão

Orientador: Ana Lucia Guedes Pinto / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação / Made available in DSpace on 2018-08-04T01:51:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2004 / Resumo: O presente estudo teve por objetivo compreender as práticas, as imagens e as representações da leitura construídas na inrancia. Busquei entender como as crianças fazem uso da leitura no cotidiano em que vivem, dentro ou fora da escola. Baseando-me nos estudos de Certeau (1994) sobre as práticas culturais, escolhi pesquisar meu próprio trabalho de professora da Educação Infantil. Ao construir uma relação com os estudos da História Oral (Thompson: 1992, Pollack: 1992 e Portelli: 1997) busquei entender os relatos das crianças e de suas famílias à luz das pressões sociais que os envolvem, ou ainda, como nos diz Bakhtin (2002), procurando estar atenta ao contexto enunciativo em que eles foram produzidos. Ancorando-me nos estudos da História Cultural (Chartier: 1996 e Hébrard: 1996) pude entender os discursos escolares e extra-escolares os quais tentam revelar, exortar e prescrever a "boa - leitura". As histórias de leitura vividas pelas crianças e por suas famílias revelaram uma preocupação com a continuidade da experiência vivida na escola e o desejo
de se estabelecer elos entre essa experiência e o cotidiano vivido fora da instituição. No ato de reconduzir os sujeitos às suas operações, pude perceber que eles não se identificam com uma imagem de não-leitores, pois relatam diferentes situações nas quais as práticas de leitura se concretizam. As representações de leitura na infância são formuladas, entre outros
fatores, pelas experiências religiosas, e ainda pelos ritos envolvidos nessas práticas religiosas. Os gestos e os ritos que as envolvem mantêm relação com um discurso histórico da leitura: a Igreja como mediadora e reguladora da chamada "boa leitura". Cenas de leitura, vividas na escola deixaram vestígios de que a prática da leitura individual/privada, quando
realizada em um espaço público, é ambígua e mista, podendo haver troca e interação. As práticas de letramento vividas pelas crianças fora da escola apontaram para uma preocupação com a alfabetização - um valor herdado da escola - e também com os usos sociais da leitura e da escrita. De geração em geração: a sacralização da leitura e da escrita relaciona-se com o poder destas práticas em nossa sociedade. Finalmente, pude perceber que a prática orientada da leitura não impede as crianças de afirmarem seus desejos e valores - ainda que isso aconteça nas brechas. As crianças buscam diferentes formas de experimentar a leitura, dialogando com as diferentes vozes plenivalentes que constituem os discursos dessa prática / Abstract: Not informed. / Mestrado / Ensino, Avaliação e Formação de Professores / Mestre em Educação

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/252020
Date25 November 2004
CreatorsSilva, Leila Cristina Borges da
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Guedes-Pinto, Ana Lúcia, 1969-
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Educação
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format145p. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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