Esta pesquisa propõe uma reflexão sobre a tecnologia colaborativa e a visualidade como os principais elementos para construção da identidade nas redes sociais, com ênfase na fotografia e no vídeo. A explosão, nos últimos 20 anos, dos processos de mediação tecnológica, já consolidados como parte da vida cotidiana, tem gerado uma forma distinta de construir identidades, fato que denominei como conceito de trabalho, Identidades Expandidas. Neste trabalho, descrevo como antecedentes, duas trajetórias separadas, mas interligadas, que dão conta da conformação destas identidades expendidas e configuram um campo emergente, para posteriormente elaborar uma análise de sua relação com as mídias e com a arte contemporânea utilizando diversos exemplos de produções recentes. De uma parte, está a trajetória da tecnologia em rede desde os primórdios até a Web 2.0 ou Web Social, mediação que proporcionou ferramentas importantes para arquitetar novos modelos da identidade individual, e que atualmente estão centrados na sobre-exposição do Eu na imagem interconectada. De outra, está a trajetória das tecnologias da visão usadas quase exclusivamente na arte como exercício de análise para a autoexploração, o que deu como expressão máxima o autorretrato, que recentemente se viu confrontado por o excesso de autoimagens na rede. No ponto em que confluem estas duas trajetórias se instala o recém-chamado Selfie, que é a prática paradigmática da imagem em rede. O selfie é usado como foco de estudo porque é um exemplo destacado de como a tecnologia, visualidade e identidade tem influenciado as mídias e novas práticas artísticas. O objetivo do trabalho que aqui apresento é refletir sobre a relação entre tecnologias sociais, processos de subjetivação, imagens digitais e práticas artistas, num diálogo sobre a transformação radical da visualidade contemporânea. / This research proposes a reflection about collaborative technology and the visuality as the main elements for identity construction on social networks, focusing on photography and video. The explosion, on the last 20 years, of technologically mediated processes that are becoming part of the everyday life, has shaped a new form of identity construction that I have called Expanded Identities. In this work I describe two different but interconnected trajectories that set the base for an understanding of these expanded identities. With these trajectories as a base the analysis, describes several cases in media and art works that engage with these identities and outline an emergent field. The first trajectory frames Internet history focusing on the technologies that make possible the so-called Web 2.0, a social web. These set of technologies create affordances that shape new models of identity that are centered on the over exhibition of networked images. The second trajectory accounts for the technologies of vision that had been traditionally used only by artists as a self-exploration analysis, being the self-portrait as the main genre. This relationship is challenged right now because of the excess of self-images online known as Selfies. These trajectories converge precisely in the Selfie as the paradigmatic practice of the networked image. The selfie is used asfocus ofstudy because it is a good example of how technologies, visuality and identities are influencing the media and new artistic practices. The main objective of this research is to reflect upon the relationship between technologies,subjectivity processes, digital images and artistic practices that form a dialogue on the radical transformations of contemporary visuality.
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-24042015-182558 |
Date | 28 August 2014 |
Creators | Sánchez, Leila Ali |
Contributors | Matuck, Artur |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | Dissertação de Mestrado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
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