Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico. Programa de Pós-Graduação em Serviço Social. / Made available in DSpace on 2012-10-26T11:37:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1
309940.pdf: 1742305 bytes, checksum: 39936f6c7dca6621c8abea45a22afd73 (MD5) / A conjuntura política brasileira, particularmente, no período (2003-2010) que gerara grande expectativa em boa parte da esquerda no Brasil, principalmente, no âmbito dos movimentos sociais e organizações da sociedade civil, acabou por disseminar a perplexidade, a decepção e a frustração da classe trabalhadora no país. O PT não havia amadurecido uma agenda política alternativa que pudesse orientar a transição para um outro padrão de desenvolvimento, mantendo a política econômica do neoliberalismo, em um contexto de crise do capital. Além de provocar, ousadamente, um processo de desmobilização e despolitização crescente das massas subalternas. Neste sentido, a presente dissertação tem como tema as expressões da sociedade civil e luta de classes e as tensões no governo Lula e o MST. O objetivo norteador é realizar um estudo do MST enquanto movimento organizativo da sociedade civil vinculado às classes subalternas nos dois mandatos do governo petista, com vistas à identificação e análise das principais propostas, estratégias e formas de luta nos campos político e social bem como as ações que buscaram tencionar a atual direção social, política e econômica do governo, e em que medida contribuíram para a construção de um novo projeto societário. O estudo é de natureza qualitativa e de caráter exploratório e documental, sendo fundamental para subsidiar o desvendamento do objeto. Do ponto de vista teórico-metodológico, o método crítico-dialético se afigurou como suporte para a compreensão das contradições dos processos sociais contemporâneos e as lutas travadas para o seu enfrentamento na disputa de hegemonia, o que permitiu ir além das aparências dos fatos buscando mostrar o protagonismo do MST nas lutas de resistência no governo Lula. A pesquisa sinaliza que os sem-terra, organizados sob a forma de MST, repõem os antagonismos que produzem a luta de classes que se tenciona entre um processo de expropriação permanente dos trabalhadores e uma luta mediada pela dialética da resistência na perspectiva da "classe para si", ao se colocar diante da tarefa histórica de superação da ordem burguesa. Razão que nos leva a assinalar o seu potencial revolucionário (ainda que "episódico") frente às configurações da "questão social", ao tempo que possibilita desnudar uma intervenção regressiva do Estado que é orientada, paulatinamente, para a "pequena política", através das respostas sociais governamentais pulverizadas à "assistencialização" dos processos de luta pela terra, reforma agrária e mudanças sociais no país. Nesse cenário, procuramos evidenciar os traços de disputa e resistência protagonizados por esses sujeitos e que são potencializados nas experiências auto-organizativas das massas e que convidam à "universalização" da luta das classes subalternas numa efetiva disputa contra-hegemônica
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/96396 |
Date | January 2012 |
Creators | Azevedo, Daviane Aparecida de |
Contributors | Universidade Federal de Santa Catarina, Simionatto, Ivete |
Publisher | Florianópolis |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | 276 p.| grafs. |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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