Estudos que avaliam a importância do governo no mercado de crédito têm adquiro mais relevância após a crise econômico-financeira de 2008. Antes os bancos públicos e as políticas de direcionamento do crédito no Brasil eram vistos como ineficientes e até mesmo prejudiciais para o mercado de crédito e consequentemente para a economia. Entretanto, no enfretamento da mais recente crise com impacto global, o governo e seus diversos canais para facilitar o crédito em um cenário de escassez foram percebidos como importantes para manter a estabilidade do crédito. Este trabalho avaliou o papel dos bancos de propriedade pública e da categoria de créditos direcionados para controlar a escassez de crédito durante a crise. A amostra foi composta pelos bancos do Sistema Financeiro Nacional cujas características se enquadraram no objetivo do trabalho, com dados contábeis e financeiros do período entre a crise, de 2005 a 2013. Por meio do uso de dados em painel, o estimador utilizado foi o GMM Sistêmico. Os resultados sugerem que os bancos públicos durante a crise expandiram as operações de crédito, na tentativa de aliviar a contração dos bancos privados. Para a participação do crédito direcionado não foi percebido grandes alterações durante a crise, entretanto como era esperada, a participação dos bancos privados foi mais significativa que a dos bancos públicos nesta categoria de crédito. Também fez parte do estudo observar se os bancos que detinham maior participação de direcionado em sua carteira foram os que mais ofertaram crédito durante a crise, entretanto não foi possível encontrar evidências que apoiasse esta hipótese, e também não se pode concluir que a magnitude foi maior para os bancos de propriedade privada / Studies assessing the importance of government in the credit market have gained more relevance after the economic/financial crisis in 2008. Before state-owned banks and earmarked policies in Brazil were seen as ineffective and even harmful for the credit market and hence the economy. However, that confronts the latest crisis with global impact, the government and its several ways to promote credit in a scenario of shortage were seen as important to keep credit stability. This study assessed the role of state-owned banks and earmarked credit to control the shortage of credit during the crisis. The sample was compounded by banks in the National Financial System whose characteristics meet the needs of this study, with accounting and financial data for the period within the crisis, from 2005 to 2013. Through the use of panel data, the estimator used was the System GMM. The results suggest that state-owned banks during the crisis expanded credit operations in attempt to relieve the contraction of privately-owned banks. Major changes in the earmarked shares were not noticed during crisis, but as it was expected the privately-owned banks´share was more significant than the state-owned banks´share in this loan category. Additionally, the study aimed to find out if banks that held bigger earmarked share in their portfolio were ones that most offered credit during the crisis, however it was not possible to find evidences that support that hypothesis and also it´s not conclusive if the magnitude was higher for privately-owned banks.
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-22032016-112103 |
Date | 26 October 2015 |
Creators | Silva, Catarina Karen dos Santos |
Contributors | Barros, Lucas Ayres Barreira de Campos |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | Dissertação de Mestrado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
Page generated in 0.002 seconds