A educação ambiental (EA) foi apontada como uma estratégia fundamental na edificação de Sociedades Sustentáveis. Propondo à escola um novo modo de ser e de agir sobre a formação das futuras gerações e fundamentada na cidadania ambiental e cultura da paz, objetiva habilitar os educandos a valorizar e viver de maneira adaptada à seu contexto natural e cultural. Um importante caminho para a promoção da EA formal é a utilização do ambiente escolar enquanto objeto de reflexão-ação-reflexão dos valores e práticas sustentáveis. Objetivamos discutir as potencialidades e os limites da utilização do ambiente escolar enquanto objeto da EA. Valendo-se da ciência ambiental, propiciamos a interface entre a Educação, a Ecologia e a Arquitetura, através do estudo de caso sobre as escolas municipais de ensino fundamental básico (EMEFB) de Ubatuba/SP. Utilizamos, de forma conjugada, instrumentos metodológicos quantitativos e qualitativos: visita nas 30 EMEFB (uso de planilha de observação de campo, entrevistas semi-estruturadas e registro fotográfico), pesquisa sobre instituições que promovem a EA voltados à sustentabilidade escolar e permacultura. Dentre os resultados da pesquisa em Ubatuba destacamos: 1) A predominância da noção por parte dos educadores de que a EA deveria partir da intervenção na realidade, atuando cotidianamente no hábitat e hábitos dos educandos; 2) As EMEFB de Ubatuba são insustentáveis (dimensões ecológica, econômica, políticopedagógica e sociocultural); 3) Existem boas iniciativas de EA, que devem ser difundidas entre os demais educadores, contudo a maioria dos projetos é pontual e descontínua; 4) A EA não faz parte do Projeto Político-pedagógico das escolas, nem foi citada como estratégia da gestão escolar; 5) A atuação das organizações não-governamentais é determinante para a prática da EA nas escolas. Concluímos que, tão relevante quanto a construção de um ambiente educativo desde o planejamento da escola, é o seu caminhar para a constituição deste ambiente através da vivência prática (pedagogia do ambiente). Este processo é o promotor tanto do aprendizado dos educandos, quanto da formação continuada dos educadores e da integração da comunidade. Embora o Conselho escolar tenha grande responsabilidade para incentivar este processo, é a Secretaria de educação quem deve assumir a tarefa de propor estratégias para a realização da EA na implementação de ambientes educativos sustentáveis. / The Environmental Education was pointed out as a fundamental strategy to build up the sustainable societies. Proposing to the school a new way to be and to act for the formation of future generations and grounded on the environmental citizenship and a culture of peace, has as a goal qualify the students to appreciate and live at an adapted way to its natural and cultural context. An important way to promote the formal Environmental Education is the use of the school environment as being the object of reflection-action-reflection of the sustainable values and practices. Our goal is to discuss the capacities and limits of the use of the school environment as an Environmental Education while subject of the Environmental Education. Based on the environment science, we make it possible the interface among the Education, Ecology and Architecture, thru the case studie about the Ubatuba county Kindergarten schools(age range 6-11). We use the quantitative and qualitative methodicals tools together: visits to 30 county Kindergarten schools (use of field observation formsheet semi-structured interviews and pictures), research about institutions that promote the environmental education who aims the sustainability of school and permacultura. Among the results of the research in Ubatuba we pointed out: 1) the predominance of the notion coming from the teachers side that the Environmental Education should start from the intervention in the reality, acting daily on the students habits and habitats; 2) the Ubatuba municipal kindergarten schools are unsustainable (ecological, economical, pedagogic-political and sociolcultural dimensions); 3)There are good environmental education initiatives, that must be spread among other teachers, however the majority of the projects is punctual and noncontinuous; 4) The environmental education is not part of the schools politic pedagogic projects, and it was neither mentioned as a strategy of the school management; 5) The performance of the non-governmental organizations is essential to the environmental education practice in the schools. We conclude that, both the construction of the educational environment since the school planning and its steps towards the implementation of this environment thru the practical living (environmental pedagogy) are important.This process is as much the promoter of the education of the students as the continuous formation of the teachers and the integration of the community. Although the school council has a big responsibility to motivate this process, it is the Department of Education that should assume the task of proposing strategies in the Environmental Educational field thru the implementation of the sustainable and educational environment.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-22112011-152825 |
Date | 09 March 2009 |
Creators | Maria Luiza Camargo Pinto Ferraz |
Contributors | Yara Schaeffer Novelli, Sonia Godoy Bueno Carvalho Lopes, Helena Ribeiro, Maria Cecilia Loschiavo dos Santos, Alexander Turra |
Publisher | Universidade de São Paulo, Ciência Ambiental, USP, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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