Return to search

Influencia da eletroestimulação intravaginal e na qualidade de vida da mulheres com incontinencia urinaria / The influence of intravaginal electrical stimulation on vaginal ecosystem and quality of life on female urinary incontinence

Orientador: Paulo Cesar Giraldo / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-13T17:48:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Rett_MarianaTirolli_D.pdf: 1995626 bytes, checksum: 4efa60d32a9f7e4d934df9d4da99bb70 (MD5)
Previous issue date: 2009 / Resumo: Objetivos: Avaliar o ecossistema vaginal e a qualidade de vida (QV) de mulheres com incotinência urinária (IU) submetidas a tratamento fisioterápico com eletroestimulção intravaginal (EEIV). Métodos: Estudo de ensaio clínico realizado entre setembro de 2006 a novembro de 2008 envolveu 67 mulheres com queixa clínica de IU. O tratamento fisioterápico consistiu de 8 sessões (2x/semana) de EEIV (frequência=35Hz, largura de pulso=0,5ms e tempo=20min), orientações comportamentais e exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico. O ecossistema vaginal foi avaliado quanto ao tipo de flora, inflamação e pH da mucosa vaginal antes e após a EEIV. O conteúdo coletado do terço médio vaginal foi corado pela técnica de Gram e analisado sob microscopia óptica em flora bacilar ou normal, intermediária e, cocóide/ cocobacilar ou vaginose bacteriana (VB). A intensidade da inflamação foi determinada contando-se o número médio de células de defesa (polimorfonucleares neutrófilos e linfócitos) encontradas em 10 campos de grande aumento (400X). A QV foi avaliada pelo questionário "Consultation on Incontinence Questionnaire-Short Form" antes e após o tratamento. Os dados foram coletados pelo mesmo investigador e analisados por apenas um microbiólogo de forma cega. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa etodas as pacientes assinaram termo de consentimento livre e esclarecido. Resultados: Foram selecionadas 78 mulheres, sendo 11 excluídas para a análise microbiológica e 6 para análise da QV. Das 67 mulheres incluídas, a média de idade foi de 51,3 (±11,8) anos, a maioria branca, do lar, pós-menopausada e com sintomas de IUM (76,4%) e IUE (23,6%). Antes da EEIV, 43 mulheres apresentaram microbiota normal, 24 intermediária e nenhum caso de VB ou candidíase vaginal (CV). Após as 8 sessões de EEIV não houve mudança significativa da flora vaginal, sendo que das 43 mulheres que apresentaram flora normal, 36 permaneceram na mesma categoria, 5 apresentaram flora intermediária e 2 apresentaram VB. Das 24 identificadas com microbiota intermediária, 15 permaneceram na mesma categoria, 7 foram identificadas com microbiota normal e 2 com VB. O aparecimento de 4 casos de VB foi estatisticamente significativo (p<0,05). A análise do processo inflamatório identificou que 60 mulheres não apresentavam inflamação, 4 tinham inflamação leve/moderada e 3 inflamação intensa. Após o tratamento não houve mudança significativa, sendo que 58 mulheres não apresentavam inflamação, 6 apresentaram inflamação leve/moderada e 3 inflamação intensa. Também não foram encontradas diferenças significativas nos valores do pH antes e após cada sessão de EEIV. Para a avaliação da QV foram incluídas 72 mulheres. Encontrou-se uma redução significativa dos escores da frequência de perda urinária de 3,4(±1,4) para 1,4(±5,9) [p<0,03], da quantidade de perda urinária de 3,6(±1,6) para 2,0(±1,3) [p<0,04] e do impacto da IU na QV de 7,7(±2,4) para 3,8(±2,9) [p<0,001]. O escore total do ICIQ-SF diminuiu de 14,6(±4,2) para 7,2(±4,5) [p<0,001]. Conclusões: O ecossistema vaginal neste estudo não foi significativamente influenciado pela EEIV quanto ao tipo de flora vaginal, inflamação da mucosa vaginal, mudança do pH vaginal e aparecimento de CV, apesar de terem aparecido 4 casos de VB. A EEIV proporcionou uma melhora significativa na QV de mulheres com IU. / Abstract: Objectives: To evaluate vaginal ecosystem and quality of life (QOL) of women submitted to intravaginal electrical stimulation (IVES) as physicaltherapy treatment. Methods: A clinical trial was carried out from September 2006 to November 2008 including 67 women presenting IU as symptom. Physicaltherapy treatment consisted in 8 IVES sessions during 4 weeks (frequency=35Hz, pulse width=0,5ms, duration=20min), pelvic floor muscle exercises (PFME) and behavioral orientation. Vaginal ecosystem was assed concerning type of flora, inflammation and pH before and after treatment. Vaginal bacterioscopy swab was collected from e middle third of the vagina (vaginal smear was collected for subsequent Gram stain). The inflammatory process intensity was determined by the average number of white defense cells (neutrophils and limphocytes) found in 10 observation fields (magnified 400X). Consultation on Incontinence Questionnaire-Short Form (ICIQ-SF) was used to asses QoL. All data was collected by a single investigator and analyzed by the same microbiologist. This study was approved by Institutional Ethitics Committee and every patient signed an agreement term. Results: 78 women were selected and 11 were excluded from microbiologic analyzes and 6 from QoL analyses. Of the 67 women included, the mean age was 51.3(±12.2), most were white, housewives, post menopausal, presenting symptoms of MUI (76.4%) and SUI (23.6%). Before IVES 43 women had a normal vaginal flora, 24 presented intermediary flora and none had bacterial vaginoses (BV) or vaginal candidiasis (VC). After 8 sessions of IVES no significant alteration was noticed, 43 were unaltered, 36 remained in the same category, 5 showed intermediary microbiota and 2 were identified as having VB. Of those 24 initially identified as intermediary, 15 remained in the same category, 7 were normal and 2 with VB. Four cases of BV was statistically significant (p<0,05). The inflammatory process analyses identifiyed that 60 women did not present any inflammation, 4 had slight-moderate and 3 showed it as intense. No significant changes in pH were observed in the measurements before and after each IVES session. Also, it was observed a significant reduction in scores of frequency of leakage from 3.4(±1,4) to 1.4(±5.9) [p<0.03], amount of leakage from 3.6(±1.6) to 2.0(±1.3) [p<0.04] and impact of UI in Qol from 7.7(±2.4) to 3.8(±2.9) [p<0.001]. Total score ICIQ-SF decreased from 14.6(±4.2) to 7.2 (±4.5) [p<0.001]. Conclusion: No significant influence was observed in the vaginal ecosystem, inflammatory process, and vaginal pH after IVES, but 4 cases of BV were reported. The IVES provided a significant improvement in QoL of women with UI. / Doutorado / Tocoginecologia / Mestre em Tocoginecologia

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/311573
Date13 August 2018
CreatorsRett, Mariana Tirolli
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Giraldo, Paulo César, 1956-, Miranda, Angélica Espinosa Barbosa, Gonçalves, Ana Katherine da Silveira, Laguna, Cristina, Gabiatti, Jose Roberto
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Tocoginecologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format138 p. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0031 seconds