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A racionalidade comunicativa como ágora de processos educativos emancipatórios

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Previous issue date: 2011-04-07 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This study has as object the technicist logic of the pedagogical acting, based on the
communicative rationality. Considering this model of reason concerning the utopia of
human emancipation, it is hooked on the theory of the Communicative Action (TCA) by
Jürgen Habermas. It contextualizes the invasions to which the educative processes are
subjected in the contemporaneity prometed by the inbrication between the systemic and
the lived worlds. It aimed at understanding the technicist dynamics of the pedagogical
acting under the domains of TCA, starting from the following thesis: the technicist
pedagogy is a kind of manifestation of the instrumental rationality present in the world
lived within school. Through the hermeneutic method, it went in search of the
possibilities of emancipation, going from the rationalization and its three universal
spheres: a) culture, through educative processes which found the reevaluation of moral
and ethical values formerly established; b)society, through consensual norms that only
become valid before intelligible argumentations sensitively inclined to redefinitions; c)
personality, through a cognitive development beyond mentalism, passing by the
evolution of a moral conscience that elaborates stages of intersubjective relations. As a
result of the deadlock of education, it brings the possibility to think how much the
communicative rationality has lost spaces for the instrumental rationality, consequently
coming up several social pathologies. On account of this, it discusses that natural and
public channels of the communicative spaces (language as a medium) are deteriorated
by the vehicles placed by the systemic imperatives (money and power as craftsmen) of
the Western capitalist society. It perceives that the effects by the colonizations of the
instrumental reason in the cognitive, expressive and normative spheres interfere much in
social formations, binding the rationalizations of the lived world. Thus, the circumstances
brought by the extranatural domains of educations facilitated the coming of a set of
impositions at school, since the regeneration of the philosophy based on the subject
(hyperindividualism) until the instructive normalizations of the technified educations.
Aiming at uncovering the genesis of the educational atrophies, it concludes that the
communicative rationality can be understood as a new agora ; a fertile alternative to
incite a linguistic overturn in the mediations of the subject, in the interactions with
others, with the knowledge, with the images (religious and metaphysical) of the world. It
emphasizes that the communicative rationality can subsidize educative processes beyond
functional ideologies linearly induced by the tecnification of thinking. A reflexive reason
that promotes a sort of educations that is open to the multiple voices of rationality. It
ends highlighting that, to strengthen the lived world, the paradigm of the communicative
rationality propitiates the progressive development of human competence which, under
the idea of emancipator education, the utopia of which one is in search becomes a
criterion for social evolution. / Este estudo tem como objeto a lógica tecnicista do agir pedagógico, fundamentando-se
na racionalidade comunicativa. Considerando esse modelo de razão voltado à utopia da
emancipação humana, subsidia-se na Teoria da Ação Comunicativa (TAC) de Jürgen
Habermas. Contextualiza as invasões a que os processos educativos estão sujeitos na
contemporaneidade, promovidas pelo acoplamento do mundo sistêmico sobre o mundo
vivido. Objetivou compreender a dinâmica tecnicista do agir pedagógico, à luz da TAC,
partindo da seguinte tese: a lógica do tecnicismo na educação obstrui os ideais da
educação emancipatória. Por intermédio do método hermenêutico, buscou referir as
possibilidades de emancipação, a partir da racionalização do mundo vivido e de suas três
esferas universais: a) cultura, através de processos educativos fundadores de reavaliação
de valores morais e éticos pré-estabelecidos; b) sociedade, através de normas
consensuais que só se tornam válidas diante de argumentações inteligíveis e
sensivelmente dispostas a redefinições; c) personalidade, através de um
desenvolvimento cognitivo além do mentalismo, perpassando a evolução de uma
consciência moral que elabora estágios de relações intersubjetivos. Como resultado do
beco sem saídas da educação, oportuniza pensar o quanto a racionalidade comunicativa
tem perdido espaços para a racionalidade instrumental, surgindo diversas patologias
sociais. Em razão disso, discute que os canais naturais e públicos dos espaços
comunicativos (linguagem como medium) são deteriorados por meio dos veículos
interpostos pelos imperativos sistêmicos (dinheiro e poder como artífices) da sociedade
capitalista ocidental. Percebe que os efeitos das colonizações da razão instrumental, nas
esferas cognitivas, expressivas e normativas, interferem severamente nas formações
sociais e comprometem a racionalização do mundo vivido. Assim, as circunstâncias
trazidas pelos domínios extranaturais da educação facilitaram a entrada de um conjunto
de imposições na escola, desde a regeneração da filosofia do sujeito
(hiperindividualismo) até a normatização instrutiva da educação tecnificada. Visando
desocultar a gênese das atrofias educacionais, conclui que a racionalidade comunicativa
pode ser entendida como uma nova ágora : uma fecunda alternativa para incitar uma
reviravolta linguística nas mediações do sujeito, na interação com o outro, com o
conhecimento, com as imagens (religiosas e metafísicas) de mundo. Enfatiza que a
racionalidade comunicativa pode subsidiar processos educativos muito além das
ideologias funcionais e linearmente induzidas pela tecnificação do pensamento,
possibilitando o levante reflexivo da razão diante da promoção de uma educação que se
coloca aberta à multiplicidade de vozes da racionalidade. Finaliza destacando que, para o
fortalecimento do mundo vivido, o paradigma da racionalidade comunicativa propicia o
desenvolvimento progressivo da competência humana que, sob o ideário da educação
emancipatória, torna-se a utopia a ser buscada como critério para a evolução social.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.biblioteca.ufpb.br:tede/4944
Date07 April 2011
CreatorsMedeiros, José Washington de Morais
ContributorsBrennand, Edna Gusmão de Góes
PublisherUniversidade Federal da Paraí­ba, Programa de Pós-Graduação em Educação, UFPB, BR, Educação
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFPB, instname:Universidade Federal da Paraíba, instacron:UFPB
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation-8451285793228477937, 600, 600, 600, 600, 6022136314876952138, -240345818910352367, 2075167498588264571

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