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Análise do perfil de carga viral e de resistência genotípica do HIV em secreções genitais de gestantes submetidas à quimioprofilaxia para prevenção da transmissão vertical

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Previous issue date: 2014-11-17 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas, Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Introdução: A presença do HIV no trato genital feminino tem um papel importante no estudo da transmissão vertical, bem como na transmissão heterossexual do vírus. A quantificação, viral nas secreções genitais é essencial par estudar a compartimentalização viral e desenvolver estratégias de intervenção para evitar a transmissão do HIV e a disseminação de variantes resistentes aos antirretrovirais. Objetivo: O objetivo deste estudo foi analisar o perfil de carga viral em secreções genitais de gestantes submetidas à quimioprofilaxia para prevenção da transmissão vertical do HIV antes da introdução da terapia antirretroviral (TARV), e após sua descontinuidade no parto, avaliando uma possível correlação com a carga viral plasmática. Além disso, foi feito o seqüenciamento de nucleotídeos das variantes virais presentes nas secreções no intuito de avaliar o polimorfismo viral e a presença de mutações de resistência. Material e Métodos: Uma coorte de 274 gestantes portadoras infectadas pelo HIV, virgens de tratamento, foi acompanhada no Hospital Geral de Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, de 2005 a 2008. Desse grupo, um total de 117 gestantes aceitou participar deste subestudo e todas assinaram um termo de consentimento livre esclarecido. A coleta de amostras de plasma e secreção na visita de inclusão no estudo (pré-TARV) foi possível para 92 gestantes. As amostras cervicovaginais foram coletadas em tiras Tear Flow®, estocadas em 500\03BCL de tampão NASBA® e armazenadas a -70°C. Essas amostras foram submetidas à quantificação do RNA-HIV-1 através do NASBA Nuclisens EasyQ® (bioMérieux). O bDNA® (Siemens) foi utilizado para determinar a carga viral no plasma. O RNA do HIV-1 no plasma foi comparado ao da secreção genital. Para a genotipagem as amostras foram analisadas utilizando o Kit ViroSeq®. As amostras que não amplificaram por esta metodologia foram resgatadas utilizando-se um método in house
As seqüências foram editadas e analisadas através de ferramentas de bioinformática para a determinação do subtipo viral, polimorfismos e mutações de resistência. Resultados: O RNA do HIV-1 foi detectado em 40 (43,5%) das 92 amostras de secreção genital e em 83 (91,3%) das amostras plasma no momento pré-TARV. A análise comparativa das cargas virais entre o plasma e a secreção genital foi realizada para 74 amostras. Foi evidenciado que cerca de 50% (36/74) das amostras de plasma e secreção genital encontra-se na mesma faixa de carga viral. Destas, 13 (36%) na faixa de detecção abaixo de 1000 cópias/ml, 9 (25%) para a faixa intermediária de 1.000 \2013 10.000 cp/ml e 14 (39%) para a faixa acima de 10.000 cp/ml. Trinta e oito amostras (51%) tiveram perfil discordante na comparação entre as diferentes faixas de CV, com maior discrepância na faixa intermediária (1.000 \2013 10.000 copias/ml), confirmando as diferenças entre níveis analisados de carga viral plasmática e na secreção genital antes da introdução de TARV (p=0,013). No momento pós-TARV, 43 mulheres possuíam amostra genital e plasmática posterior à interrupção do tratamento. Estas amostras foram obtidas nas visitas realizadas entre dois e seis meses após o parto, com uma mediana de 3,5 meses (DP= 1,7, IQI= 2-6). Das 43 amostras genitais coletadas, 36 geraram resultados mensuráveis de carga viral e sete foram inválidas para o teste
Na distribuição da CV nos dois compartimentos observamos que 55,8% das mulheres tinham CV detectável na secreção genital e uma proporção mais elevada de CVs indetectáveis na secreção quando comparada ao plasma. A amplificação e a genotipagem foram obtidas para 24 (60%) amostras no momento pré-TARV e 13 (40%) das 34 amostras no momento pós-TARV. A análise das seqüências obtidas não revelou nenhuma mutação de resistência primária aos antirretrovirais, embora a presença de alguns polimorfismos e mutações acessórias tenha sido verificada. Conclusão: Estes resultados sugerem que a CV do HIV no plasma é um importante preditor da CV nas secreções genitais. Entretanto, pode haver excreção do HIV nas secreções genitais, ainda que a na ausência de viremia. Algumas mulheres apresentaram um perfil de carga viral e de polimorfismos distintos no plasma e na secreção genital, sugerindo que o compartimento genital pode funcionar como um reservatório para a replicação e diferenciação do HIV / Introduction:
The presence of HIV
-
1 in the female genital tract has an important role in mother
-
to
-
child transmission
(MTCT) of HIV,
as well as hetero
sexual transmission. Quantitation of HIV
-
1 levels in
mucosal secretions is essential to study compartmentalization of HIV
-
1 and to develop intervention
strategies to prevent
HIV
transmission
, as well as the dissemination
of viral variants resistant
to
anti
retroviral
drugs
.
Aim:
The aim of this
study
was to analyze the profile of
HIV
-
1 viral load
in genital secretions
in HIV
-
infected pregnant
women submitted to chemoprophylaxis
for
the prevention of
MTC
T before treatment
and after its discontinuation at deli
very
.
T
he quantification of HIV
-
1
viral load was undertaken
in the
women’s genital tract
to
evaluate a possible correlation with plasma
HIV
viral load.
Moreover,
genotypi
ng of HIV samples in the genital secretions was performed to assess viral polymorphism
s and
antiretroviral drug
resistance profiles
.
Methods:
A cohort of
274
HIV
-
1 infected
pregnant women
,
antiretroviral
-
naïve, was followed up
at the
Hospital
Geral de Nova Iguacu
,
Rio de Janeiro, from 2005 to2008
.
Of that group,
a
total of
117
pregnant wome
n
agreed to participate in
this
sub study
and all women signed
an
informed consent
form.
The study has been approved by the IPEC IRB.
Collection of plasma samples and genital
secretions
was
possible for
92
pregnant women at the
inclusion in the study
, befo
re starting
antiretrovirals.
HIV
-
1 RNA
has been quantified
in the plasma and
in the genital
secretion. The
cervicovaginal samples
were collected
in
Flow Tear

,
stored in
500
μ
L
of
NASBA
buffer and stored
at
-
70 °
C. The methodology
bDNA
® (
Siemens)
was used
to determine
viral load in
plasma and
EasyQ
NucliSens
NASBA
®
(bioMérieux
) was used for the
quantification of
genital samples
.
The
HIV
-
1
RNA
in plasma
was compared
to that of
vaginal secretions. For genotyping analysis the samples were
analyzed using the
ViroSeq
®
Kit. The samples that could not be amplified by this method were tested
using an in
-
house method. The sequences were edited and further analyzed using bioinformatics tools
for HIV subtype determination and assessment of viral polymorphisms and dru
g resistance mutations.
Results:
The
HIV
-
1 RNA
was detected in
40
(43.5
%) of
92
genital
secretion samples
and in 83
(
91.3%) of
92
plasma samples. The comparative analysis of HIV
-
1 viral loads between plasma and
genital secretions was performed for 74 samp
les. It was shown that the viral load in about 50% (36/74)
of the plasma and genital secretion samples were found to be in the same range. Of these, 13 (36%)
were in the detection range below 1.000 copies/ml, 9 (25%) in the intermediate range (1.000 to 10.
000
copies/ml) and 14 (39%) were above 10.000 copies/ml. Thirty
-
eight samples (51%) were discordant in
viral load analysis in both compartments, with a greater discrepancy observed in the intermediate
range (1.000 to 10.000 copies/ml), confirming the diffe
rences of plasma and genital secretions viral
loads before the introduction highly active antiretroviral therapy (HAART) (p=0.013. In the postpartum
period, after HAART discontinuation, 43 women had samples of plasma and genital secretion
available for HIV
-
1 viral load analyses. These samples were obtained between the two weeks and the
six month visit (SD= 1.7, IQI = 2
-
6). Of the 43 genital samples collected, 36 had measurable viral
loads and seven were invalid for the test. In the distribution of viral loa
d in the two compartments,
55.8% of women had detectable viral load in the genital secretions. Undetectable HIV
-
1 viral load was
seen more frequently in the genital secretions, when compared to plasma samples. Genotyping was
obtained for 24 (60%) samples c
ollected before HAART and for 13 (40%) samples after HAART.
Sequence analyses did not show any drug resistance mutation, although the presence of some
polymorphisms and accessory mutations has been verified.
Conclusions:
These results suggest that HIV
-
1 vi
ral load detection
in plasma is an important predictor
of
HIV
-
1
viral load in
the
genital secretions. However, there may be excretion of HIV
-
1
in genital
secretions, even in the absence of
detectable HIV
-
1
viral load in plasma. Some women had
distinct
vira
l load profile
s
and
HIV
polymorphisms in plasma and genital secretions, suggesting that
the
genital
compartment may act as a reservoir for HIV
-
1
replication and differentiation

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.arca.fiocruz.br:icict/9079
Date January 2011
CreatorsPedro, Adriana Rodrigues
ContributorsCastelo Branco, Luíz Roberto, Betancu, Gonzalo Bello, Machado, Elizabete, Teixeira, Sylvia Lopes Maia, Morgado, Mariza Gonçalves, Grinsztejn, Beatriz Gilda Jegerhorn
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ, instname:Fundação Oswaldo Cruz, instacron:FIOCRUZ
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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