Cette thèse cherche à réfléchir sur les relations pédagogique-institutionnelles entre éducation et travail, en identifiant l´éducation comme composante immatérielle de la coordination du travail et en prenant comme cas d’étude le vécu de la direction institutionnelle dans la gestion locale de la santé (une gestion de district). On a identifié que la construction de compromis collectifs et la composition de processus groupe-organisationnels intercèdent par la corpo-pensée entre les travailleurs et par la réinvention/innovation dans le quotidien de travail. Des ambiances de conversation inscrivent des “territoires” d’éducation et la relation entre les services de santé et les institutions formatrices de leurs professionnels participent au tissage de singuliers territoires géo-éducationnels. Dans le quotidien de travail, une carte va permettre d’en délimiter les contours en fonction des affections par lesquelles les travailleurs et gestionnaires se laissent conduire. De ces affections jusqu’au processus de discussion, à la prise de décision et à la gestion, on vérifie l’émergence possible de l’amitié et de la sympathie qui rassemblent des collectifs de production loco-institutionnels. On trouve parmi les institutionnalistes la notion de Pédagogie (et analyse) institutionnel (René Lourau et Georges Lapassade), parmi les ergologistes la notion d’Érgoformation (Yves Schwartz et Louis Durrive) et parmi les éducateurs dans la santé la notion d’Éducation permanente dans le domaine de la santé (Ricardo Ceccim et Laura Feuerwerker). Dans cette étude, une nouvelle notion s’en est avoisinée: l’émergence d’un “processus pédagogique”, composante immatérielle du travail et de la gestion institutionnelle du travail, requérant la construction de savoirs, la connexion de pratiques, le développement de relations et l’ouverture d’instance d’échange: éduco(trans)formation. La “découverte” de la thèse a été la formulation d’un concept présent dans l´éducation au travail face à la gestion participative. Une éducation qui ne n’apporte pas de formation au travailleur, mais à expérimenter l’éducatif du travail, la composante immatérielle du travail, qui se fait dans les corps et les esprits des travailleurs, êtres en activité par eux-mêmes et par des produits matériels. La thèse est l’extraction de la théorie à partir du vécu institutionnel. Le vécu institutionnel est une expérimentation physique du passé, la théorie est l’expérimentation avec des théories au présent, le résultat est une extrait énonciateur pour les gestionnaires de processus vivants de travail et les gestionnaires d’éducation du travail. / Esta tese busca refletir sobre as relações pedagógico-institucionais entre educação e trabalho, identificando a educação como componente imaterial da coordenação do trabalho e tomando como caso a vivência de direção institucional na gestão local em saúde (uma gerência distrital). Identificou-se que a construção de pactuações coletivas e a composição de processos grupo-organizacionais vão intercedendo pelo corpo-pensamento entre os trabalhadores e pela reinvenção/inovação no cotidiano do trabalho. Ambientes de conversação inscrevem “territórios” de educação e a relação entre os serviços de saúde e as instituições formadoras de seus profissionais participam da tessitura de singulares territórios geoeducacionais. No cotidiano de trabalho, um mapa vai sendo delineado segundo as afecções pelas quais trabalhadores e gestores se deixem conduzir. Dessas afecções aos processos de discussão, tomada de decisão e gestão, verificamos a emergência possível da amizade e simpatia que agregam coletivos de produção loco-institucional. Encontramos entre os institucionalistas a noção de Pedagogia (e Análise) Institucional (René Lourau e Georges Lapassade), entre os ergologistas a noção de Ergoformação (Yves Schwartz e Louis Durrive) e entre os educadores na saúde a noção de Educação Permanente em Saúde (Ricardo Ceccim e Laura Feuerwerker). Neste estudo, uma nova noção se avizinhou: a emergência de um “processo pedagógico”, componente imaterial do trabalho e da gestão institucional do trabalho, requerendo construção de saberes, conexão de fazeres, desenvolvimento de relações e abertura de instâncias de troca: educo(trans)formação. A “descoberta” de tese foi a formulação de um conceito à presença da educação no trabalho em face de uma gestão participativa. Educação que não representa levar formação ao trabalhador, mas vivificar o educativo do trabalho, o componente imaterial do trabalho, que se faz nos corpos e mentes dos trabalhadores, seres em atividade de si e de produtos materiais. A tese é a extração de teoria de uma vivência institucional. A vivência institucional é uma experimentação física do passado, a teoria é a experimentação com teorias no presente, o resultado é um extrato enunciativo para gestores de processos vivos de trabalho e gestores de educação do trabalho.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume56.ufrgs.br:10183/181836 |
Date | January 2018 |
Creators | Santos, Liliane Maria dos |
Contributors | Ceccim, Ricardo Burg |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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