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Adesão ao tratamento psiquiátrico: análise comportamental de pacientes com diagnóstico de transtornos de ansiedade

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Previous issue date: 2001-12-15 / Poor adherence to treatment among psychiatric patients is an important hea1thCaTe
problem. The objectives of the present study were: 1) to assess adherence to treatment
among psychiatric patients with anxiety disorders, 2) to identify the relevant variables
associated to poor adherence 3) to compare the reasons for poor adherence to treatment
described by patients and their doctors 4) to describe an adherence-enhancement
intervention and 5) to describe the effects of this intervention. The first three objectives
were pursued in study 1 and the other two in study 11.Participants of the study 1were 54
psychiatric outpatients, four psychiatrists and 11 senior medical students. Questionnaires
were applied to each patient and to his/her doctor/senior medical student. Data from patient
self-reports were checked against medical or office records. The majority of patients
(83,3%) failed to present one or more of the assessed adherence behaviors. Rates of
adherence varied inversely to the number of prescribed medications, to the number of
dosages and to the number of other nonpharmacological assignments.Regimens requiring
lifestyle behavior changes showed to be more difficult to follow. Patients said they forget to
take the medication, they do not be1ieve in treatment efficacy and they can't afford
treatment regimens. Health professionals focused on the severity of the disorder as a
possible reason to explain poor adherence. Although twenty seven non-adherent patients
with panic disorder were invited to participate in study II, only three of them volunteered.
The adherence-enhancement intervention combined educational and behavioral strategies.
During the first interview patients were instructed to record the behaviors comprised by
their therapeutic regimen for six weeks, in an individualized diary. Once a week, illness- .
related issues were discussed in group with the researcher for one hour. Information about
panic disorder was provided and patients were asked to describe their daily activities during
the former week. Social differential reinforcement to adherence reporting and to adaptive
coping was delivered by the researcher.A month after the last group meeting the researcher
interviewed each patient and assessed the same adherence behaviors focused on the
intervention procedure. Although the intervention was not successful to approach all the
adherence difficulties and had differently affected participants' behavior, all patients
improved adherence to medication, which was maintained at the follow-up. Furthermore,
the present research identified some variables that should be considered in programs
designed to improve adherence to psychiatric treatment / Um dos problemas mais importantes enfrentados pelos profissionais de saúde,
particularmente por aqueles que tratam de transtornos psiquiátricos, é a pobre adesão ao
tratamento. O presente estudo teve como objetivos 1) avaliar a adesão ao tratamento
apresentada por pacientes portadores de transtornos de ansiedade atendidos em ambulatório
num hospital-escola da cidade de São Paulo, 2) realizar um levantamento de variáveis
associadas à pobre adesão, 3) comparar as razões atribuídas pelos profissionais/acadêmicos e
pelos pacientes para a pobre adesão, 4) apresentar um procedimento de intervenção para
aumentar a adesão e 5) descrever os efeitos dessa intervenção. Os três primeiros objetivos
foram perseguidos na primeira etapa do estudo e os dois últimos na segunda. Participaram da
primeira etapa 54 pacientes com transtornos de ansiedade, quatro psiquiatras e 11 acadêmicos
de medicina. Foram utilizados dois questionários, um dirigido aos pacientes e o outro aos
médicos/acadêmicos. A pesquisadora avaliava um paciente como aderente somente quando os
auto-relatos concordassem com os dados obtidos por outras fontes. A maioria (83,3%) dos
pacientes deixou de apresentar pelo menos um comportamento de adesão. A taxa de adesão
variou inversamente ao número de medicamentos prescritos, ao número de doses por dia e ao
número de atividades compreendidas pelo tratamento. Os tratamentos que requeriam alterações
no estilo de vida foram os mais dificeis de seguir. Em menos da metade dos casos, houve
coincidência entre as avaliações realizadas pela pesquisadora e pelos profissionais/acadêmicos.
Esquecer o medicamento, não perceber melhora, não acreditar na eficácia do tratamento e a
dificuldade de executar as atividades propostas foram as principais razões para a pobre adesão
apontadas pelos pacientes e a gravidade do transtorno, a razão mais freqüente apontada pelos
profissionais/acadêmicos. Embora 27 pacientes com transtorno de pânico apresentando pobre
adesão tenham sido convidados a participar da segunda etapa da pesquisa, apenas três pacientes
consentiram em participar. A intervenção envolveu estratégias educativas e comportamentais.
Na primeira entrevista os pacientes eram instruídos a registrar, diariamente por seis semanas, os
comportamentos que faziam parte do seu tratamento. Uma vez por semana, o grupo de
pacientes se reunia com a pesquisadora por uma hora. Foram fornecidas informações sobre os
transtornos dos participantes, os componentes do tratamento e a importância da adesão a todos
eles. Os pacientes eram solicitados a apresentar os seus registros referentes aos
comportamentos de adesão, além de relatar os eventos que poderiam ter dificultado o
cumprimento das prescrições. A pesquisadora reforçava diferencialmente os relatos de adesão e
aconselhava os pacientes sobre como proceder para enfrentar as dificuldades. Um mês após o
último grupo, a pesquisadora entrevistou cada paciente e avaliou os comportamentos de adesão
registrados durante o procedimento de intervenção. Os resultados mostraram que embora o
procedimento de intervenção não tenha conseguido sanar todas as dificuldades de adesão e
tenha produzido diferentes efeitos sobre os comportamentos dos participantes, houve melhora
na adesão ao medicamento antidepressivo nos três casos, a qual se manteve na avaliação de
seguimento. Além disso, o presente estudo identificou algumas variáveis que deveriam ser
consideradas em programas voltados para melhorar a adesão ao tratamento psiquiátrico

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/16814
Date15 December 2001
CreatorsMonteiro, Maria Elisa de Siqueira
ContributorsMalerbi, Fani Eta Korn
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Experimental: Análise do Comportamento, PUC-SP, BR, Psicologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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