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A impulsividade dos portadores de transtorno bipolar resulta em alta prevalência de comorbidade com transtornos do controle dos impulsos? / Is impulvity in bipolar disorder related to high prevalence of comorbid impulse control disorders?

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Previous issue date: 2016-08-19 / Introduction: Bipolar disorder (BD) is a chronic and potentially harmful psychiatric
condition that usually begins in adolescence or in early adulthood. It is associated with suicidal
behavior, social and occupational impairment, distress, substance abuse, low quality of life and
high prevalence of comorbid psychiatric disorders. Impulsivity is a marked feature of the acute
phases but has been showed to be also a longitudinal feature of the the disorder, a trait. Impulse
control disorders (ICD) form a heterogeneous group with several syndromes characterized by
impulsive and compulsive behavior leading to marked distress and social or occupational
impairment. ICD have been associated with both depressive and anxiety disorders and substance
abuse, its relation with BD is yet to be understood.
Methods: We evaluated 42 patients with BP I and BP II disorders according to DSM-IVTR
criteria. The diagnosis was confirmed using the Structured Clinical Interview for Axis I
disorders of the DSM-IV (SCID-I-P). Sociodemographic data were assessed using the Brazilian
Bipolar Disorder Association standard interview. ICD were assessed with a specific SCID module
for ICD. Impulsivity was measured using the Barrat Impulsiveness Scale (BIS-11). Patients with
severe depression (MADRS > 34) or with manic symptoms (Young >6) were excluded to avoid
difficulties in data collection. Patients with active or a sequel of neurological disorders (such as
Epilepsy, Parkinson Disease and Stroke) were excluded because it has been associated with
impulsive behavior. We compared the group with at least one ICD with the group without ICD in
terms of impulsivity, sociodemographic data, comorbities and course of the disease.
Results: The prevalence of ICD was 35.7 % (n=15). Compulsive buying and intermittent
explosive disorder were the most commons followed by skin picking disorder, trichotilomania,
kleptomania and internet addiction. There were no cases of gambling disorder or pyromania. The
ICD+ group was found to have more men, co-morbidity with alcohol abuse, early onset of the first
depressive episode, less hospital admissions due to mania and the subjects were more likely to be
using antidepressants. There was no difference regarding the age, type of BD, comorbidity with
anxiety or eating disorders, psychotic features, age of first manic episode, educational level,
marital status or income. Impulsivity measured by BIS-11 was higher in the ICD+ group, as well as
the inhibitory control scale of the BIS-11. No difference was found in ‘lack of planning’ domain of
the BIS-11.
Conclusion: ICD are very common in BD and should always be assessed in clinical setting.
Alcohol abuse, masculine sex, early onset of the first depressive episode and fewer hospital
admissions to treat mania were associated with comorbid ICD. / O Transtorno Bipolar (TB) é uma condição psiquiátrica crônica, potencialmente
incapacitante, que se inicia geralmente na adolescência ou no início da na vida adulta, está
marcado por risco aumentado de suicídio, incapacitação para o trabalho, uso de drogas e outros
problemas. A impulsividade é uma característica marcante como um estado das fases agudas,
sobretudo da mania e da hipomania, mas tem sido demonstrada como um traço, uma característica
longitudinal do TB. Já os Transtornos do Controle dos Impulsos (TCI) formam um grupo
heterogêneo de síndromes psiquiátricas cujo aspecto nuclear é a falência recorrente em resistir a
impulso levando a comportamentos repetitivos que trazem sofrimento para si e terceiros. Apesar de
relativamente pouco estudados, a relação dos TCI com transtornos de humor, transtornos de
ansiedade e transtornos por uso de substâncias é algo já demonstrado. Faltam dados na literatura
sobre a prevalência de TCI em populações com TB. O objetivo desse trabalho é determinar a
prevalência de TCI em uma população de pacientes com TB tipos I e II e comparar os grupos com
e sem TCI com relação aos aspectos sociodemográficos, clínicos e nível de impulsividade.
Métodos: Em um serviço especializado, usando critérios do DSM-IV-TR, avaliamos 42
pacientes com TB tipos I e II relacionando comorbidades psiquiátricas, curso da doença,
características demográficas e nível de impulsividade. Após a aplicação da Entrevista Estruturada
para diagnósticos de Eixo 1 do DSM-IV, versão para pacientes (SCID-I-P), utilizamos um módulo
específico para diagnóstico de TCI. Aplicamos a escala de impulsividade de Barrat na versão
brasileira (BIS-11) para mensurar o nível de impulsividade e as escalas de Montgomery e Asberg
para depressão e Young para mania para excluir pacientes com sintomas maníacos ou com
depressão grave que pudessem gerar equívocos na avaliação. Fizemos, em seguida, a comparação
do grupo com algum tipo de TCI (TCI(+) com o grupo sem diagnóstico de TCI (TCI(-)) com
relação à pontuação na BIS-11, condições sócio-demográficas e evolução da doença.
Resultados: a prevalência de TCI foi de 35,7% (n=15), sendo a compulsão por compras e o
transtorno explosivo intermitente os mais comuns. Foram seguidos por compulsão sexual e,
posteriormente, por transtorno de escoriações, tricotilomania e cleptomania. A compulsão por
internet e celular foi o menos prevalente. Não houve casos de jogo patológico nem de piromania. O
grupo TCI(+) diferiu-se por ter mais homens, maior prevalência de transtorno por uso de álcool,
menor idade do primeiro episódio depressivo, ter tido menos internações por mania e ter maior
probabilidade de estar medicado com antidepressivos no presente. Não houve diferença estatística
na idade, subtipo de TB, presença de transtornos de ansiedade ou alimentares, sintomas psicóticos,
doenças não psiquiátricas, idade do primeiro episódio maníaco/hipomaníaco, nível educacional,
estado civil ou renda. A impulsividade global pela BIS-11 foi maior no grupo TCI(+), assim como
a subescala de ‘controle inibitório’, mas não houve diferença na subescala de falta de
planejamento.
Conclusões: os TCI são condições muito prevalentes nos pacientes com TB e devem ser
sempre avaliados no contexto clínico. Houve relação entre TCI e abuso de álcool, sexo masculino,
episódio depressivo mais precoce e menos internações por mania.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.bc.ufg.br:tede/6187
Date19 August 2016
CreatorsCaetano, Murilo Ferreira
ContributorsCampos, Rodolfo Nunes, Campos, Rodolfo Nunes, Costa, Paulo Sérgio Sucasas da, Moreira, Humberto Graner, Brasil, Maria das Graças Nunes
PublisherUniversidade Federal de Goiás, Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde (FM), UFG, Brasil, Faculdade de Medicina - FM (RG)
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFG, instname:Universidade Federal de Goiás, instacron:UFG
Rightshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/, info:eu-repo/semantics/openAccess
Relation-1006864312617745310, 600, 600, 600, 1545772475950486338, -969369452308786627

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