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Estudo das propriedades psicométricas da “Escala de Estigma Internalizado para Transtorno Mental – ISMI-BR”

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Previous issue date: 2013-12-20 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O estudo do estigma entre a população portadora de transtorno mental tem
apresentado significativos avanços na literatura internacional, representado um
indicativo de necessidade e relevância de estudos na área. No entanto, grande parte dos
estudos tem apresentado como foco de investigação a perspectiva do estigmatizador e
pouco se conhece sobre o fenômeno na perspectiva do estigmatizado, o chamado
estigma internalizado ou autoestigma. O estigma internalizado é considerado o efeito
negativo mais significativo do estigma social e pode provocar a perda de status, baixa
autoestima e esperança, falta de aderência ao tratamento, entre outros prejuízos. Faz-se
necessário o desenvolvimento de estudos na área, inclusive no desenvolvimento de
instrumentos de avaliação, pois esta é uma ferramenta importante para avanços do
conhecimento e melhorias de intervenção. Neste contexto, a presente pesquisa foi
dividida em dois estudos: 1) Realizar a tradução e adaptação cultural da Internalized
Stigma of Mental Illness – ISMI para o contexto brasileiro; 2) Avaliar as propriedades
psicométricas da escala ISMI adaptada para o Brasil. No primeiro estudo a ISMI foi
traduzida para o português e retrotraduzida para o inglês. Todas as observações foram
acatadas pelo comitê de peritos para a consolidação da versão final, que foi submetida
ao pré-teste. Não foi necessária nenhuma alteração e a versão foi avaliada em suas
propriedades psicométricas. No segundo estudo foram entrevistados 308 pacientes dos
serviços de saúde mental da cidade de Juiz de Fora, MG. O questionário foi composto
pelos instrumentos: Escala de Estigma Internalizado para Transtorno Mental – ISMI
BR; Escala de Autoestima de Rosenberg (EAER); Escala de Esperança de Herth (EEH);
Escala de rastreamento populacional para depressão do Centro de Estudos
Epidemiológicos (CES-D) e questionário sócio demográfico. Quanto ao tipo de
tratamento a qual os pacientes se vinculavam, 25% (n=76) frequentavam o serviço

diariamente e 75% (n=232) frequentavam o serviço para consultas periódicas. No que se
refere ao diagnóstico, a maior incidência foi de Transtornos de Humor (afetivos), com
47,7%, seguido de Transtornos neuróticos, relacionados ao estresse e somatoformes (
27,3%) e Esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e delirantes (25%). A média de idade
foi de 46 anos variando de 19 a 72 anos de idade. Quanto ao tempo de tratamento, 35%
(n=108) relataram fazer tratamento a mais de 11 anos. A fidedignidade do instrumento
foi considerada alta, uma vez que o Coeficiente alpha de Cronbach foi de 0,90, o
Coeficiente de Spearman-Brown (Split-half) foi de 0,86 e a correlação teste reteste foi
de 0,80. A evidência de validade de construto pela Análise por hipótese mostrou-se de
acordo com os apontamentos da literatura. Os índices de correlação foram satisfatórios,
sendo: ISMI e EE =-0,62; ISMI e EAER =-0,67 e ISMI e CES-D =0,59. A Escala de
Estigma Internalizado para Transtorno Mental – ISMI-BR apresentou boas propriedades
psicométricas demonstrando ser útil para a população brasileira. A escala poderá
contribuir para investigação, compreensão e avanços no tratamento do estigma
internalizado entre portadores de transtorno mental. / The study of stigma among the population with mental illness have shown
significant advances in the international literature, representing an indication of need
and relevance of studies in the area. However, most studies have focused on the
perspective of stigmatizer and little is known about the phenomenon from the
perspective of the stigmatized, called internalized stigma or self-stigma. Internalized
stigma is considered the most significant negative effect of social stigma and can result
in loss of status, low self-esteem, hopelessness, lack of adherence to treatment, among
other damages. It is necessary to develop studies in the area, including the development
of assessment tools, which is important tool for advances in knowledge and for
improving interventions. In this context, the present study was divided into two studies:
1) To do the translation and cultural adaptation of Internalized Stigma of Mental Illness
scale - ISMI for the Brazilian context, 2) To assess the psychometric properties of the
ISMI for Brazil scale. In the first studie, the ISMI was translated into Portuguese and
translated back into English. All comments were accepted by the committee of experts
to consolidate the final version, which was submitted to the pre-test. There was no
change needed and the version was evaluated on its psychometric properties. In the
second studie 308 patients of mental health services were interviewed in the city of Juiz
de Fora, MG. The questionnaire was composed of the instruments: the Escala de
Estigma Internalizado para Transtorno Mental – ISMI-BR; the Rosenberg Self-Esteem
Scale (EAER), the Herth Hope Scale (EEH), Center for Epidemiologic Studies (CES-D)
and demographic questionnaire . Regarding the type of treatment to which patients were
linked, 25% (n=76) attended the service daily and 75% (n=232) attending the service
for periodic cappointments. With regard to diagnosis, the highest incidence was Mood
disorders (affective), with 47.7 %, followed by Neurotic, stress-related and somatoform

disorders (27.3%) and Schizophrenia, schizotypal and delusional disorders (25%). The
mean age was 46 years ranging from 19 to 72 years old. Regarding the duration of
treatment, 35% (n=108) reported being in treatment fo more than 11 years. The
reliability of the instrument was considered high, since the Cronbach's alpha coefficient
was 0.90, the Spearman-Brown coefficient (split-half) was 0.86 and test-retest
correlation was 0.80. The evidence for the construct valididy by the hypothesis Analysis
was consistent with the literature. Correlation coefficients were satisfactory, being:
ISMI and EE=-0.62; ISMI and EAER=-0.67 and ISMI and CES- D=0.59. The
Internalized Stigma of Mental Illness Scale - ISMI - BR presented good psychometric
properties and demonstrated to be useful for the Brazilian population. The scale can
contribute to research, knowledge and advances in the treatment of internalized stigma
among individuals with mental illness.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/4551
Date20 December 2013
CreatorsNery, Fabricia Creton
ContributorsRonzani, Telmo Mota, Sartes, Laisa Marcorela Andreoli, Lourenço, Lélio Moura, Bandeira, Marina de Bittencourt
PublisherUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Programa de Pós-graduação em Psicologia, UFJF, Brasil, ICH – Instituto de Ciências Humanas
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFJF, instname:Universidade Federal de Juiz de Fora, instacron:UFJF
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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