Esta tese busca avaliar dois efeitos que podem influenciar os principais parâmetros de um modelo teórico que caracteriza a fase de aceleração da corrida de velocidade: o efeito da carga e o efeito da idade. Os parâmetros do modelo incluem variáveis que caracterizam as relações força-velocidade e potência-velocidade, assim como a capacidade do atleta de direcionar a aplicação de força contra o solo, horizontalmente (efetividade mecânica). O objetivo do primeiro artigo foi comparar o efeito de diferentes cargas colocadas em um trenó com a corrida sem carga, sobre a efetividade e sobre parâmetros determinantes das relações força-velocidade e potência-velocidade, durante toda a fase de aceleração, em atletas velocistas. Este estudo mostrou que a efetividade mecânica aumenta com o aumento da carga utilizada no trenó, assim como a potência computada no final da fase de aceleração da corrida. A capacidade do atleta de manter a efetividade ao longo da fase de aceleração, entretanto, diminui com a utilização de cargas maiores. Estas informações são importantes para treinadores que pretendem prescrever o treinamento com o uso do trenó, pois com cargas maiores o atleta poderá treinar o direcionamento da aplicação de força na horizontal, principalmente no início da fase de aceleração. Além disso, pode-se usar a potência no final da fase de aceleração para indicar uma carga ótima de treino, ou seja, aquela carga que irá produzir maior potência. O objetivo do segundo artigo foi avaliar o efeito da idade em atletas master (39 a 96 anos) sobre os parâmetros mecânicos do modelo teórico que caracteriza a fase de aceleração da corrida de velocidade. O estudo mostrou que o desempenho da corrida de velocidade diminui linearmente com a idade, com uma queda de aproximadamente 1,10% por ano. Esse declínio foi associado à queda da potência máxima estimada (1,6% por ano), observada nos atletas com idade mais avançada, assim como à queda da força e da velocidade (1% por ano). Além disso, a efetividade desses atletas no início da fase de aceleração também é consideravelmente menor (0,88% de queda por ano) em comparação com atletas mais jovens. Portanto, treinadores devem estar atentos à efetividade de seus atletas master durante a aceleração da corrida, para que eles possam aprender a limitar a queda desse parâmetro e manter uma propulsão mais eficiente. / This thesis aims to analyse two effects that may influence the main parameters of a theoretical model that characterizes the sprinting acceleration phase: the effect of load and the effect of age. The parameters in the model are those that determine the forcevelocity and power-velocity relationships, as well as the athlete’s ability to orient the application of force on the ground more horizontally (mechanical effectiveness). The purpose of the first paper was to compare the effect of different sled towing loads with the unloaded condition on effectiveness and on the determinants of the force-velocity and power-velocity relationships, during the entire acceleration phase of a sprint. This study showed that mechanical effectiveness increases with load, as well as the power computed at the end of the acceleration phase. However, the ability to maintain effectiveness throughout the acceleration is reduced with the increasing load. These information are useful to coaches who intend to prescribe a sled towing training because it indicates that using heavier sled loads will help in the development of the application of force in a horizontal direction. Furthermore, power at the end of the acceleration phase may be used to determine an optimal training load, i.e. the load that will elicit the highest power. The aim of the second paper was to investigate the effect of age on the mechanical parameters that determine the sprinting acceleration theoretical model, in Master sprinters (39 to 96 years). The results showed a linear age-related decline in sprinting performance with an average decrease of 1.10% per year. The decline was associated to the estimated maximal power reduction (1.6% per year) observed in the older athletes, as well as to the decrease in force and velocity (1% per year). Moreover, effectiveness in the beginning of the acceleration phase is lower in the older athletes (0.88% decline per year) than in the younger ones. Therefore, coaches should be aware of the effectiveness of their Master athletes during the sprinting acceleration phase, so that they can learn to limit its decline and maintain a more efficient propulsion.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume56.ufrgs.br:10183/151425 |
Date | January 2016 |
Creators | Pantoja, Patrícia Dias |
Contributors | Peyré-Tartaruga, Leonardo Alexandre |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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