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A contribuição da cultura para o desenvolvimento do território: um olhar de Ananindeua, na região metropolitana de Belém, Pará

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Previous issue date: 2013 / Ce travail se mettre à l’écoute des artistes et des acteurs culturels pour analyser leurs actions et les demandes qui y sont associées afin de comprendre quels sont les choix de la ville d’Ananindeua pour la culture, sans perdre de vue que la ville a toujours le choix de privilégier ou non la culture en tant que vecteur de développement, en tenant compte que la dimension culturelle doit favoriser un développement adapté au contexte du territoire et de la culture locale de façon à accorder aux collectivités locales le rôle de chef de file dans le processus selon la manière dont elles entendent et assimilent. Le propos consiste à penser l’avenir du territoire du point de vue de son aménagement et de son développement, selon la compréhension que la culture, en tant que mode d’expression des différences et en même temps comme le moyen privilégié de les dépasser (Teisserenc, 1997), se constitue une ressource essentielle pour développer la ville. Le défi consiste alors à trouver un modèle fondé sur une logique de “développement sócio-spatial” permettant de mettre l'accent sur la place de la culture et ainsi de proposer le développement autrement - un autre développement – qui soit à l’écoute de ce que veulent les artistes et acteurs culturels du territoire. Ce travail conçoit
alors la culture comme une voie capable de construire un projet collectif de territoire elabore par ceux qui y vivent. Après tout, le développement est pour qui? Quel groupe a le droit de déterminer, à la place des autres, ce qui devrait avoir un sens pour tous? En effet, compte tenu des expériences théoriques et empiriques vécus dans le cadre de ce travail, j’ose dire que sans cohésion sociale il n’y a pas de culture, pas d’occupation de l’espace public, c’est-à-dire Il n’est pas possible de créer des conditions de diversité culturelle dans les espaces publics, ni de développer et d’exploiter l’énorme capacité de création d’une ville surchargée d’injustice environnementale en milieu urbain. Dans cette logique, la culture, en donnant place à la parole des acteurs du territoire, est à la source même de l’apparition de nouvelles dynamiques territoriales, soit dans le champ de la santé, de l’éducation, de l’environnement, de la sécurité publique, de l’économie, de l’infrastructure, de la mobilité urbaine, de la qualité de vie, etc. Cela signifie que la culture doit cesser d’être un simple outil de développement pour devenir le principe même des mécanismes qui génèrent des nouvelles formes de développement économique et social (Teisserenc, 1997). / Esse trabalho vai à escuta de artistas e agentes culturais para analisar suas ações e as demandas delas correspondentes com o propósito de compreender quais as escolhas de Ananindeua para a cultura, sem perder de vista que a cidade é livre para privilegiar ou não a cultura, orientado em permanência pela convicção de que a dimensão cultural privilegia um desenvolvimento adaptado ao contexto do território e cultura locais ao permitir às comunidades protagonismo nesse processo da forma como elas o entendem e absorvem. Significa (re)pensar o território a partir das perspectivas que esse território se dá para o futuro no que diz respeito ao seu ordenamento e ao seu desenvolvimento, segundo a compreensão de que a cultura como modo de expressão das diferenças, ao mesmo tempo que o meio privilegiado de ultrapassá-las (TEISSERENC, 1997) é um recurso para desenvolver a cidade. Nessa via, o desafio de buscar um modelo segundo a lógica do desenvolvimento socioespacial pressupõe privilegiar o lugar da cultura ao propor um desenvolvimento autrement – um outro desenvolvimento – a partir do que as pessoas – aqui artistas e agentes culturais — desse território querem/entendem. O presente trabalho, portanto, compreende ser a cultura a via capaz de proporcionar um novo projeto do território elaborado por quem vive ali. Afinal, o desenvolvimento é para quem? Que grupo tem o direito de definir, em lugar dos outros, aquilo que deve ser significativo para eles? Através das experiências, seja teórica seja empírica, vivenciadas no âmbito desse trabalho, ouso afirmar que sem coesão social não há cultura, não há ocupação dos espaços públicos, não há como criar condições da diversidade seja cultural seja dos lugares nem tampouco como aproveitar a enorme capacidade de criação de uma cidade imersa na injustiça ambiental urbana. Nessa lógica, a cultura, ao dar voz aos sujeitos desse lugar, é o recurso orientador para um novo projeto do território e, assim, para saúde, educação, meio ambiente, segurança pública, economia, saneamento/infraestrutura, mobilidade urbana, qualidade de vida, etc. Significa a cultura deixar de ser a finalidade do desenvolvimento para tornar-se o princípio mesmo dos mecanismos que geram novas formas de desenvolvimento econômico e social (TEISSERENC, 1997).

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpa.br:2011/4492
Date03 September 2013
CreatorsBASTOS, Eliana Benassuly Bogéa
ContributorsTEISSERENC, Pierre
PublisherUniversidade Federal do Pará, Programa de Pós-Graduação em Gestão de Recursos Naturais e Desenvolvimento Local na Amazônia, UFPA, Brasil, Núcleo de Meio Ambiente
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPA, instname:Universidade Federal do Pará, instacron:UFPA
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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