Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico. Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção / Made available in DSpace on 2013-07-15T23:08:32Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / Este trabalho visou à compreensão do significado da vivência do diagnóstico positivo de HIV/Aids no ambiente de trabalho. Foram sujeitos desta pesquisa onze pessoas, de ambos os sexos, portadoras de HIV/Aids que receberam o diagnóstico positivo enquanto estavam em plena atividade laboral e se mantêm trabalhando atualmente. Os sujeitos fazem parte do grupo de psicoterapia coordenado pela pesquisadora na Fundação Açoriana para o Controle da Aids (FAÇA). Esta pesquisa realizada é qualitativa com embasamento no referencial holístico-ecológico. A coleta de dados foi através de uma entrevista semi-estruturada tendo como objetivo apreender a experiência dos sujeitos pesquisados. Os dados foram analisados através da técnica de análise de conteúdo temática. Os resultados encontrados foram agrupados em cinco grupos temáticos. O primeiro, "a soropositividade", foi dividido em dois temas: a reação diante do diagnóstico e como se sentem enquanto soropositivos hoje. O segundo grupo temático foi "o significado do trabalho depois da descoberta do diagnóstico de soropositividade". O terceiro grupo temático, denominado "a soropositividade e a saúde no trabalho", teve como temas: o desempenho das atividades, o medo de adoecer e os limites no trabalho. No quarto grupo temático, "o ambiente de trabalho" os temas foram os seguintes: a reação dos colegas de trabalho e a manutenção do segredo da soropositividade. O quinto e último grupo foi "projeto de vida profissional". Foi possível constatar que a soropositividade ressignificou a vida das pessoas entrevistadas, trazendo, ainda, outro significado ao trabalho. Os sujeitos verbalizam a intenção de dar prioridade à qualidade de vida em detrimento da extrapolação dos limites no trabalho, assim como viver mais intensamente o presente. Como conseqüência da soropositividade há, no trabalho, preocupações como o medo de adoecer e o receio de que, se os colegas de trabalho descobrirem, haja preconceito e discriminação. Essas atitudes hostis são muito temidas e permearam toda a pesquisa, tendo sido possível perceber a imensa necessidade da sociedade lidar de uma forma menos preconceituosa com a questão do HIV e da Aids. Contudo, mesmo com as limitações que tal condição possa trazer, foi possível constatar que essas pessoas são aptas para desenvolver suas atividades laborais e que a soropositividade não é um impedimento para o trabalho.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/101759 |
Date | January 2005 |
Creators | Moreira, Michelle Meyer |
Contributors | Universidade Federal de Santa Catarina, Luz Filho, Silvio Serafim da |
Publisher | Florianópolis, SC |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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