Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-Graduação em Letras. / Made available in DSpace on 2012-10-19T17:48:13Z (GMT). No. of bitstreams: 0Bitstream added on 2014-09-26T02:23:07Z : No. of bitstreams: 1
183607.pdf: 6591745 bytes, checksum: 0ccb91ca51229495b5f5d1bd81ab1f0f (MD5) / O estudo Uma Política de Conversão: Niilismo e Amor na Ficção de Toni Morrison começa com a idéia de que a Literatura Afro-Americana apresenta um sentido de auto-reflexividade e hibridismo, através do qual autobiografia dialoga com romance, o espiritual se funde com o político. A partir deste traço dialógico a auto-reflexividade é politicamente estabelecida entre niilismo e amor. Na política de conversão, o estudo analisa as formas como mulheres negras, individualmente ou em grupo, fogem da escravidão para a liberdade, avançam da individualidade para a coletividade, ou substituem niilismo por amor. Metodologicamente o estudo apresenta sete capítulos. O primeiro discute os aspectos dialógicos que ilustram as conexões entre narrativas espirituais, de escravos e ficção, entre espiritualidade e política. O segundo examina o diálogo entre a conversão, pregação pública e formação da comunidade em Diário e Experiências Religiosas de Lee. O capítulo sugere que ao afirmar espiritualidade e humanidade a narradora abre profundo espaço para a mulher negra reclamar direitos civis. O terceiro discute o diálogo no interior da política de conversão entre narrativa de escravos e ficção. Este diálogo lida com niilismo e amor em Incidentes de Jacobs e Amada, Sula e O Olho Mais Azul de Morrison. Para a análise de niilismo e amor valores individuais e coletivos são considerados em relação a cinco aspectos: ambiente e agente antagonistas, agente de apoio, propósito da personagem e resultado alcançado. É visível, no estudo, o apoio que certas mulheres recebem de suas comunidades para contra-atacar antagonistas. O apoio nem sempre resulta na superação do niilismo e, por isso, derrota temporária pode ocorrer antes que elas sejam reintegradas à comunidade, como acontece com Linda Brent. O quarto capítulo examina as fraquezas e as energias da política da conversão e a reintegração de Sethe Suggs à comunidade de Bluestone Road. O quinto avalia como a comunidade de Bottom tenta controlar a individualidade de Sula Peace e como um grupo de mulheres lideradas por Nel Wrights consegue resgatar o espírito de independência da heroína. O sexto mostra como a política da conversão das mulheres de Lorain é incapaz de garantir a saúde mental de Pecola Breedlove, mas consegue criar um papel mais consistente para o grupo. No sétimo, a conclusão examina da relação dialética entre niilismo e amor ou auto-amor nas experiências dos indivíduos e dos grupos. O estudo sugere que em Incidentes a busca de Linda Brent por liberdade envolve elementos de autodestruição e de autoempoderamento. Da mesma maneira, o estudo conclui que em Amada o amor que Sethe Suggs tem para as suas crianças mata a própria filha, enfatizando, assim, o desejo de livrá-la da escravidão. Igualmente em Sula, a individualidade de Sula Peace não apenas limita, mas também expande as experiências do grupo, levando-o à emancipação. Finalmente, em O Olho Mais Azul a luta de Pecola Breedlove por amor e beleza reflete auto-ódio ao mesmo tempo em que reconstrói a auto-apreciação de toda a comunidade.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/82730 |
Date | January 2002 |
Creators | Martins, Jose Endoença |
Contributors | Universidade Federal de Santa Catarina, Ristoff, Dilvo I. |
Publisher | Florianópolis, SC |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | English |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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