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Professora, eu não sei ler!: uma contribuição para minimizar a produção de analfabetos funcionais

Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Lingüistica, Florianópolis, 2007 / Não possui arquivo digital / Made available in DSpace on 2012-10-23T03:45:44Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / Esta pesquisa de intervenção colaborativa investigou o analfabetismo funcional em duas oitavas séries de uma escola pública em Florianópolis, SC, Brasil em 2005 através de quatro instrumentos: (1) questionário de identificação para coletar nome, data e local de nascimento e se era aluno repetente; (2) levantamento psicossociolingüístico para descobrir hábitos de leitura e escrita dos participantes; (3) pré-teste para avaliar o desempenho em leitura antes da intervenção e (4) pós-teste para avaliar o desempenho após a intervenção. Do total de 50 alunos matriculados, somente 12 sujeitos, com idade média de 14.7 anos foram investigados. Partiu-se dos resultados de desempenho em leitura do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA, 2000) e do Índice de Analfabetismo Funcional (INAF, 2001, 2003 e 2005) que mostram que os brasileiros lêem, mas estão
limitados a localizar e recuperar informações explícitas. Faziam parte da investigação a observação nas disciplinas de ciências, de geografia, de história e de matemática, porém somente os professores de geografia e de história participaram da intervenção. A hipótese alternativa defendida nesta pesquisa é que alunos submetidos a um programa de leitura e uso de estratégias metacognitivas apresentam melhor desempenho em leitura. Os dados empíricos serviram para testar as hipóteses após a análise quantitativa, estatística e qualitativa. Os resultados quantitativos do pós-teste mostram que houve variabilidade nos escores: 8,3% para notas 1,0 a 2,0; 25% para notas entre 2,1 e 3,0; 8,3% para notas entre 3,1 e 4,0; 16,6% para notas entre 4,1 e 5,0, 16,6% para notas entre 5,1 e 6,0 e 25% dos alunos com notas entre 6,1 e 7,0. Não houve notas acima de 7,0. A média aritmética foi de 4,24. O tratamento estatístico dos dados possibilitou afirmar que houve diferença significativa entre o pré e o pós-teste, confirmando a hipótese alternativa desta pesquisa. Os dados revelam que houve um grande número de acertos para as questões consideradas mais fáceis (recuperar informação) e um número reduzido de acertos para as questões consideradas mais difíceis. Os dados qualitativos desta pesquisa mostraram que as questões que obtiveram maior número de acertos foram de recuperação e interpretação de escala mais fácil. Observou-se que o nível e a subescala interferem no número de acertos, pois isto 9 foi recorrente nas respostas às questões. Embora os resultados mostrassem que os alunos tiveram maior facilidade com questões mais fáceis e maior dificuldade em questões mais complexas, observou-se que houve uma melhora no desempenho de leitura dos alunos pesquisados, apesar das notas baixas. Em contexto de investigação do analfabetismo funcional, observou-se uma melhora relativa de compreensão em leitura, uma vez que o problema é muito complexo e são necessários um tempo muito maior de intervenção e um programa que convoque inúmeras agências envolvidas.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/89889
Date January 2007
CreatorsDania, Rejane Croharé
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Scliar-Cabral, Leonor
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format285 f.| grafs., tabs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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