Return to search

América do Sul e Oriente Médio sob influências internacionais através de um estudo de caso : as relações Brasil-Iraque (1964 a 1991)

O presente trabalho tem por objetivo demonstrar que a criação do Oriente Médio foi estabelecida pelos europeus para a exploração do petróleo, que passou a ser explorado intensamente desde o início do século. A penetração estadunidense na região ocorre no mesmo período, enquanto busca afirmar a sua influência na América Latina, que ainda mantinha fortes ligações com a Europa. As duas guerras mundiais intensificam a presença estadunidense no Oriente Médio e na América do Sul interferindo decisivamente nas relações internacionais de ambas regiões. Com a Guerra Fria, os EUA passaram a atuar decisivamente nas políticas externas de nações importantes estrategicamente como Brasil e Iraque, que passaram a colaborar com os interesses estadunidenses nas duas regiões, no combate à penetração soviética e à Revolução Islâmica, apesar de desenvolverem estratégias próprias para alcançar este objetivo e outros que lhes favoreciam diretamente. A presença brasileira no Oriente Médio foi permitida ainda que tardiamente, sendo que a relação privilegiada com o Iraque gerou uma cooperação extremamente benéfica para ambos, favorecendo também os planos dos EUA para o Oriente Médio, enquanto o Brasil auxiliava o governo estadunidense a conter movimentos de guerrilha na América Central. Com a queda do Império Soviético, determinando o final da Guerra Fria, não era mais do interesse da potência hegemônica que houvesse uma relação ativa na área nuclear e militar como aquela entre Brasil e Iraque. Na América do Sul, as novas diretrizes estadunidenses foram determinadas pelo Consenso de Washington, prontamente acatadas pelos governos democraticamente eleitos, enquanto o Iraque exaurido economicamente era invadido por uma coalizão internacional forçado a acatar o novo status quo que se estabelecia a partir da década de 1990. Por outro lado, o novo presidente brasileiro, Fernando Collor de Mello, que rompe definitivamente com o Iraque, colocando-se incondicionalmente ao lado dos EUA, não chegou ao final do mandato, enquanto o Iraque enfrentou o seu destino sem aceitar o manifesto dos EUA. / The aim of this paper is to analyse the creation of the Middle East as an European plan, as well as the intensive oil exploitation in the region, that has begun since the beginning of the XX th century. After the First World War, the USA oil companies have participated of oil exploitation, while the country was acting in the South America to establish her influence once the South American countries were still under the European one. After the Second World War, the political and military presence of the USA in the Middle East and in the South America has increased, interfering decisively in the international relations of both regions. During the Cold War, the USA acted intensively in the foreign policy of strategic nations, such as Brazil and Iraq that helped the USA in both regions against the Soviet presence and the Islamic Revolution. These countries have developed their own strategies to reach their goals, as well as the USA ones. The Brazilian presence in the Middle East took place according to the USA plans, but the relations between Brazil and Iraq created an outstanding cooperation in the military and nuclear areas, that was important to both countries, while Brazil also helped the USA military advisors in the Central America against guerrilla groups. After the downfall of the Soviet Empire, according to the USA strategy, it was not necessary the continuation of the military and nuclear cooperation between Brazil and Iraq. In the South America, the USA plans were established by the Washington Consensus, that were accepted unconditionally by the newly elected civilian presidents, while Iraq was invaded by the USA troops and an international coalition being obliged to accept the new status quo imposed by the world hegemonic power, in the beginning of the 90’s. On the other hand, the new Brazilian President, Fernando Color de Mello, broke off the diplomatic relations between Brazil and Iraq to accept unconditionally the USA imposition, but he did not finish his term, while Iraq faced its fate without accepting the USA manifesto.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume.ufrgs.br:10183/10247
Date January 2006
CreatorsPreiss, José Luiz Silva
ContributorsSilva, Heloisa Conceição Machado da
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0015 seconds