Return to search

Análise retrospectiva de subtipos de HIV-1 em uma população procedente de Curitiba e relato de dados epidemiológicos

Resumo: O HIV-1 sofreu grande diversidade genética em todo mundo desde o início da epidemia em 1981. Hoje há descritos 9 subtipos de HIV-1 (A, B, C, D, F, G, H, J e K), além de várias formas recombinantes. Os países que lideram as pesquisas sobre HIV, em especial sobre antirretrovirais e resistência a esses medicamentos apresentam pacientes com infecção pelo subtipo B. Países em desenvolvimento apresentam maior diversidade de vírus e o aumento do número de casos de HIV é maior nestes países que nos desenvolvidos. O Brasil, que fornece acesso gratuito a antirretrovirais a sua população desde 1996, é líder em número de casos de HIV na América do Sul. Estudos brasileiros relatam predomínio da infecção por subtipo B no Brasil, mas apresentando regionalização dos subtipos não B, com maior número de infecção por subtipo F nos estados das regiões norte e nordeste e subtipo C na região sul. O Paraná é um estado da região sul e nenhum dado procedente desta região foi publicado sobre a prevalência de subtipos de HIV. O objetivo deste estudo é relatar a ocorrência de subtipos de HIV-1 numa população do Paraná e avaliar suas características epidemiológicas. Genotipagens de 211 pacientes infectados pelo HIV-1 foram avaliadas quanto aos subtipos. Pacientes que tinham prontuários com dados completos foram selecionados (n=191). As características demográficas e clínicas dos pacientes foram comparadas de acordo com o subtipo. Cento e trinta e dois pacientes apresentaram infecção pelo subtipo B (69.1%), 41 subtipo C (21.5%), 10 subtipo F (5.2%), 7 recombinantes BF (3.7%) e 1 recombinante CF (0.5%). Os pacientes com infecção por subtipo não B eram mais do sexo feminino e heterossexuais, além de apresentarem menos tempo de infecção pelo HIV em comparação aos infectados por subtipo B. Cento e sessenta e um pacientes foram tratados com 3 classes de antirretrovirais e apresentaram falha virológica. As principais mutações de resistência foram avaliadas e comparadas, sendo na transcriptase reversa, os resíduos 41 e 210 mais mutados no subtipo B. Não houve diferença entre frequência de mutações para não-análogos de nucleosídeos entre os subtipos B e não B. Quanto à protease, as posições 10, 32 e 63 apresentaram mais mutações no subtipo B enquanto os resíduos 20 e 36, no não B. Dos pacientes falhados a esquema contendo nelfinavir, houve preferência pela via mutacional L90M para os vírus dos subtipos B e não B. As mutações K65R e V106M, frequentes em alguns estudos de subtipo C, foram raramente observadas. A mutação 63P e 36I, consideradas comuns em vírus dos subtipos B e C brasileiros, respectivamente, foram observadas com maior frequência. Há uma frequência significativa de infecção por subtipo não B no Paraná, com identificação dos subtipos C, F, BF e CB. O subtipo C predomina em mulheres e em heterossexuais.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.c3sl.ufpr.br:1884/26234
Date07 May 2012
CreatorsSilva, Mônica Maria Gomes da
ContributorsCunha, Clovis Arns da, Telles Filho, Flavio de Queiroz, Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias da Saúde. Programa de Pós-Graduaçao em Medicina Interna
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPR, instname:Universidade Federal do Paraná, instacron:UFPR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0017 seconds