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Previous issue date: 2011 / Universidade Federal da Paraíba / Esta tese buscou analisar os ganhos de produtividade gerados pela inserção das firmas
brasileiras no comércio internacional, isto é, verificou-se a existência do efeito aprendizado
através das exportações. Usando o estimador Propensity Score Matching com Diferença em
Diferença, foi possível avaliar as diferenças de produtividade entre firmas exportadoras
estreantes e não exportadoras em diferentes momentos do tempo. Os resultados encontrados
apontam para evidências favoráveis ao efeito aprendizado. As empresas exportadoras
estreantes tornam-se em média 20,6% mais produtivas quando comparada as não
exportadoras no conceito de produtividade total dos fatores e 29,1% mais produtivas no
conceito de produtividade do trabalho. Observou-se ainda que os ganhos de produtividade
podem depender da distribuição espacial das firmas. O efeito aprendizado pela exportação
estaria presente nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste do país. Este efeito não foi
observado para as regiões Norte e Sul. Foi verificado ainda se o efeito aprendizado através
das exportações depende do tipo de indústria, os resultados apontam que existem impactos da
exportação sobre a produtividade imediatamente e em um período (um ano) posterior à
entrada nos seguintes setores: têxtil, vestuário e confecções, produtos químicos, produtos
eletrônicos, equipamentos de transportes e móveis. Os setores de alimentos e máquinas
exibiram efeitos positivos e significativos de ganhos de produtividade apenas no período (um
ano) pós-entrada. Já os setores de têxtil e equipamentos de transportes exibem efeito negativo
e significativo, sugerindo perda de produtividade. Apenas no setor de Calçados e Artigos de
Couro, não houve evidência de ganho de produtividade pós-entrada. Ao realizar o processo de
segmentação segundo características específicas das firmas, constatou-se que: a) os ganhos de
produtividade foram observados apenas em firmas com alta margem intensiva definida como
razão exportação/produção maior que 50%; b) o efeito aprendizado parece ser maior e mais
significativo em firmas menores (com número de trabalhadores inferior a 10); c) as empresas
com maior proporção de trabalhadores qualificados (superior a 40%) exibem maiores ganhos
de produtividade e, por fim, d) o efeito aprendizado é significativo apenas no grupo de firmas
que não realizam investimentos em P&D. A inexistência de trabalhos brasileiros que busquem
compreender o processo de segmentação do efeito aprendizado tornou estes achados não
comparáveis, apesar de estarem em consonância com a evidência internacional. Finalmente,
conclui-se que, sob os vários aspectos analisados por esta tese com relação a indústria de
transformação brasileira, pode-se concluir que existem ganhos de produtividade posteriores a
entrada no mercado exportador, isto é, o efeito aprendizado está presente no comércio
internacional
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/3674 |
Date | 31 January 2011 |
Creators | Ramos Filho, Hélio Sousa |
Contributors | Hidalgo, Álvaro Barrantes |
Publisher | Universidade Federal de Pernambuco |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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