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(Des) estruturação do trabalho e condições para universalização da Previdência Social no Brasil

Tese (mestrado)-Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Serviço Social, 2011. / Submitted by Débora Amorim Romcy Pereira (deboraromcy@bce.unb.br) on 2011-06-27T14:02:49Z
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2011_MariaLuciaLopesDaSilva.pdf: 2961996 bytes, checksum: 4bf89ff9d837d9f75c4126ed15d74b11 (MD5) / Esta tese examina, no contexto contemporâneo de desestruturação do trabalho e da
seguridade social no Brasil, as condições para a universalização da previdência social.
Argumenta-se que o modelo de previdência social adotado no país até a instituição da
seguridade social, em 1988, dependia exclusivamente do trabalho assalariado e tinha sua
cobertura estritamente vinculada ao nível de emprego. A partir daquele ano, a concepção de
seguridade social e o seu modelo de financiamento possibilitaram o ingresso, na previdência
social, de trabalhadores que estão inseridos em relações informais de trabalho, tornando-a,
fundamentalmente, mas não exclusivamente dependente do trabalho assalariado formal. Com
isso, apesar da existência de limites estruturais à plena universalização desta política social no
marco do capitalismo há possibilidades de avanços expressivos nessa direção. Todavia, para
atender aos interesses do grande capital, o significado da seguridade social brasileira vem
sendo corroído, o seu superávit negado e os direitos da previdência social reduzidos. Sob o
argumento neoliberal de que constitui um contrato social entre gerações, tenta-se desvinculála
dos objetivos da seguridade social. Na atualidade, há mais de 50 milhões de pessoas da
População Economicamente Ativa fora de sua proteção. São pessoas, principalmente do sexo
masculino, com baixa escolaridade e renda de até dois salários mínimos. As estratégias
usadas pelo governo federal para ampliar a sua cobertura fogem aos objetivos da seguridade
social prescritos na Constituição do Brasil, imprimem alguma facilidade ao acesso, mas
restringem direitos. Dessa forma, os avanços possíveis na direção da universalização da
previdência social, como política de seguridade social, estão condicionados à luta de classes e
a uma correlação de forças capaz de promover, entre outras coisas, a reorientação das
diretrizes macroeconômicas e da política de emprego adotadas, o aprofundamento da
democracia no país e o fortalecimento dos objetivos da seguridade social e do controle da
sociedade sobre a seguridade social, em especial sobre a previdência social. ______________________________________________________________________________
ABSTRACT / This thesis examines, in the contemporary context of work and social security
destructuring in Brazil, the conditions for the universalization of social welfare. It is argued
that the model of welfare state adopted in the country up to the institutionalization of social
security, in 1988, depended exclusively on the paid work and had its coverage strictly linked
to level of employment. Since 1988, then, the conception of social security and its model of
functioning made possible the entrance, into the social welfare, of workers who are in the
informal relations of employment, making it, fundamentally, but not exclusively, depended on
formal work. Thus, despite the presence of structural limits to the full universalization of this
social policy in the framework of capitalism, there are possibilities of expressive
advancements in this direction. However, in order to meet the interests of the big capital, the
meaning of the Brazilian social security has been eroded, its surplus denied and the rights to
the social welfare reduced. Under the neoliberal argument that constitutes a social contract
between generations, there have been attempts to unlink it from the goals of social security.
There are, nowadays, more than 50 million people of the Economically Active Population
outside of its protection. They are people, and most of them are men, of low level of formal
education and income of up to two minimum wages. The strategies used by the federal
government to widen its coverage are out of the objectives of social security prescribed in the
Brazilian Federal Constitution. These strategies facilitate the access, but restrict the rights. So,
possible advances in the direction of universalization of social welfare as a policy of social
security are determined by the struggle of classes and by the correlation of forces that is able
to promote, among others, the reorientation of the macroeconomic directives and the policy of
employment adopted, the deepening of the national democracy and the strengthening of the
goals of social security and of the control of the society over social security, specially over
social welfare.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/8716
Date24 March 2011
CreatorsSilva, Maria Lucia Lopes da
ContributorsBoschetti, Ivanete Salete
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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