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Autolesão e produção de identidade

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Previous issue date: 2013-04-23 / Some fields of knowledge have been highlighted in the study of self-harm, such as medicine (especially psychiatry), psychology and psychoanalysis. These areas differentiate the acts of harming oneself as part of a specific culture or religious ritual from those recognized as pathologies or dysfunctional behavior. The last ones are considered as acts of self-destruction produced by individuals who need assistance so that they can stop self-injuring. Partimos do pressuposto de que a autolesão é um modo de subjetivação construído e transformado por diferentes discursos dependendo do contexto sociocultural em que acontece. Assuming that self-harm is a form of subjectivity produced and transformed by different speeches, depending on the social context in which it takes place, this study intends to analyze, using the post-structuralism perspective, messages left on Orkut virtual communities by people who self-harm and discuss their experiences in that social network. Results indicate discourses in common with the aforementioned fields of knowledge and with religion, as well as definitions of self-harm as art, a privileged way of expressing emotions or even a source of pleasure. Some internet users claim for the right to use their bodies as they please since it is meant to be their territory of intervention and their only, what can be understood as a movement of resistance to the rule of having a docile body. In conclusion, it is understood that the subjects involved with self-harm relate to their bodies and with virtual communities as means of producing identities. / Alguns saberes têm se destacado no estudo da autolesão, entre eles a medicina, (notadamente a psiquiatria), a psicologia e a psicanálise. Estes campos do conhecimento diferenciam os atos de ferir a si mesmo como parte de uma cultura específica ou ritual religioso das práticas autolesivas que são atribuídas a patologias ou disfunções. Estas últimas são consideradas como atos de autodestruição produzidos por pessoas que precisam de intervenções de especialistas para que deixem de ferir-se. Partimos do pressuposto de que a autolesão é um modo de subjetivação construído e transformado por diferentes discursos dependendo do contexto sociocultural em que acontece. Assim, a intenção deste trabalho é analisar, à luz da perspectiva pós-estruturalista, mensagens de pessoas que se autolesionam e discutem a sua experiência em comunidades virtuais da rede social Orkut. Resultados indicam que além dos discursos em comum com os citados campos de saber e com a religião, há ainda quem defina a autolesão como arte, maneira privilegiada de expressão das emoções ou mesmo fonte de prazer. Alguns internautas reivindicam o corpo como território de intervenção pertencente unicamente a si próprios, reclamando o direito de utilizá-lo como bem entendem, no que se pode caracterizar como um movimento de resistência à norma de ter que apresentar um corpo dócil. Por fim, compreende-se que os sujeitos envolvidos nessa prática relacionam-se com seu corpo e com as comunidades de que participam enquanto locais de produção de identidades.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede2.unicap.br:tede/845
Date23 April 2013
CreatorsArcoverde, Renata Lopes
ContributorsAmazonas, Maria Cristina Lopes de Almeida, Ferreira Neto, João Leite, Barreto, Carmem Lúcia Brito Tavares
PublisherUniversidade Católica de Pernambuco, Doutorado em Psicologia Clínica, UNICAP, BR, Psicologia Clínica
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNICAP, instname:Universidade Católica de Pernambuco, instacron:UNICAP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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