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Previous issue date: 2014 / O presente estudo propõe uma análise do imaginário de Os sinos da agonia,
originalmente publicado em 1974, do escritor mineiro Autran Dourado (1926-2012).
Constatando que a fortuna crítica identifica a relação do romance com o mito de Hipólito e
Fedra através de relações de analogias, parte-se da premissa de que uma análise do mítico na
literatura deve ser realizada primeiramente através da compreensão de como as imagens
simbólicas estão expressas dentro da obra de arte. Para tanto, utilizou-se do referencial teórico
do imaginário encontrado na psicologia das profundezas de Carl Gustav Jung, na filosofia da
imaginação material de Gaston Bachelard e na antropologia do imaginário de Gilbert Durand.
De tais posturas teóricas derivam um método de crítica do imaginário na literatura, conhecido
como mitocrítica, que propõe analisar sincronicamente uma narrativa para compreender os
conteúdos repetitivos que se relacionam no fio diacrônico do discurso. Com tal abordagem,
foi possível identificar a organização das principais imagens do romance, consteladas em
mitemas, até chegar ao “segundo texto”, a dinâmica do mito literário presente na narrativa. Ao
compreender o núcleo mítico da obra, seu sermo mythicus, as relações com a história de
Hipólito e Fedra foram complexificadas, através da percepção de que o livro realiza um
diálogo vivo com o mito arcaico, dando significado existencial a uma narrativa sobre o tabu
do incesto que toca questões simbólicas da relação entre o homem, o tempo e a morte. / This study proposes an analysis of Os sinos da agonia imagery, a novel originally
published in 1974 and written by Autran Dourado (1926- 2012). Noticing that the critics
identify a relationship between the novel and the myth of Hippolytus and Phaedra through
relations of analogy, we start from the premise that an analysis of the mythic literature should
be performed first by the understanding of how symbolic images are expressed within the
work of art. For this, we used the theoretical references of imagery found in the depth
psychology of Carl Gustav Jung, the philosophy of Gaston Bachelard’s material imagination
and Gilbert Durand’s anthropology of imagery. Such theoretical position derive a method of
critical imagination on literature known as mythocritcs which aims to analyze a narrative
synchronously in order to understand the repetitive content that relate the diachronic thread of
the discourse. With this approach, it was possible to identify the organization of the main
images in this novel gathered in mythemes until it reaches the “second text”, the dynamics of
literary myth in this narrative. By understanding the mythic core of this work, its sermo
mythicus, the relations with the story of Hippolytus and Phaedra were made more complex
through the perception that the book makes a lively dialogue with the archaic myth, giving
existential meaning to a narrative about the taboo of incest which deals with symbolic issues
of the relationship among man, time and death.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.furg.br:1/6101 |
Date | January 2014 |
Creators | Figueiredo, Nathaniel Reis de |
Contributors | Martins, Cláudia Mentz |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da FURG, instname:Universidade Federal do Rio Grande, instacron:FURG |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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