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A cobertura florestal da Bacia do Rio Itajaí

Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Geografia / Made available in DSpace on 2012-10-20T11:52:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1
199963.pdf: 9565492 bytes, checksum: a530f0702227cf463d4a7adab9ec8d97 (MD5) / O problema das enchentes e a ausência de informações quantitativas sobre as florestas da região motivaram este estudo sobre a dinâmica da cobertura florestal da bacia hidrográfica do Rio Itajaí em Santa Catarina. Cheias são eventos naturais e seus efeitos são fortemente influenciados pela forma e intensidade do uso do solo. Dados quantitativos da cobertura do solo são necessários para a modelagem hidrológica e a previsão e controle de cheias. O estudo se propôs a analisar documentos históricos para elucidar a história da cobertura florestal na primeira metade do século XX e usar recursos de sensoriamento remoto para examinar a dinâmica do uso do solo na segunda metade do século. Foram utilizados, para tanto, a interpretação de fotografias aéreas de 1956 e 1979 e o processamento digital de uma série de imagens dos satélites Landsat-5 TM e Landsat-7 ETM+ de 1985 a 2002. Após a colonização incipiente da bacia do Itajaí por imigrantes europeus entre 1850 e o final do século XIX, a bacia assiste, nas primeiras décadas do século XX, à rápida expansão da fronteira agrícola e à ocupação quase total das terras disponíveis ainda na primeira metade do século. Os dados de sensoriamento remoto mostraram um recuo da área ocupada pela agricultura que inicia em algumas partes da bacia em função da crescente industrialização dos centros urbanos por volta de 1950, em outras somente nas décadas de 80 e 90. Nas imagens Landsat é possível distinguir as fases sucessionais da vegetação que se desenvolve nas áreas abandonadas pela agricultura: a fase inicial (capoeirinhas), a fase avançada (capoeirão e florestas secundárias) e, com restrições, a fase intermediária (capoeira). Não foi possível, no entanto, a separação de florestas secundárias e primárias. Em 2000, 22% da área da bacia são cobertos por lavouras e pastagens, 1,2% por arrozeiras, 2,6% por áreas urbanas, enquanto que 54% são cobertos por florestas secundárias e primárias, 12% por capoeiras, 1% por capoeirinhas e 2 % por reflorestamentos. O aumento da cobertura florestal ficou evidente no período entre 1986 e 2000 em quase todas as partes da bacia e ocorre num ritmo que supera 1% ao ano. Este processo foi causado por um conjunto de fatores que levaram a uma forte redução da população rural que em 2000 alcançou os níveis de 1940. Embora se trate de formações secundárias como capoeirinhas e capoeiras, do início da sucessão e com baixa complexidade estrutural, a cobertura arbórea permanente dessas áreas influenciará positivamente o regime hídrico da bacia. O esvaziamento constante do espaço rural, além de seus efeitos positivos relacionados à recuperação da cobertura florestal, evidencia graves problemas sociais e econômicos da população. Estes precisam ser enfrentados por uma política regional consistente que vise à recuperação da capacidade produtiva do espaço rural baseada no uso cuidadoso e não predatório dos recursos naturais e apoiada em recursos gerados na própria bacia.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/84717
Date January 2003
CreatorsVibrans, Alexander Christian
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Pellerin, Joel
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatxviii, [231] f.| mapas, grafs., tabs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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