Return to search

Ecologia da polinização do buriti (Mauritia flexuosa L. – Arecaceae) na restinga de Barreirinhas, Maranhão, Brasil

Submitted by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2015-10-01T17:02:24Z
No. of bitstreams: 2
license_rdf: 22974 bytes, checksum: 99c771d9f0b9c46790009b9874d49253 (MD5)
Tese_EcologiaPolinizacaoBuriti.pdf: 1000900 bytes, checksum: 046bde2f9102fa9a27a027cd77e03c04 (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Rosa Silva (arosa@ufpa.br) on 2015-10-06T15:18:21Z (GMT) No. of bitstreams: 2
license_rdf: 22974 bytes, checksum: 99c771d9f0b9c46790009b9874d49253 (MD5)
Tese_EcologiaPolinizacaoBuriti.pdf: 1000900 bytes, checksum: 046bde2f9102fa9a27a027cd77e03c04 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-10-06T15:18:21Z (GMT). No. of bitstreams: 2
license_rdf: 22974 bytes, checksum: 99c771d9f0b9c46790009b9874d49253 (MD5)
Tese_EcologiaPolinizacaoBuriti.pdf: 1000900 bytes, checksum: 046bde2f9102fa9a27a027cd77e03c04 (MD5)
Previous issue date: 2013 / O estudo das palmeiras nativas é importante por seu grande valor econômico e na manutenção das comunidades de várias espécies de vertebrados e invertebrados que se alimentam de seus frutos, sementes e folhas. A eficiência na produção dos frutos das palmeiras está diretamente relacionada com a presença de insetos polinizadores, principalmente besouros, abelhas e moscas. A palmeira Mauritia flexuosa, comumente conhecida como buriti, é a espécie mais abundante do Brasil e é também chamada de “árvore da vida”, por ser 100% utilizável. Este trabalho teve como objetivo contribuir para o conhecimento da ecologia da polinização do buriti em ambiente de restinga, no município de Barreirinhas, Maranhão, Brasil. Para tanto, obteve-se dados sobre fenologia reprodutiva, biologia floral, sistema reprodutivo e visitantes florais. Para o acompanhamento fenológico foram selecionados 25 indivíduos de cada sexo, os quais foram observados de agosto/2009 a outubro/2012. As fenofases de floração e frutificação foram relacionadas com as variáveis climáticas através de correlação de Spearman. O processo de abertura e longevidade floral foi acompanhado durante o pico de floração da espécie, verificando-se a viabilidade polínica, a receptividade estigmática, as regiões emissoras de odor e a ocorrência de termogênese. Para determinar o sistema reprodutivo foram feitos testes de polinização cruzada e apomixia. O transporte de grãos de pólen pelo vento foi observado, por meio de lâminas de vidros untadas com vaselina que permaneceram penduradas próximas às inflorescências pistiladas durante 24 horas. Os visitantes florais foram coletados através do ensacamento de 20 inflorescências de cada sexo, sendo classificados de acordo com a frequência e o comportamento. O buriti apresentou padrão fenológico anual, sincrônico e sazonal, com floração de agosto a novembro e pico de queda dos frutos em setembro, o que corresponde à estação seca, diferindo do observado na Amazônia, onde estes eventos fenológicos ocorreram na estação chuvosa. Esta diferença pode ser justificada pela grande disponibilidade de água na região, o que faz com que o buriti não necessariamente dependa das chuvas para florescer. Este fato foi evidenciado pela correlação significativa negativa das fenofases com a precipitação e com a umidade relativa. A forte incidência solar e a disponibilidade de água no ambiente contribuíram para o sucesso na floração e frutificação do buriti. Além disto, fatores bióticos podem ter exercido influência no comportamento fenológico, cuja estratégia reprodutiva adotada parece ser a sincronização da floração e da frutificação com a atividade dos polinizadores e dispersores. Dessa maneira a espécie garante a sua reprodução em um período ótimo para a germinação de sementes e estabelecimento de plântulas. O sistema reprodutivo do buriti é xenogâmico. O conjunto de características florais, aliado à abundância de pólen e ao forte odor leva a crer que essa palmeira tenha como principal estratégia de polinização a cantarofilia, porém o vento também possui grande importância na polinização. Além de apresentar polinização do tipo misto (ambofilia), as flores do buriti atraíram uma grande variedade de visitantes, cuja riqueza foi maior que a observada na Amazônia. / The study of native palms is important for its great value economic and in maintenance of communities of several species of vertebrates and invertebrates that feed on their fruits, seeds and leaves. The efficiency in the production of palm fruits is directly related to the presence of pollinating insects, especially beetles, bees and flies. The palm Mauritia flexuosa, commonly known as buriti, is the most abundant species in Brazil and is also called the "tree of life" because it is 100% usable. This study aimed to contribute to the knowledge of the pollination ecology of buriti in Restinga, in the municipality of Barreirinhas, Maranhão, Brazil. Therefore, we obtained data on reproductive phenology, floral biology, breeding system, and flower visitors. For phenological monitoring 25 individuals of each sex were selected, which were observed from August/2009 to October/2012. The stages of a flower and fruit were related to climatic variables through correlation Speaman. The process of anthesis and floral longevity was observed during peak flowering species, verifying the pollen viability, stigmatic receptivity, the regions emitting scent and occurrence of thermogenesis. Tests of cross-pollination and apomixis were made to check the reproductive system. The transport of pollen grains by wind was observed through glass slides greased with vaseline which have remained hanging near the pistillate inflorescences for 24 hours. The floral visitors were collected by bagging inflorescences of 20 of each sex and were classified according to the frequency and behavior. The buriti presented annual, synchronous and seasonal phenological pattern with flowering from August to November and peak fruit falling in September, which corresponds to the dry season, differing from that of the Amazon, where these phenological events occurred in rainy season. This difference can be explained by the greater availability of water in the region, which makes the buriti not necessarily depend on the rains to flowering. This was evidenced by the significant negative correlation of phenophases with precipitation and relative humidity. A strong solar irradiation and water availability in the environment contributed to the success in flowering and fruiting of buriti. In addition, biotic factors may have influenced the phenology, whose reproductive strategy adopted appears to be synchronization of flowering and fruiting with the activity of pollinators and seed dispersers. Thus the species warrants its reproduction in an optimal period for seed germination and seedling establishment. The reproductive system of buriti is xenogamic. The set of floral traits, combined with the abundance of pollen and the strong odor suggests that the buriti has as its main strategy pollination cantharophly, but the wind has a great importance in pollination. Besides presenting a mixed pollination (ambophily), flowers buriti attracted a wide variety of visitors, whose wealth was higher than those observed in the the Amazon.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpa.br:2011/6924
Date January 2013
CreatorsMENDES, Fernanda Nogueira
ContributorsESPOSITO, Maria Cristina, VALENTE, Roberta de Melo
PublisherUniversidade Federal do Pará, Museu Paraense Emílio Goeldi, Programa de Pós-Graduação em Zoologia, UFPA, MPEG, Brasil, Instituto de Ciências Biológicas
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPA, instname:Universidade Federal do Pará, instacron:UFPA
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0158 seconds