Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This present work, in a political bet for what can escape the present bio-power tricks, is an effort of thinking the theme autonomy , so current in Human Sciences and Psychology discourses. To do this, in a first moment, objectives to formulate, from Michel Foucault s work, the normative operation of the bio-political power technology and how it articulates with games of truth , based on the modern ideal of sovereign rational subject capable to auto-determination. In this case, the possibility of autonomy is understudied as something safeguarded by the possibility of liberation from the environment and social impurities that circulates on the human being. After that, we also discuss the ways how the individual relates to himself, as from a number of historically placed practices, the characther is able to think about himself. This issue that gives us clues to an understanding of this object - the self - as produced in the middle of the contexture of history and not as an essentialized nature belonging to the sovereign individual. Finally, a third thing, it seems that currently, a different autonomy would be bonded directly not to this subject sovereign, but to the life potency to outstrip any normalization and operate as a plane that expands in collectives connections webs; auto-referents webs that continually regenerates, by these interactions and transformations. By this way, it s about thinking autonomy as a collective function bonded, above all, to the invention of singular becoming process, not referent to an individual interiority, natural and intimist, but the production of collectives, these ones not identified to the social , but to a heterogeneous co-engendered plane for both, individual and society. Such bet, in these individual and collective statute acts as an incentive to the political reflection and to the fight for the enhancement of problematic landscapes that own distinctness when what in debate is fundamentally our relation with the present and our compromise to make it less unbearable and more promising. / A presente dissertação, numa aposta política pelo que pode esquivar-se das artimanhas do Biopoder atual, esforça-se por pensar a temática da autonomia, tão presente nos discursos das ciências humanas e da psicologia. Para tanto, num primeiro momento, objetiva formular, a partir das obras de Michel Foucault, o funcionamento normativo da tecnologia biopolítica de poder e como ela se articula com jogos de verdade pautados nos ideais do sujeito racional e soberano da modernidade capaz de autodeterminar-se . Neste caso, a possibilidade de autonomia é entendida como assegurada pela possibilidade de liberação das impurezas do meio ambiente e social que circunda cada ser humano. A partir daí, problematizamos também os modos como o sujeito se relaciona de si para consigo, ou seja, como, a partir de uma série de práticas historicamente situadas, o sujeito é capaz de pensar a si mesmo. Questão esta que nos fornece pistas para um entendimento desse objeto o si mesmo como produzido em meio ao tecido da história e não mais como uma natureza essencializada pertencente ao indivíduo soberano. E, por fim, em um terceiro momento, nos parece que atualmente, uma outra autonomia vincular-se-ia diretamente não à soberania desse sujeito, mas sim à potência da vida de ultrapassar qualquer normatização e funcionar como um plano que se desdobra em redes de conexões coletivas. Rede esta auto-referente, que se regenera continuamente, por suas interações e transformações. Dessa feita, tratar-se-á de pensar a noção de autonomia como uma função coletiva vinculada, por excelência, a invenção de processos de singularização não referentes a uma interioridade individualizada, natural e intimista, mas sim à produção de coletivos, estes não identificados com o social, mas sim como um plano de co-engendramento heterogêneo tanto do indivíduo como da sociedade. Tal aposta nesse estatuto do individual e do coletivo serve de incentivo à reflexão política e à luta pelo realce de paisagens-problemáticas que ganham nitidez quando o que está em pauta é fundamentalmente nossa relação com o presente e o nosso compromisso em torná-lo menos insuportável e mais promissor.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:ri.ufs.br:riufs/6000 |
Date | 07 May 2010 |
Creators | Gama, Bruno Cerqueira |
Contributors | Viana, José Maurício Mangueira |
Publisher | Universidade Federal de Sergipe, Pós-Graduação em Psicologia Social, UFS, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFS, instname:Universidade Federal de Sergipe, instacron:UFS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.002 seconds