Certas temáticas literárias permanecem atuais, sendo capazes de provocar sempre novas leituras, independentemente de onde ou quando tenham sido criadas. É o que ocorre com os temas de Juventude, Arte e Violência, que alimentam o presente estudo sobre Laranja Mecânica, romance escrito em 1962 por Anthony Burgess. A forma como essas matérias se mesclam na obra diz muito tanto sobre sua relação intrínseca e atemporal com a natureza humana quanto também sobre o contexto no qual o romance se insere, que evoca o da Londres dos anos 60. O foco da pesquisa busca identificar relações entre a tríade temática e o que ela aponta sobre os paradigmas da época. Para tanto, o suporte teórico se apoia na área de Estudos Culturais. A tensão entre a Juventude e a Violência se reflete na função ambivalente ocupada pela Arte na narrativa – mais especificamente no uso da música, em suas relações com a literatura e com o discurso daquele período ligado ao pós-guerra. A dissertação vem dividida em três capítulos. No primeiro, são feitas as contextualizações, que abrangem elementos da vida do autor e aspectos da sociedade em que a obra se constrói, e as relações entre ambos. O segundo capítulo apresenta as ideias sobre Estudos Culturais que facilitam o trato com a literatura e com o romance investigado, ajudando-nos a examinar – através de uma distância de cinco décadas – o papel que a obra ocupa no seu contexto original. O último capítulo faz uma análise de Laranja Mecânica à luz de nossa perspectiva contemporânea. Esperamos, assim, oferecer uma contribuição para os estudos sobre a obra de Anthony Burgess através desta discussão sobre as complexas e sempre novas relações estabelecidas entre os campos da Literatura, da História e da Arte. / Some literary themes are always contemporary, so that the discussion concerning them never wears out, independently from when or where the work was written. This is the case with Youth, Art, and Violence, the themes chosen to be highlighted in this present study of the novel A Clockwork Orange, written by Anthony Burgess in 1962. The way these three elements are woven together in this novel tells much about their intrinsic and timeless relation with human nature as well as about the context in which the novel belongs, which evokes the London of the early 60s. The focus of the research lies on what this triad reveals about the paradigm of that time. Some concepts from the area of Cultural Studies will help connect the ambivalent relation between Violence and Youth within the British society from that time, as well as make associations with the element of Art as treated in Burgess’s work – more specifically, the function of music in the narrative as related to the post-war period in Britain. The work is structured in three chapters. In the first chapter, it will be established a relationship involving the content of the novel, some elements of Burgess’s biography, and some relevant issues respecting the period of time during which the novel was written. Chapter Two introduces the ideas from Cultural Studies that help examine – within this interval of half a century since the novel was first published – the role it plays in the context of its time. The final chapter analyses A Clockwork Orange in relation to the framework of today´s society. I hope that this work may contribute to the body of studies about the work of Anthony Burgess, and to the discussion about the ever-changing relations comprising the fields of Literature, History and Art.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume.ufrgs.br:10183/131686 |
Date | January 2015 |
Creators | Cardoso, Letícia Pandolfo |
Contributors | Maggio, Sandra Sirangelo |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | English |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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