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O tráfico de andaluzes para o café: cafeicultores paulistas no negócio de atração e transporte de imigrantes (1886-1918)  

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Previous issue date: 2014-03-13 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This research deals with the Andalusian immigrants, attracted by the offer of tickets financed by the São Paulo government, aimed at working in the coffee plantations in the countryside of the São Paulo state. Immigration performed by free tickets was highly dependent on the recruitment activity, which was prohibited by the Spanish law. When, in 1910, the Spanish government banned subsidized emigration to Brazil, the boarding of workers continued to be carried out from the English port of Gibraltar, outside its jurisdiction. This paper seeks to show how the São Paulo coffee growers, committed to keeping active flow of labor to the plantations in sufficient quantity to provide a surplus that would allow a favorable negotiation to their interests, were directly involved with the agencies responsible for the attraction and overseas transportation of immigrants even when this activity involved breaking the law. The participation of the coffee growers elite and their representatives in the São Paulo state government in the trafficking of immigrants to the farms reveals the relationship of the Brazilian ruling classes with the law, a relationship marked by arbitrariness and wide maneuvering margin. The analysis of the case here presented, researched from crossing the Spanish and Brazilian documentation, is an attempt to understand the paradoxical aspects of the modernization of Brazil ingrained with remains from the colonial past / Esta pesquisa trata dos imigrantes andaluzes, atraídos pelo oferecimento de passagens custeadas pelo governo de São Paulo, destinados ao trabalho nas fazendas de café do interior paulista. A imigração realizada por meio de passagens gratuitas foi altamente dependente da atividade de recrutamento, que era proibida pela legislação espanhola. Quando, em 1910, a emigração subsidiada para o Brasil foi proibida pelo governo espanhol, o embarque dos trabalhadores continuou a ser realizado a partir do porto inglês de Gibraltar, fora de sua jurisdição. Este trabalho procura mostrar como os cafeicultores paulistas, empenhados em manter ativo o fluxo de braços para a lavoura em quantidade suficiente para garantir um excedente que permitisse uma negociação favorável aos seus interesses, estiveram diretamente envolvidos com as agências encarregadas da atração e transporte oceânico de imigrantes mesmo quando a realização desta atividade implicou na transgressão das leis que a proibiam. A participação das elites cafeicultoras, e de seus representantes no governo do Estado de São Paulo, no tráfico de imigrantes para as fazendas, é reveladora da relação das classes dominantes brasileiras com a lei, relação marcada pela arbitrariedade e pela grande margem de manobra. A análise do caso que apresentamos, pesquisado a partir do cruzamento da documentação espanhola e brasileira, constitui uma tentativa de entender aspectos da paradoxal modernização do Brasil impregnada de permanências do passado colonial

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/12824
Date13 March 2014
CreatorsAlegre, Silvia Elena
ContributorsDias, Maria Odila Leite da Silva
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em História, PUC-SP, BR, História
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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