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[en] VIOLENCE IN THE POSTCOLOIAL CITY: IMAGINATIONS, MATERIALITIES AND EXPERIENCES OF VIOLENCE IN THE CITY OF RIO DE JANEIRO / [pt] VIOLÊNCIA NA CIDADE PÓS-­COLONIAL: IMAGINAÇÕES, MATERIALIDADES E EXPERIÊNCIAS DA VIOLÊNCIA NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

[pt] Esta tese apresenta uma leitura decolonial das formas através das quais a
violência atravessa imaginações, materialidades e experiências na e sobre a cidade
do Rio de Janeiro. Argumenta-se que é a violência produtora e reprodutora das
representações, das formas de gestão urbana e das vivências cotidianas que
coexistem e se cruzam no Rio de Janeiro, como cidade que busca se construir como
pós-colonial. Para tal, discute-se a relação entre violência e a cidade a partir de
quatro pontos de contato. Em primeiro lugar, a tese apresenta o conceito de cidade-violência,
a partir da qual é construída uma interpretação sobre a relação entre a
formação material e imaterial da cidade do Rio de Janeiro e as dinâmicas violentas
de racialização do espaço urbano no contexto histórico-político de uma forjada
pós-colonização. Em seguida, trabalha-se com a ideia da cidade sensível, em
que se discute em que medida determinados processos de racialização do espaço
urbano, em suas muitas formas e manifestações, forjaram regimes estético-urbanos
que distribuem lugares e espaços para a existência e circulação de corpos,
percepções, sensações, objetos e sujeitos na cidade. Na terceira parte da tese,
analisam-se as interpretações da violência que circulam, produzem e informam a
gestão do espaço urbano na cidade do Rio de Janeiro, a partir de um mapeamento
crítico do campo de saberes e práticas que constroem entendimentos e imaginários
correntes sobre violência na cidade. Em todos esses casos, serão abordadas as
formas através das quais essas interpretações produzem limites, apagamentos e
silêncios sobre a relação entre raça, racismo, colonialidade e violência na cidade do
Rio de Janeiro. No capítulo seguinte, a tese se debruça sobre as imaginações,
materialidades e experiências da guerra na cidade, discutindo como o conceito de
militarização atravessa representações e vivências da cidade pós-colonial, e quais
são os contra-saberes a partir dos quais é possível vislumbrar intelectualidades e
contra-estéticas insurgentes, capazes de apontar novos sentidos e interpretações
para as relações entre a violência e as configurações da colonialidade no espaço
urbano. Pretende-se, com esta tese, oferecer uma contribuição teórica original ao
campo de estudos das Relações Internacionais que se debruça sobre as dinâmicas
de violência no âmbito das cidades em contextos de pós-colonização,
evidenciando a necessidade de articular novas possibilidades epistêmicas radicais e
decoloniais para estudar a relação entre violência, cidade e (pós-)colonialidade. / [en] This thesis presents a decolonial interpretation on the ways in which violence
crosses imaginations, materialities and experiences in the city of Rio de Janeiro. It
argues that violence produces and reproduces representations, forms of urban
management and everyday experiences that coexist and intersect in Rio de Janeiro,
as a city that seeks to build itself as post-colonial in the everyday. To this end,
the thesis addresses the relationship between violence and the city through four
points of contact. First, the thesis presents the concept of city-violence, from
which an interpretation is built on the relationship between the material and
immaterial formation of the city of Rio de Janeiro and the violent dynamics of
racialization of the urban space in the historical-political context of a forged postcolonization.
Then, it works with the idea of the sensible city, in which it
discusses the extent to which certain processes of racialization of urban space, in
their many forms and manifestations, forged urban-aesthetic regimes that distribute
places and spaces for existence and circulation of bodies, perceptions, sensations,
objects and subjects in the city. In the third part of the thesis, it analyzes the
interpretations of violence that circulate, produce and inform the management of
urban space in the city of Rio de Janeiro, based on a critical mapping of the field of
knowledge and practices that forge meanings, representations and imaginations
about violence in/and the city. Specifically, the thesis addresses the ways in which
these interpretations produce limits, margins and silences on the relationship
between race, racism, coloniality and violence in the city of Rio de Janeiro. The
final chapter focuses on the imaginations, materialities and experiences of the war
in the city, discussing how the concept of militarization crosses representations
and experiences of the post-colonial city. This part also includes an interpretation
on the counter-knowledge about war in/and the city that is produced daily and
from which it is possible to glimpse insurgent intellectualities and counteraesthetics,
capable of pointing out new meanings and interpretations for the
relations between violence and the configurations of coloniality in the urban space.
By exploring the multiple connections between violence and the city of Rio de
Janeiro, this thesis aims at offering an original theoretical contribution to the field
of International Relations that studies the dynamics of violence within cities in
contexts of post-colonization, arguing for the necessity of building new epistemic
and decolonial possibilities to study the realtions between violence, the city and
(post-)coloniality.

Identiferoai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:48718
Date22 June 2020
ContributorsMONICA HERZ, MONICA HERZ
PublisherMAXWELL
Source SetsPUC Rio
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
TypeTEXTO

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