Orientador: Rogério Andrade Mulinari / Co-orientadora: Eliane Mara Cesario / Dissertaçao (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Medicina Interna. Defesa: Curitiba, 2004 / Inclui bibliografia e anexos / Resumo: A infecção hospitalar (IH) e um dos principais problemas de saúde publica e um dos eventos adversos mais temidos, em especial nas unidades de terapia intensiva. Progressos no transporte e no primeiro atendimento dos politraumatizados contribuem para que um número crescente de pacientes sobrevivam ao trauma, o que resulta, muitas vezes, em internamentos prolongados em unidades de terapia intensiva. Diversos fatores contribuem para a vulnerabilidade destes pacientes as infecções, manipulação intensa, cirurgias de emergência, múltiplos procedimentos invasivos, perda de barreira protetora mucosa e cutânea e uso de hemoderivados. O objetivo do estudo foi determinar os fatores de risco para infecção hospitalar entre os pacientes de trauma internados em uma unidade de terapia intensiva. O estudo de coorte histórico incluiu 416 (352M, 64F) pacientes, no período de janeiro de 2000 e dezembro de 2001. A taxa de infecção hospitalar foi de 69,5%, o índice de óbito geral foi de 29,3%, sendo 28,7% e 29,8% nos pacientes com IH e sem IH, respectivamente. A analise univariada demonstrou associação de IH e mais de um segmento anatômico atingido pelo trauma (OR= 1,6, ICg5% 1,1 - 2,4), ventilação mecânica por período maior do que três dias (OR= 12,8, ICg5<>/0 6,87 - 24,02), mais de uma cirurgia (OR=3,13, ICg5% 1,8 - 5,6), neurocirurgia (OR=2,1, ICg5<y0 1,3 - 3,3), mais de dois procedimentos invasivos (OR=4,7, ICg5% 3,0 -7,4) e trauma de cabeça e/ou pescoço (OF?=1,6 ICg5% 1,0 - 2,4). Os agentes mais isolados foram: Estafilococos não produtor de coagulase, Acinetobacter baumanii e Staphylococcus aureus resistente a meticilina (MRSA). As principais topografias de IH identificadas foram: pneumonia (49,3%), infecção primaria de corrente sanguínea (19%), ITU (12,4%) e sistema vascular (11%). O tempo médio de internamento foi de 9,3 dias, mediana de 7 dias (mínimo 2; máximo 65). Para os pacientes com IH, o tempo médio de permanência foi de 14,7 dias com mediana de 13 dias (mínimo 3; máximo 65) e para os pacientes sem IH foram de 4,9 dias, mediana de 4 (mínimo 2; máximo 20), respectivamente. As variáveis identificadas na analise multivariada como preditoras de infecção hospitalar foram dias de ventilação mecânica > três dias, numero de procedimentos invasivos e numero de cirurgias. / Abstract: Nosocomial Infection (NI) is one of the leading public health problems and one of most dreaded adverse events, especially in the intensive care units. Progress in transport and in initial care of patients with multiple trauma has increased survival but determine prolonged stay at the hospital and in the intensive care units. Several factors contribute for vulnerability to infections in these patients such as, intensive manipulation, emergency surgeries, multiple invasive devices, lost of cutaneous and mucouses barrier and use of blood transfusion. The objective of the study was to identify risks factors for nosocomial infection in trauma patients hospitalized in a intensive care units. The historical cohort study included 416 patients, (352M, 64F) between January 1 2000 and December 31 2001. The overall nosocomial infection rate was 69.7%, mortality of 29.3% and mortality of 28.7% and 29.3% in patients with and without nosocomial infection. Univariate analysis indicated association of infection and trauma in injury of more than one anatomic segment (OR= 1.6, ICg5% 1.1 - 2.4), use of mechanical ventilation for more than three days (OR= 12.8, IC g s% 6.87 - 24.02) more than one surgery (OR=3.13, IC95o/o 1.8 - 5.6) neurosurgery (Of?=2.1, ICg5% 1.3 - 3.3), more than two invasive devices (OR=4.7, IC gs% 3.0 -7.4) injury to head or neck (OR= 1.6 ICg5% 1.0 - 2.4). The most frequent agents isolated were: Coagulase-negative Staphylococcus, Acinetobacter baumanii and meticilin resistant Staphylococcus aureus (MRSA). The most common site of infection were: pneumonia (49.3%), primary bloodstream infection (19%), urinary tract infection (12.4%) and catheter associated infection (11%). The length of stay was 9.3 days, median of 7 days (min 2, max 65). The length of stay for infected trauma patients was 14.7 days, median of 13 days (min 3, max 65) and for noninfected trauma patients was 4.9 days, median of 4 days (min 2, max 20), respectively. The predictors variables for nosocomial infection identified in multivariate analysis were more than three days of mechanical ventilation, number of invasive devices and number of surgeries.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.c3sl.ufpr.br:1884/48620 |
Date | January 2004 |
Creators | Giamberardino, Heloisa Ihle Garcia |
Contributors | Maluf, Eliane Mara Cesário Pereira, 1955-, Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Medicina Interna, Mulinari, Rogerio Andrade, 1955- |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | xiii, 95f. : grafs., tabs., application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFPR, instname:Universidade Federal do Paraná, instacron:UFPR |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Relation | Disponível em formato digital |
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