nÃo hà / O movimento cooperativista nasceu no sÃculo XIX como estratÃgia dos trabalhadores para o enfrentamento à exploraÃÃo engendrada pelo capitalismo industrial. Experimentou importante crescimento atà meados do SÃculo XX quando passou por um declÃnio no perÃodo chamado de os anos gloriosos do capitalismo. Com o advento da crise estrutural capitalista, nos anos de 1970, tem-se um novo surto expansionista das cooperativas nas economias perifÃricas, atraindo, desta feita, interesses nÃo apenas das organizaÃÃes dos trabalhadores, mas tambÃm de agentes ligados ao capital. No Brasil, a expansÃo das cooperativas nas Ãltimas duas dÃcadas à ilustrativa dessa tendÃncia, pois, aqui, os agentes fomentadores e apoiadores destas iniciativas vÃo desde organizaÃÃes sindicais, associaÃÃes comunitÃrias e movimentos sociais, passando por um setor do empresariado e pela intervenÃÃo do Estado. A suposta convergÃncia em torno do cooperativismo apresenta-se como um desafio ao estudo, pois ela congrega interesses contraditÃrios, o que tem implicaÃÃes na natureza e finalidades reais do movimento cooperativista atual. Esta pesquisa se fez com o objetivo de investigar as contradiÃÃes existentes por trÃs e à base desse consenso, tendo como objeto de anÃlise empÃrica a intervenÃÃo da Central Ãnica dos Trabalhadores (CUT) nessa seara. A caracterizaÃÃo do contexto histÃrico recente conduz ao entendimento de que o cooperativismo se apresenta, de um lado, como reaÃÃo dos trabalhadores ao rebaixamento das condiÃÃes gerais de existÃncia e, de outro, como forma de diminuiÃÃo dos custos do trabalho para as empresas e de administraÃÃo do conflito social com vista à governabilidade para os governos. No exame do projeto cutista, procura-se demonstrar quais finalidades orientam a intervenÃÃo da Central: trata-se de uma linha de aÃÃo articulada com a estratÃgia de enfrentamento do capitalismo ou de uma aÃÃo de enfrentamento Ãs mazelas causadas pelo desemprego? Quais implicaÃÃes das prÃticas cutistas na Ãrea do cooperativismo para o processo de organizaÃÃo e formaÃÃo da consciÃncia de classe dos trabalhadores? A apreensÃo do objeto fundamentou-se no exame de literatura especializada, na anÃlise de dados estatÃsticos e no estudo das resoluÃÃes dos congressos nacionais da CUT. Constatou-se que o projeto cutista atribui ao cooperativismo funÃÃo central na geraÃÃo de trabalho e renda, criando novas demandas para a atuaÃÃo sindical na Ãrea; que nÃo se estabelece vinculaÃÃo entre o cooperativismo e estratÃgias mais amplas de enfrentamento do capitalismo; que a intervenÃÃo junto ao cooperativismo nÃo contempla um processo educativo voltado para a promoÃÃo da consciÃncia de classe dos trabalhadores.
| Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.teses.ufc.br:4986 |
| Date | 30 January 2012 |
| Creators | Raylene Maria Fonseca |
| Contributors | Ana Maria Dorta de Menezes, EpitÃcio MacÃrio Moura, KÃtia Regina Rodrigues Lima, Manoel Fernandes de Sousa Neto |
| Publisher | Universidade Federal do CearÃ, Programa de PÃs-GraduaÃÃo em EducaÃÃo, UFC, BR |
| Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
| Language | Portuguese |
| Detected Language | Portuguese |
| Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
| Format | application/pdf |
| Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC |
| Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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