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Previous issue date: 2013-04-01 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Estudos sugerem que diferenças individuais em várias dimensões do comportamento alimentar podem estar associadas ao desenvolvimento do excesso de peso infantil. Estima-se que 30% das crianças brasileiras, entre cinco e nove anos de idade, já apresentam excesso de peso. O presente estudo teve como objetivo avaliar o comportamento alimentar e o estado nutricional de crianças, na faixa etária de seis a dez anos, pertencentes a uma escola privada no município de Pelotas, bem como descrever diferenças no comportamento alimentar em função do estado nutricional, do sexo e da idade das crianças. O comportamento alimentar foi avaliado através das respostas fornecidas pelos pais das crianças no questionário “Children’s Eating Behaviour Questionnaire” (CEBQ), o qual possui 35 perguntas divididas em oito subescalas: Resposta à comida (FR), Prazer em comer (EF), Desejo de beber (DD), Sobreingestão emocional (EOE), Subingestão emocional (EUE), Resposta à saciedade (SR), Ingestão lenta (SE) e Seletividade alimentar (FF). Foram aferidas as medidas de peso e altura e, posteriormente, calculado o escore-z de Índice de Massa Corporal para idade, a fim de classificar o estado nutricional das crianças em cinco categorias: magreza, eutrofia, sobrepeso, obesidade e obesidade grave. No total, foram avaliadas 335 crianças com média de idade de 87,9 meses (desvio padrão 10,4 meses). Aproximadamente metade (50,7%) das crianças apresentava excesso de peso (26% sobrepeso, 15% obesidade e 9,7% obesidade grave) e metade (49,3%) encontrava-se eutrófica. Nenhuma criança apresentou magreza. Crianças com excesso de peso apresentaram maior pontuação nas subescalas do CEBQ que refletem “interesse pela comida” (FR, EF, DD, EOE, p < 0,001 para todas) e menor pontuação em duas subescalas (SR e SE, p < 0,001 e p = 0,003, respectivamente) que refletem “desinteresse pela comida”, quando comparadas às crianças eutróficas. Apenas as subescalas FF e EUE não apresentaram diferença significativa entre as categorias de escore-z de IMC (p = 0,254 e p = 0,637, respectivamente). De maneira geral, não foram observadas diferenças significativas no comportamento alimentar entre meninos e meninas, exceto para a subescala DD, na qual os meninos obtiveram maior pontuação em relação às meninas (2,80±1,11 versus 2,47±1,07, respectivamente; p = 0,005). Da mesma forma, não foram observadas diferenças significativas no comportamento alimentar conforme a idade apresentada pela criança, exceto para a subescala SE, na qual a pontuação diminuiu com o aumento da idade (p = 0,002). O excesso de peso foi o principal agravo nutricional na população estudada e foram encontradas importantes diferenças comportamentais entre crianças com excesso de peso e crianças com peso saudável. / Previous studies have suggested that individual differences in several eating behavior dimensions may be associated to the development of excessive weight in children. It is estimated that 30% of Brazilian children between five to nine years old have excessive weight. The present study aimed to evaluate eating behaviors and nutritional status of children aged 6 to 10 from a private school in the city of Pelotas, southern Brazil, and to describe differences in eating behaviors by gender, age, and nutritional status. The Child Eating Behavior Questionnaire (CEBQ) was administered to parents to assess their children’s eating behaviors. This questionnaire consists of 35 questions divided into eight subscales: Food responsiveness (FR), Enjoyment of food (EF), Desire to drink (DD), Emotional overeating (EOE), Emotional undereating (EUE), Satiety responsiveness (SR), Slowness in eating (SE) e Fussiness (FF). Height and weight measurements were taken. Age-adjusted body mass index (BMI) z-scores were calculated and children were categorized according to their nutritional status as underweight, normal weight, overweight, obese, and severely obese. A total of 335 children were evaluated. The mean age was 87.9 months (SD 10.4 months), nearly half (50.7%) of them was classified as excessive weight (26% were overweight, 15% obese, and 9.7% severely obese) and the other half (49.3%) was classified as normal weight. No child was underweight. Excessive weight children showed higher scores on CEBQ subscales associated with “food approach” (FR, EF, DD, EOE, p<0.001) and lower scores on two “food avoidance” subscales (SR and SE, p<0.001 and p = 0.003, respectively) compared to normal weight children. Only the EUE and FF subscales showed no significant differences among BMI z-scores (p = 0.254 and p = 0.637, respectively). No significant gender differences in eating behaviors were found, except in the DD subscale that showed higher scores among boys than girls (2.80 ± 1.11 vs. 2.47 ± 1.07 respectively, p = 0.005). Also, there were no significant age differences in eating behaviors, except in the SE subscale that showed lower scores as age increased (p = 0.002). Excessive weight was the main nutritional condition found in this sample and significant behavioral differences were seen between excessive weight and normal weight children.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpel.edu.br:ri/2710 |
Date | 01 April 2013 |
Creators | Passos, Darlise Rodrigues dos |
Contributors | 821.458.570-87, http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4771683A3, Gigante, Denise Petrucci, Matijasevich Manitto, Alicia |
Publisher | Universidade Federal de Pelotas, Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Alimentos, UFPel, Brasil, Faculdade de Nutrição |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFPEL, instname:Universidade Federal de Pelotas, instacron:UFPEL |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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